Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

sábado, 4 de agosto de 2007

O Contrato entre Pais e Filhos


O Contrato entre Pais e Filhos

Antes de uma alma encarnar na Terra ela seleciona um local e a família que preencherá as suas necessidades espirituais de crescimento e evolução. Vocês podem estar certos que as vossas crianças os selecionaram por uma razão que as conduzirá ao crescimento delas assim como também ao vosso, pois estes contratos de alma são sempre de natureza mútua.
Os pais se responsabilizam por criar a alma que chega a seu corpo jovem assim como protegê-la e dar-lhe tudo o que necessita para sobreviver no plano material. Os pais também se responsabilizam por ajudar no desenvolvimento de quaisquer habilidades e talentos que possam fazer parte da missão espiritual da criança neste planeta.

A criança, por sua vez, responsabiliza-se em ajudar os pais a elevarem a sua consciência através da convivência com uma alma de vibração superior e de mais profunda sabedoria. Este é o caminho natural da evolução, onde a alma da criança está sempre numa espiral superior de evolução e podendo, portanto, auxiliar os pais a também evoluírem. Mas os pais necessitam estar conscientes desta dádiva. Tantos pais adormecidos vêem suas crianças como seres vulneráveis, que necessitam ser controladas e moldadas, que são incapazes de ver a sabedoria e a dádiva que vem com cada criança.

Na futura Nova Terra, cada criança que nascer será reconhecida por sua sabedoria como alma. E os pais estarão conscientes de seu contrato com a criança, e buscarão cumpri-lo juntamente com suas obrigações materiais para o bem estar físico da criança.

Criança Índigo

Os pais que aceitam apoiar e criar uma criança da vibração Índigo concordaram em ser os zeladores de uma alma que traz uma nova forma de energia para o Planeta.
Crianças Índigo são almas pioneiras e seus pais acordaram em juntarem-se a eles para serem os pioneiros de novas formas de vida familiar e comunitária.
A missão da alma da criança é questionar e desafiar velhas formas e criar o caminho para a manifestação de novas formas. Uma criança Índigo é também sensível, amorosa, talentosa e intuitiva. Os pais responsabilizam-se em encontrar formas de estimular esta sensível e bela energia e ajudar no desenvolvimento dos dons e talentos da criança até ao ponto que puderem.

A criança, por sua vez, se compromete a ser a instrutora de novos caminhos. Mas para fazer isto precisa desafiar e questionar os velhos caminhos. A criança Índigo faz isto de duas maneiras. Primeiramente, ele ou ela questiona ou desafia todos os sistemas de crenças e “regras” que vocês ou qualquer outra pessoa tente impor a elas. Desta forma elas lhes mostrarão o que funciona para elas e o que não, e dependerá de vocês, como pais, ouvirem e aprenderem,e não tentarem impor a vossa vontade a elas.

O segundo método de ensinamento é a criança prover um “espelho” para os pais. A criança aceita os padrões disfuncionais que os pais estão a fazer prevalecer nas suas vidas. Estes padrões têm geralmente a ver com a baixa auto-estima e a não aceitação do eu. É por isto que tantos Índigos entram em padrões auto-destrutivos de abuso de drogas e promiscuidade sexual. Eles estão refletindo de volta à suas famílias e comunidades os padrões auto-destrutivos que eles aprenderam.

É também por isto que muitos pais de Indigos lutam com os padrões de comportamento aparentemente destrutivos dos adolescentes Índigos. Os pais precisam compreender que necessitam examinar os seus próprios padrões destrutivos e começar a vivenciar padrões mais amorosos e revigorantes que auxiliem a si e à suas crianças. Quantos pais preenchem suas mentes e corpos com pensamentos e substâncias tóxicas e gastam seu tempo com trabalhos que não gostam, anulando os seus verdadeiros sentimentos? A vossa criança Índigo o alertará disto e será o vosso guia para libertá-los destas formas de ser aprendidas e herdadas. Elas vos ajudarão a despertarem para quem e o que vocês são e para o que vocês são capazes quando são verdadeiros consigo mesmos.

