Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Ciclos da Vida

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário,perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos, não importa o nome que damos.

Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas,que eram tão importantes e sólidas em sua vida,serem subitamente transformadas em pó.

Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: você,seus pais, seu marido ou sua esposa,seus amigos, seus filhos, sua irmã...Todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante,e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado,nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará:não podemos ser eternamente meninos,adolescentes tardios,filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!)destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível do que está acontecendo em nosso coração, e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas. Portanto, às vezes ganhamos e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu génio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda:isso lhe estará apenas envenenando e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar,decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo,sem aquela pessoa...Nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba. Mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.
(não citada a autoria)

Correndo atrás do rabo


Procurar a felicidade eterna é a melhor maneira de ser infeliz.
Não temos obrigação de ser felizes nem fomos colocados no mundo para alegrar os outros.Nascemos para ser nós mesmos - a tarefa mais difícil de todas. Nos privamos do direito à tristeza. Ao menor sinal de sua presença, nos entupimos de antidepressivos, como se momentos de introspecção fossem doença e o padrão normal fosse vivermos imersos numa comédia romântica infindável. Pior: fosse essa capacidade a medida de nosso êxito. Mas o êxito só pode ser medido pela aptidão de abraçar nossas idiossincrasias, de lidar com o que não gostamos ou entendemos em nós - nosso maior êxito é ter coragem de assumir quem somos e deixar de imitar condutas incutidas e socialmente aceitáveis.

Homens choram, sim.Mulheres, mesmo nos dias de hoje, podem ser meigas.
Estar sempre preparado para o ataque é tarefa de guepardos, não nossa.
Alegria incessante é função de apresentadores de TV.

Precisamos, com urgência, relaxar e aceitar que "Um dia de chuva é tão belo quanto um dia de sol/ Ambos existem; cada um como é" (Alberto Caeiro). Só assim respiraremos tranqüilos, sem nos sentirmos fracassados, diante de uma melancolia corriqueira. Para parar de ter medo do bicho-papão que mora embaixo da cama, é preciso olhar para debaixo dela: medos só perdem a força quando são firmemente encarados.

Cerceamos a vida de maneira letal ao exigir extrair prazer de tudo o que nos cerca: a comida deve ser orgásmica; o cinema, brilhante; o amor, estelar. Incutimos até num pedaço de bolo a obrigação de nos inundar de prazer. E essa busca demente da felicidade se torna demoníaca porque traz consigo a massacrante sensação de derrota - nada é capaz de nos suprir de alegria, por mais esforço que façamos, porque precisamos do desalento eventual para sermos completos. Só nos contos de fadas aparecerá o herói, a mítica figura salvadora, que decretará: "Todos serão felizes para sempre", e a dor sumirá. Na vida real, somos completamente responsáveis pelo que fazemos conosco, ninguém executará a tarefa por nós.

Não conseguimos - por mais que acumulemos itens, pessoas, realizações e prêmios - sorrisos perenes e autênticos. E nos sentimos (às vezes, vagamente; outras, arrasadoramente) perdedores, fracos, largados. E então exigimos a felicidade. Clamamos por ela. Nos entorpecemos tencionando atingir o êxtase perfeito. Bebemos. Comemos. Usamos tudo o que possa alterar nosso ânimo, que ofereça uma breve promessa do paraíso, dilua a angústia. Qualquer coisa que nos deixe felizes até o dia seguinte, de onde recomeçaremos o ciclo, ignorando os motivos desse vazio incômodo que clama para que vejamos a nós mesmos.

A alegria não virá dentro das sacolas de compras, no porta-luvas do carrão novo, nas coxas durinhas da conquista da semana: essas coisas são nossa dose diária (e até necessária) de anestesia que adia encararmos o fato mais banal e amedrontador da vida: não existe bálsamo milagroso para nossa solidão intrínseca, e ela faz parte de nós tanto quanto a vontade de rir solarmente - ignorá-la é fechar a porta para tudo o que ela pode ensinar.

