Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O caminho do meio.


Durante seis anos, Siddhartha e os seus seguidores viveram em silêncio e nunca saíram da floresta. Para beber, tinham a chuva, como comida, comiam um grão de arroz ou um caldo de musgo, ou as fezes de um pássaro que passasse. Estavam tentando dominar o sofrimento tornando as suas mentes tão fortes que se esquecessem dos seus corpos.

Então... um dia, Siddhartha escutou um velho músico, num barco que passava, falando para o seu aluno..
.
"Se apertares esta corda demais, ela arrebenta;
e se a deixares solta demais, ela não toca."

De repente, Siddhartha percebeu de que estas palavras simples continham uma grande verdade, e que durante todos estes anos ele tinha seguido o caminho errado.

Se apertares esta corda demais, ela arrebenta; e se a deixares solta demais, ela não toca.

Uma aldeã ofereceu a Siddhartha a sua taça de arroz.

E pela primeira vez em anos, ele provou uma alimentação apropriada.

Mas quando os ascetas viram o seu mestre banhar-se e comer como uma pessoa comum, sentiram-se traídos, como se Siddhartha tivesse desistido da grande procura pela iluminação.
(Siddhartha os chamou)

- Venham...

- e comam comigo.

Os ascetas responderam:

- Traíste os teus votos, Siddhartha. Desistiu da procura. Não podemos continuar a te seguir. Não podemos continuar a aprender contigo. E foram se retirando, Siddharta disse:

- Aprender é mudar.

- O caminho para a iluminação está no Caminho do Meio.

- É a linha entre todos os extremos opostos.

O Caminho do Meio foi a grande verdade que Siddhartha descobriu, o caminho que ensinaria ao mundo.

- Texto retirado do filme "O Pequeno Buda"

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Quatro Leis da Espiritualidade

Na Índia ensina-se as quatro Leis da Espiritualidade

A Primeira Lei diz:

A pessoa que chega é a pessoa certa


Significa que nada ocorre nas nossas vidas por casualidade.
Todas as pessoas que nos rodeiam, que interagem conosco, estão ali por uma razão,
para que possamos aprender e evoluir em cada situação.

A Segunda Lei diz:

O que aconteceu é a única coisa que poderia ter acontecido.


Nada, absolutamente nada que ocorre nas nossas vidas poderia ter sido de outra maneira.
Nem mesmo o detalhe mais insignificante!
Não existe: "se acontecesse tal coisa, talvez pudesse ter sido diferente...".
Não!
O que ocorreu foi a única coisa que poderia ter ocorrido e teve que ser assim para que pudéssemos aprender essa lição e então seguir adiante.
Todas e cada uma das situações que ocorrem nas nossas vidas são perfeitas, mesmo que a nossa mente e o nosso ego resistam em aceitá-las.

A Terceira Lei diz:

Qualquer momento em que algo se inicia, é o momento certo.


Tudo começa num momento determinado.
Nem antes, nem depois !
Quando estamos preparados para que algo novo aconteça nas nossas vidas, então será aí que terá início!

A Quarta e Última Lei diz:

Quando algo termina, termina!


Simplesmente assim!
Se algo terminou nas nossas vidas, é para nossa evolução!
Portanto é melhor desapegar, erguer a cabeça e seguir adiante, enriquecidos com mais essa experiência!

Creio que não é por acaso que estás a ler isto.
Se este texto chega até nós hoje é porque estamos preparados para entender que nenhum grão de areia, em momento algum, cai em lugar errado !!!

Vive Bem! Ama com todo o teu Ser!
E permite-te ser Imensamente Feliz!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Voltar a Confiar...



Resolvi arrumar meus armários e quase não acreditei como consegui liberar muitas coisas que, de outras vezes, não me permitia abrir mão delas! Foi com uma facilidade surpreendente que ia retirando dos armários coisas que de alguma forma eram preciosas e pensei que nunca me desfaria delas, porque seriam úteis um dia...
Olhando aquelas que já mantinha faz muito tempo... e que ali permaneciam só guardadas, sem serem usadas, observei como é difícil acreditar no presente e perceber que tudo aquilo que precisamos nos chega...
Parece que nos apegamos ao bom e ao bonito, acreditando que o Universo não será capaz de trazer coisas melhores ou mais belas... de alguma forma nos sentimos seguros no controle de tudo porque não confiamos no fluxo ilimitado da abundância...

Quantas coisas ficam só guardadas até o dia em que não nos servem mais...

Quanto espaço e tempo perdemos com o que não vamos usufruir?
Entendo que esse tempo novo nos pede mais foco na simplicidade e no que realmente importa...
A falsa segurança que as coisas que guardamos nos armários e dentro de nós nos dão, tem seu preço... e o mais alto preço que pagamos é que perdemos as possibilidades do presente...

Sei que acordei assim... muito desapegada e com sede de vazio... me deu uma vontade de ver todos os meus armários vazios e tive a certeza que poderia abrir mão de tudo que estava ali guardado... acho que entendi que as coisas mais preciosas não podem ser conservadas no armário...
Mas além disso, também me deu um desejo muito grande de esvaziar a minha vida de tudo que não tem mais sentido para mim... de focar só nas coisas que são essenciais ao coração... Nesse, então, costumamos guardar muito mais coisas que não precisamos, do que nos armários...

Quando foi que desaprendemos que podemos confiar no Grande Mistério?

Acho que em um tempo muito remoto... que nem temos mais consciência dele, vivíamos livres e confiantes de que tudo que precisássemos nos chegaria naturalmente... sem esforço... e não precisaríamos nos preocupar em armazenar nada porque o que estava em sintonia perfeita com o nosso momento nos era oferecido com gratuidade pela Mãe Natureza... e naquele tempo éramos Um com a Natureza e com Todos...
Mas nos esquecemos disso e, assim, aprendemos a querer controlar e guardar tudo, como se precisássemos da referência do passado e da expectativa do futuro para existir... mas é justamente essa a razão que nos impede de estar no presente.

Voltando aos armários, retirei muitas coisas... muitas mesmo.... e acordei no dia seguinte bem diferente, parece que tudo se ampliou... me deu uma vontade de viajar muito e... mais que a vontade, acreditei que isso é possível... parece que minha vida simplificou... percebi como ainda era muito presa e senti coisas que nem sei definir... relacionadas à certeza que podemos muito mais do que nosso passado e nossas expectativas do futuro nos fazem acreditar...
Senti que sempre é tempo de voltar a ser livre... e que essa liberdade está sempre disponível quando estamos no presente... senti que é tempo de voltar a confiar...

Rubia A. Dantés