Crianças Cristal

A criança da vibração Cristal traz um tipo diferente de contrato com os pais. Pode-se dizer que onde as Índigo são a equipe de demolição, as Cristal são os construtores. É por isto que Índigos e Cristais encarnam com tanta freqüência na mesma família. Isto permite que sejam removidas as velhas estruturas e as novas sejam construídas.
Mas uma criança Cristal é um ser de vibração muito alta e a missão de sua alma inclui trabalhar na Rede Planetária Cristal e manter a energia para facilitar a mudança global. Assim sendo, o contrato com a criança Cristal é ainda mais desafiador para os pais que precisam compreender que esta pequena criança é também uma alma sábia e poderosa cujo trabalho se estende além dos estreitos perímetros da família.

É por isto que as crianças Cristal estão frequentemente estressadas e superenergizadas. Elas estão trabalhando com as energias daqueles à sua volta, não apenas ao nível familiar, mas também ao amplo nível comunitário. O desafio é dos pais em compreenderem a natureza do trabalho do ser e alma da criança Cristal e tentarem apoiá-los de acordo.

Em retorno, a criança Cristal auxiliará no crescimento espiritual dos pais. A criança Cristal é capaz de “atrair” para a vida dos pais as pessoas e eventos que os pais necessitam para seu desenvolvimento. Isto é porque a consciência da criança Cristal frequentemente se estende de forma muito ampla e pode localizar e atrair aqueles seres que poderão ser mais benéficos naquele momento para a família. Portanto, pais de
crianças Cristal frequentemente se encontram numa trilha de acelerado crescimento e desenvolvimento que é a dádiva de sua criança.
O crescimento espiritual irá auxiliar mais frequentemente a criar um nível superior de consciência dentro da família e também a criar novas formas de interação familiar e respeito. O ensinamento mais poderoso aqui é o da “Igualdade do ser”. A criança Cristal presenteia a família com energias poderosas, amorosas e criativas. É o “equivalente” dos pais e precisa ser tratada com exatamente o mesmo amor, respeito e honra.

No futuro, as crianças serão consideradas como iguais e com “direitos” iguais na família e não apenas como dependentes. As crianças serão consultadas nos assuntos familiares que as afete e lhes serão dadas opções e escolhas. Este é o ensinamento delas e seu contrato com vocês, como pais – honra, respeito, apoio e amor, que é mutuo e mutuamente benéfico.

Arcanjo Miguel através de Célia Fenn
http://www.starchild.co.za/portuguese/channel14por.html#two

Ego e Personalidade no Caminho Ascendente


Ego e Personalidade no Caminho Ascendente

Ego e personalidade são realidades distintas. O ego é um núcleo de consciência que pode chegar a ser muito forte em nível psíquico e material.
Terá mais ou menos força segundo as encarnações que viveu. Apresenta-se ao mundo como se fosse o eu, porém é superficial. O verdadeiro indivíduo, a mônada, encontra-se em um nível mais profundo.
Quando forte, o ego manipula como quer as forças da personalidade. Manipula a mente, os sentimentos até o corpo físico, e assim leva o ser a identificar-se com sua aparência. Para os inexperientes pode até confundir-se com a alma, pois também é capaz de exprimir necessidades espirituais.
É pela forma como a pessoa manifesta tais necessidades que podemos reconhecer de onde provém. Todos estamos sujeitos a manipulação do ego, até que a alma consiga absorver em si esse núcleo renitente. Orgulho, separatividade e ambição são características do ego. E, para subsistir, ele as encobre com roupagens espirituais.
O orgulho parecerá humildade, mas uma humildade que a pessoa terá necessidade de demonstrar. Como o ego sabe que se expressar orgulho não será atendido, expressa humildade com energia de orgulho. O mesmo acontece com o apego, que ele apresenta como amor. Tudo isso são estratagemas do ego para nos manter vinculado a ele.
O Ego encontra formas de prosseguir reinando, e uma delas é travestir-se das qualidades da alma. Mas ele não tem contato com a essência do ser e não se interessa de fato pelas suas qualidades, porque sabe que estão em um nível que lhe é superior.
Nesta humanidade terrestre, uma consciência não pode encarnar sem a estrutura do ego. Isso significa que a consciência encarnante estará vinculada ao carma material e a tudo o que tiver sido construído pelo ego no decorrer de sua trajetória. Para reconhecer a farsa do ego em nós, temos de estar decididos a transcendê-lo, a não viver de modo individualista.
Se deixarmos de reagir às situações e aos acontecimentos, já não permaneceremos polarizados no ego. Mas, por mais que aspiremos a nos liberar dele, teremos sempre cuidado a tomar para não cair em suas artimanhas.