Ignorá-la é enterrar metade de você.

-Aillin Aleixo-

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Aprendendo a desaprender

Passamos a vida inteira ouvindo os sábios conselhos dos outros. 
Tens que aprender a ser mais flexível, tens que aprender a ser menos dramática, tens que aprender a ser mais discreta, tens que aprender... praticamente tudo.

Mesmo as coisas que a gente já sabe fazer, é preciso aprender a fazê-las melhor, mais rápido, mais vezes. Vida é constante aprendizado. A gente lê, a gente conversa, a gente faz terapia, a gente se puxa pra tirar nota dez no quesito "sabe-tudo". Pois é. E o que a gente faz com aquilo que a gente pensava que sabia?

As crianças têm facilidade para aprender porque estão com a cabeça virgem de informações, há muito espaço para ser preenchido, muitos dados a serem assimilados sem a necessidade de cruzá-los: tudo é bem-vindo na infância.
Mas nós já temos arquivos demais no nosso winchester cerebral. Para aprender coisas novas, é preciso antes deletar arquivos antigos. E isso não se faz com o simples apertar de uma tecla. Antes de aprender, é preciso dominar a arte de desaprender.

Desaprender a ser tão sensível, para conseguir vencer mais facilmente as barreiras que encontramos no caminho. Desaprender a ser tão exigente consigo mesmo, para poder se divertir com os próprios erros. Desaprender a ser tão coerente, pois a vida é incoerente por natureza e a gente precisa saber lidar com o inusitado. Desaprender a esperar que os outros leiam nosso pensamento: em vez de acreditar em telepatia, é melhor acreditar no poder da nossa voz.

Desaprender a autocomiseração: enquanto perdemos tempo tendo pena da gente mesmo, os demais seguiram em frente.

A solução é voltar ao marco zero. Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.

Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.

Martha Medeiros

domingo, 9 de dezembro de 2012

Ignorância


O conhecimento seria um bem ou um mal?
E a ignorância, benção, castigo, maléfica, benéfica?...
A mais sacrificada das aventuras humanas
 é a da busca do conhecimento.
Trata-se de uma derrota anunciada desde o início.
Mas teima-se em vivê-la.
Quem pensa saber muito não sabe nada.
Seriam, então, os que nada sabem os que mais sabem?
Aquela reflexão socrática – “eu sei que nada sei” –
Não é simples humildade,
mas confissão de derrota, de impossibilidade.
O conhecimento, pois, é o desafio em direção ao impossível.
Por mais que se saiba algo de algo,  não se sabe nada dele.
A “douta ignorância” é, de certa forma,
ter consciência disso: reconhecer que nada sabe.
Na busca do conhecimento, a tragédia do homem,
penso eu, está em descobrir a impossibilidade de saber tudo.
Isso angustia, martiriza, deprime.
Pois saber de ou poucas coisas nos leva a viver na corda bamba,
no sofrimento do nada, na incerteza, na insegurança.
O pouco que se sabe basta para cansar e desanimar.
O conhecimento tem a capacidade de,
sendo uma potência, tornar impotente o ser humano,
levando-o a descobrir os seus verdadeiros limites.
Impossível conhecer tudo de alguma coisa.
É torturante saber quase nada do muito.
É isso que estou querendo dizer:
“o conhecimento é ladrão dos sonhos
e a ignorância é a mãe que faz sonhar."
Se conhecer pouco não serve para nada,
nada conhecer leva sonhar.
Cadê meus sonhos?

Trechos da crônica: Ignorância - Cecílio Elias Netto -

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Não culpe os outros por sua infelicidade.


