Amor demais ou Dependência ?
por Roberto Dantas
Amar é o sentimento básico, humano e imprescindível para todos nós. Amar é o que todos querem; ser amados, mais ainda.
As grandes obras de arte e os grandes mitos que fazem parte do acervo universal da humanidade trazem obras que retratam o amor de forma quase obsessiva como, por exemplo, Romeu e Julieta, Don Quixote, entre muitas outras. As obras poéticas que mais sucesso fazem retratam um amor forte, firme, ligado, a ponto de levar um dos parceiros a dizer, por exemplo: “não posso viver sem você...”, ou “Minha vida não faz sentido sem ele(a)...”.
Isso é amor pra você? Amor que leva a pessoa a desistir de viver deve ser visto não como forma de amor, mas como falta de amor, no caso, por si mesmo. Então, podemos começar pensando como uma pessoa chega a colocar tanto de sua própria vida no outro.
O escritor Saint Exupèry disse (e foi pouco entendido...): “Você é responsável por aquele a quem cativas.” Mostra que quando conhecemos uma pessoa criamos laços subjetivos dentro de nós e, assim, colocamos esta pessoa “pra dentro” de nós e ela nos põe pra dentro de si também.
O psicólogo Jung também disse que “o encontro entre dois seres humanos pode ser como duas substâncias químicas que se encontram: se houver química, depois disso nenhuma das duas será a mesma...”.
Devemos pensar que o amor romântico é muito mais uma força da natureza através da qual Deus, ou a Deusa, nos move, nos guia e nos mostra o que Ele (ou Ela) quer de nós. Assim podemos seguir uma das pistas para encontrarmos nossa missão nesta vida.
Mas antes de investirmos nossa vida toda em função de outra, pode parecer muito bonito para quem lê um poema, assiste um filme ou uma novela, mas na vida real, isso pode ser muito problemático. Existem muitos casais que não se separam por dependência, muitas vezes ditas como financeira, mas, na verdade, esta também pode ser considerada emocional.
O amor deve ser antes para si, como diz o velho jargão popular: “Você deve gostar de si mesmo antes de gostar do outro“. Quando estamos bem conosco mesmos, nossa energia se expande e as pessoas à nossa volta percebem, sentem e gostam da gente.
O parceiro(a) não pode ser uma condição para sermos felizes, mas um complemento. Isso pode parecer egoísta, mas não é. Na verdade é uma questão de Auto-Estima.
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