Trigueirinho

Convite a uma Revolução Silenciosa


Convite a uma Revolução Silenciosa

Para todo Ser que busca crescer, melhorar a si mesmo, ou seja virar “Gente” e sair de seu estado primitivo de ibernação na caverna, transformando-se num ser útil e ativo a favor de si mesmo e da rede social, seja no nível micro ou macrocósmico, sabe que a jornada não é fácil e o trajeto para dentro de si mesmo é longo; sabe que cada passo REAL dado em direção a si mesmo, é mais um campo conquistado em termos de progresso no que lhe cerca; os instrumentos e ensinamentos que se busca como apoio variam enormemente, alguns buscam na ciência, outros nas igrejas (sendo o leque ocidental bastante grande), filosofias orientais e ocidentais, livres pensadores, confrarias, psicologia... Enfim é um caleidoscópio de opções!

Devo seguir determinado santo, Jesus, Jung, Buda, Lúcifer, a filosofia Wicca, Maomé...
Isto tem gerado confusão, muitas vezes grandes atritos (até guerras), pois cada um julga que a sua escolha é a única a conter a verdade...

Na realidade pouco importa o que se escolhe, isto não é realmente importante, e sim os resultados práticos, sólidos e honestos que se conseguiu assimilar na árdua e maravilhosa jornada de amadurecimento e consciência do Ser! A questão aqui não é quem ou o que é melhor, mas se através do (s) suporte (s) escolhido (s) eu estou realmente progredindo, e cada um que progrediu um pouquinho sabe disso, portanto respeita toda e qualquer diferença, aliás o RESPEITO quando dominado já é um sinal de progresso. E meu parâmetro é: Você pode fazer o que desejar, tudo pode, desde que com consciência, já que quando alcançamos certo nível de compreensão / lucidez, passamos a prejudicar cada vez menos a nós mesmos e tudo o que nos cerca, incluindo nossa casa chamada Terra.

Nossas atitudes são sempre proporcionais a nossa consciência e no momento, o filme MATRIX mostra muito bem a atual situação das coisas, a grande maioria está DORMINDO e o triste é que poucos estão lutando por despertar deste SONO e é tão simples observar isto nesta realidade que nos cerca, guerras sem sentido, miséria e opulência lado a lado, irresponsabilidades que raiam a BURRICE, tanto no nível individual como governamentais; não é uma questão ética, moral ou religiosa, é burrice mesmo, pois como pode: estarmos destruindo, com voracidade, como cupins, a única casa que nos abriga chamada Planeta Terra?

Só existe uma real saída benéfica e construtiva desta situação: A REVOLUÇÃO SILENCIOSA ! Onde cada um deve utilizar o máximo de si, o máximo de sua energia possível com objetivo de despertar para consciência lucidez, aprimorando seu ser a cada situação vivenciada, buscando e descobrindo seu próprio caminho e neste trajeto estar sempre ciente que cada um é uma pequena parte de um contexto maior ( uma rede) e que você e este contexto maior (incluindo todos outros seres) são um só corpo, e cada célula,que é você, deve ser saudável para ter um corpo(sociedade) saudável, portanto a verdadeira revolução que pode mudar a realidade deste planeta está em suas mãos, começa no absoluto silêncio, em você para com você. Este terrível e maravilhoso conhecimento podem mudar o destino de nosso planeta. Não será um regime político, Jesus, Buda, Maomé, Alan Kardec, Wiccas, os Santos que farão isso, só você poderá interceder por você mesmo! DESPERTE!

Você terá ajuda sim, de todos os seres e filosofias em que acreditar, mas a sua “Autorevolução” somente você poderá fazer, nada e ninguém farão o que é o seu DIREITO E DEVER!
(Susie Sun)
Faço minhas as segintes palavras:

SE O GOVERNO É CORRUPTO , DEVE-SE EM PRIMEIRO LUGAR, RECONHECER QUE A SOCIEDADE GERA OS CORRUPTOS QUE A GOVERNAM, CONCLUIR SEM VERGONHA ALGUMA QUE ESTA SOCIEDADE ESTÁ CORROMPIDA. IMPOSSÍVEL QUERER ACREDITAR QUE O INDIVÍDUO TORNA-SE CORRUPTO AO ENTRAR PARA VIDA PÚBLICA. SUA CULTURA, OU SEJA, OS SEUS VALORES LHE FORAM INCUTIDOS PELA SOCIEDADE QUE O GEROU. (Eng. Mauro Bresolin – Empresário)