Assuma a responsabilidade por seus fracassos.
Algo comum nos relacionamentos é encontrarmos pessoas que culpam o parceiro por fracassos e frustrações suas, jogando nele a responsabilidade por sua infelicidade.
Convivem por anos acumulando pequenas frustrações, abrindo mão de mais coisas do que gostariam, deixando de realizar atividades que proporcionavam prazer e alimentavam sua autoestima, sempre em nome do casal: já que o outro não gosta disso, para evitar brigas, abre-se mão do desejo.
Isso pode ser uma grande armadilha.
Com o tempo esses espaços vazios vão se avolumando, causando cada vez mais uma sensação de incompletude e insatisfação generalizada, que acaba por interferir em outras áreas da vida pessoal.
Ao abrirmos mão de algo em nome do casamento, temos que ter a consciência da escolha que estamos fazendo no momento, se é isso realmente o que queremos, ou se não há outra saída alternativa.
A relação a dois exige concessões, é claro, pois agora não estamos mais sozinhos para tomar decisões.
O outro deve ser levado em consideração na maioria dos assuntos, e muitas vezes aceita fazer algo que nem queria, mas com os argumentos do cônjuge acaba sendo convencido e muda de ideia.
Na maioria das vezes, não se arrepende.
Aprendemos muito através da convivência a dois, nosso parceiro pode nos abrir horizontes antes não imaginados ou temidos por serem desconhecidos.
O problema aparece quando um está sempre abrindo mão de seus desejos em função do outro que não se dispõe a acompanhá-lo em certas situações ou que não o apóia quando este precisa de uma confirmação ou um incentivo.
Se ficar dependendo da posição do outro para a realização do que quer, corre o risco de deixar muitas realizações para trás, e o pior, culpar eternamente o cônjuge por sua incapacidade de enfrentar as coisas sozinho.
Vamos a um clássico exemplo muito citado pelos casais que atendo: um gosta de dançar, o outro não.
Acabam nunca saindo para dançar porque chega a ser algo desagradável acompanhar o parceiro que nem o ritmo da música consegue seguir.
O que fazer?
Bem, em primeiro lugar tente convencê-lo a fazer umas aulas de dança, pois pode ser que ele acabe pegando o gosto por algo que, por não saber fazer, encara com má vontade e rejeita.
Isso é o tipo da coisa que aproxima os casais: um ambiente onde todos estão no mesmo barco, aprendendo, divertindo-se, ouvindo música, relaxando o corpo, deixando a sensualidade aparecer, o que pode ser uma ótima oportunidade de aumentar a intimidade do casal.
Agora, se mesmo com a tentativa o interesse não for despertado no outro, então... vá você sozinho!
Por que não?
Escolha um lugar adequado onde possa satisfazer sua vontade de vez em quando, a fim de não guardar essa frustração dentro de si pelo resto da vida.
O parceiro é ciumento?
Bem, ele terá que lidar com isso.
Muitos outros são os "desencontros" comuns na vida a dois, o que nos força a estar sempre negociando alternativas para nos adequarmos uns aos outros.
Mas lembre-se sempre de olhar para dentro de si e checar qual a sua parcela de responsabilidade na realização de algo, antes de jogá-la nas costas do cônjuge.

Marina Vasconcellos (psicóloga)

Enxergar a essência das pessoas.

Seus olhos são para enxergar de perto, de longe, por fora e por dentro!
Ao observar atentamente as pessoas, mais com os olhos do coração do que com os olhos da razão, você vai observar que tem muito mais gente boa do que gente ruim por esse mundão.

Ver além das aparências! Olhar para a essência! Validar as pessoas pelo que elas são. Consegue isso?

Imagine, o máximo que puder, o que há por trás das atitudes das pessoas. O que será que tem no coração, na história e na vida das pessoas? Tentar entender o motivo que leva uma pessoa a agir de uma determinada forma só fará de você uma pessoa ainda mais desenvolvida, sabia?

Seus olhos são para enxergar de perto, de longe, por fora e por dentro! E o seu coração foi feito para sentir! Só se vê bem com os olhos do coração, certo?

Então, veja mais as estrelas, o céu, a lua, os pássaros, o colorido das flores.... Observe mais o rosto das pessoas. E ao olhar dentro dos olhos de cada um, você pode perceber como as pessoas são muito mais do que aparentam ser! Olhe nos olhos e no coração de todos aqueles que cruzarem o seu caminho.