Sempre começa em cada um de nós, existe uma falha educação e auto-educaçao de sempre culparmos alguém e não prestarmos atenção em nós mesmos, o quanto temos de nos aperfeiçoar, que cometemos geralmente as mesmas falhas que apontamos em nossos pais, políticos, amigos, namorados e etc... pode ser em menor escala que os políticos, por exemplo, mas na maioria das vezes as falhas são as mesmas... Enquanto cada um de nós não tivermos firme determinação em nos construirmos como indivíduos melhores, sempre viveremos o resultado que ai está, não só em termos de Brasil, mas planeta Terra. Conscientizar a mente e o coração, já é metade do caminho andado, depois o trabalho de nos construirmos... O movimento começa em nós, de dentro para fora e não o contrário, ou seja, de fora para dentro.
(Susie Sun)

Tire sua máscara e descubra seu verdadeiro Eu


Tire sua máscara e descubra seu verdadeiro Eu
Por Patricia Gebrim

Hoje vou falar com você sobre o seu Eu Mascarado.
Sim, porque com certeza ele existe, quer você se dê conta, quer não.
Ora, todos nós, desde que somos crianças, aprendemos com nossos pais e professores uma série de regras para viver em sociedade... “corte com a faca na mão direita”... “ não faça barulho com o canudinho do refrigerante”... “agradeça quando alguém der algo a você”... e por aí vai.

Aprendemos, assim, o que “se deve” e o que “não se deve” fazer.
Até aí, tudo bem, porque é necessário que saibamos usar essas máscaras com sabedoria para nos relacionarmos com as outras pessoas com respeito e harmonia.

- Como seria se eu decidisse ir a uma palestra importante vestindo maiô e canga, só porque está fazendo esse terrível calor?_ eu penso, enquanto visto meu terninho e sapatos de salto alto. É claro que estou usando uma máscara, de certa forma construindo um personagem, e DESDE QUE EU SAIBA DISSO, está tudo bem.
Os problemas acontecem quando nos esquecemos de quem somos e nos misturamos com as máscaras que criamos.
Para ajudar você a visualizar isso, vou falar de duas máscaras que são muito usadas pelas pessoas. É claro que existem infinitas possibilidades de criarmos personagens, mas a minha idéia é ajudar você a perceber o mecanismo. Vamos lá?

Máscara da agressividade

Imagine que Melindra (inventei o nome, ok?) tenha sido criada em uma família dessas poderosas, com pessoas fortes, que valorizavam a força, a coragem, a audácia. A ironia é que Melindra não era tão corajosa assim, e nem teria que ser, afinal, era apenas uma criança aprendendo a lidar com um mundo que é vasto e, muitas vezes, assustador. Mas o fato é que toda vez que chorava, Melindra era um pouco desprezada nessa família de fortes.
Com o tempo, ela foi aprendendo que seria muito mais valorizada se se mostrasse decidida, invulnerável e independente. Melindra cresceu e se tornou poderosa. É diretora de uma empresa multinacional e seus subordinados têm medo dela. É muitas vezes agressiva, jamais admite um erro, e parece ter o poder de intimidar as pessoas. Conseguiu muitas coisas graças a esse jeito de ser, mas no fundo não se sente tão forte assim. Muitas vezes se sente horrivelmente cansada e assustada, e nessas vezes se mostra ainda mais assustadora, para que ninguém perceba a sua “fraqueza”. Ela continua agindo pela vida como imaginava que as pessoas gostariam que agisse, de acordo com essa máscara que construiu. O seu Eu mascarado poderoso existe porque ela quer ser aceita pelas pessoas, e porque não quer que percebam como na verdade se sente vulnerável.
No fim, o que acontece é que ela representa tão bem seu papel que ninguém a enxerga como é. Ninguém percebe o quanto se sente cansada, o quanto precisa de ajuda e compreensão. Melindra raramente receberá um colo ou carinho. Com certeza atrairá muitas situações difíceis, pessoas que a confrontarão, confirmando a hipótese de que o mundo é mesmo agressivo e que ela deve se armar e se defender. Vocês percebem? Melindra tornou-se prisioneira de sua máscara. Com o tempo, até mesmo Melindra se esquece de quem é, e em alguns casos, passa a achar estranhos sentimentos como afeto, cuidado e amor, como se fossem falsos ou hipócritas.
Bem, o caminho de crescimento para uma pessoa como Melindra envolve um risco que ela consideraria enorme... o risco de deixar que as pessoas vejam o que se esconde sob a máscara. Deixar que percebam que ela não é tão forte como parece, mostrar que também tem medo às vezes, que também se cansa, que também precisa de ajuda... um risco e tanto para alguém como ela!

Máscara do amor

Bem, agora vou criar outro personagem, vou chamá-lo Révis.
Révis, diferentemente de Melindra, foi criado em uma família que tinha como valores principais a generosidade, a ajuda ao próximo, a bondade, o perdão, o amor. Em sua casa qualquer expressão de raiva era vista como algo ruim (e não como força, como no caso de Melindra). Assim, ele aprendeu que devia conter sua raiva, ser sempre compreensivo, amoroso e gentil. Quando agia assim era aceito e amado. Quando explodia era criticado ou deixado de lado.
Por outro lado, quando Révis chorava e se mostrava fraco, era acolhido e ganhava um delicioso achocolatado que sua mãe lhe preparava com todo o carinho, enquanto o abraçava... “Pobrezinho, mamãe está aqui”, dizia ela.
*Uma observação... estou simplificando a coisa toda para que caiba neste artigo. É claro que não estou responsabilizando os pais por sermos quem nos tornamos, e sim ressaltando todo um ambiente (pais, escola, pessoas com quem convivemos) como parte da formação da nossa personalidade, ok?
Bem, o fato é que Révis cresceu e construiu um Eu Mascarado que era pura bondade. Trabalha em inúmeros projetos sociais, ajuda muitas pessoas, não ganha lá muito dinheiro, é verdade. As pessoas o vêem como uma pessoa generosa, gentil, compreensiva, boa. É claro que muitas pessoas passaram a tentar se aproveitar dele. Outras grudam nele como sanguessugas, ligam de madrugada para falar de seus problemas, pedem dinheiro emprestado (sempre esquecem de devolver, é claro), chegam uma hora atrasadas em um encontro sem se preocupar, porque sabem que “Révis não se importa, é tão bonzinho...”.
Raramente Révis se impõe ou perde a paciência com alguém. Quanto muito fica amuado, tristemente encolhido em um canto, com cara de cachorro sem dono, esperando assim que as pessoas se arrependam de tê-lo feito sentir-se tão mal assim.
No fundo Révis sente muita raiva. Também se sente tão cansado quanto Melindra. Não consegue se sentir valorizado, não consegue impor limites, não sabe dizer “Não”. Seu Eu Mascarado o aprisiona também. Não pode sequer lidar com a idéia de que, como qualquer ser humano, sinta raiva, ciúme, inveja e até mesmo ódio. Não consegue se colocar em primeiro lugar. Não enfrenta as pessoas.
Seu caminho de crescimento requer que, como Melindra, ele enfrente um enorme desafio: o de correr o risco de ser quem é. Seu desafio é mostrar que não é
sempre tão bonzinho como pensam. Que, como qualquer pessoa, também se irrita, e que é capaz de dizer “não” quantas vezes for necessário. Révis precisa parar de querer agradar sempre e correr o risco de que não gostem dele. Afinal, é impossível agradar a todos, não é? Precisa deixar aparecer aqueles sentimentos que aprendeu a considerar “maus”. Precisa deixar que as pessoas percebam que também fica bravo, que não está disponível 24 horas por dia e que merece ser respeitado.
Deixando um pouco as máscaras de lado, acho importante ressaltar que é claro que existem pessoas que são verdadeiramente fortes e verdadeiramente amorosas. Isso nem sempre é uma máscara!!! Mas quando essas qualidades são reais, elas não pesam. Podemos ser fortes sem precisar negar os momentos em que nos sentimos vulneráveis. Podemos ser amorosos sem nos apagar ou diminuir por isso. Quando somos de verdade fortes, ou amorosos, fazemos isso sem sentir aquele cansaço e mal estar que a máscara trás.

Ouça... Se você está se sentindo pesado e sem vida, com certeza está usando uma máscara. Descubra-a a tenha a coragem de tirá-la.
Só podemos sentir a brisa da vida com o rosto descoberto!