Seja atencioso e compreensivo. Sempre! Especialmente com aqueles que mais estão incomodando. Nunca esqueça que a manifestação externa reflete o estado interior. Você também funciona com dificuldade quando algo não está bem no seu interior, certo?

Vá além das aparências. E continue se esforçando para compreender e amar, exatamente como quer ser compreendido e amado!

Ajude mais as pessoas a cumprirem alegremente suas tarefas. Sua presença bem que poderia melhorar o lugar onde está, né? Seja como o sol que ilumina a todos! Afinal, você deve fazer muita diferença na vida de muita gente!

Uma pessoa é única, poderosa e iluminada quando oferece a sua mão, o seu coração! Estenda a sua! Oferece o seu coração!

Bom Dia! Bom Divertimento! Que Deus encontre sempre a porta do seu coração bem aberta.

"Nunca foi a altura, nem o peso, nem os músculos que fazem uma pessoa grande.
Sempre foi e sempre será a sua sensibilidade e a sua capacidade de amar."

Luis Carlos Mazzini

Aceite-se para ser aceito pelos demais.



Sentir-se rejeitado pelos outros é um sentimento que poucos conseguem superar facilmente, pois depende de uma elevada confiança em si mesmo, o que nem sempre temos.
Quanto mais rebaixada nossa autoestima, quanto menos gostamos de nós mesmos, mais vulneráveis somos à rejeição.
Quando uma pessoa com baixa autoestima perde uma pessoa que ama ou uma colocação profissional, passa a acreditar que não merece nada, que é indigna de ter o que deseja, sentindo-se completamente só e, principalmente, abandonada.

Mesmo as pessoas com elevada autoestima, ou seja, conscientes de seu valor, tendem a sentir os mesmos sentimentos quando há uma perda, pois neste momento perdem também o controle da situação que até então acreditavam ter e isso tende a abalar todas as emoções.

Lidar com a rejeição não é nada fácil, pois geralmente nos remete inconscientemente às situações de abandono durante a infância.
Se alguém nos rejeita, de alguma forma não nos aceita, e se tentarmos mudar em função disso para agradar, tudo tende a piorar.
Mas, na maioria dos casos, o outro dificilmente é a causa real do sentimento de rejeição, pois a sensação de sentir-se abandonado já existe internamente na pessoa.
A dificuldade está em lidar com estes sentimentos anteriores somados aos atuais.

O principal antídoto ao sentimento de rejeição é não limitar todas as esperanças da vida a um relacionamento, ou seja, dedicar-se apenas ao marido, filho, a esposa, a mãe, ou a um emprego, não tendo mais nenhum outro objetivo, esquecendo-se de outras pessoas ou fatos importantes e principalmente de si mesmo.
Mas não há nada pior do que acreditar cegamente e... ser abandonado.
Se você admitir que pode um dia ficar só e ainda assim sobreviverá, correrá menos riscos de se sentir rejeitado.
E também terá maior liberdade para mudar sua vida sem sentimentos de culpa.

Não devemos nunca perder nosso referencial interno, nem reduzir nossas esperanças ou colocar nossa expectativa de vida sob a direção de algo que não controlamos: o sentimento e a reação do outro.
Por vezes, podemos ser preteridos e não é por isso que a vida deixará de existir ou que as coisas que desejamos deixaram de ser realizáveis, muito pelo contrário, pode ser a chance que temos de ter a possibilidade para irmos em busca daquilo que realmente queremos.
Não podemos nunca depender da atitude de outra pessoa para termos certeza de nosso real valor.

É preciso que estejamos sempre conscientes de que as atitudes de outras pessoas nem sempre estão relacionadas à nossa pessoa, e, portanto, não são respostas a nós.
Precisamos entender que os outros são seres humanos como nós e que às vezes podem nos dar um não ou uma resposta agressiva muito mais em função dos próprios conflitos internos e que nada têm a ver com sua pessoa.
Mas como muitas vezes não consideramos a realidade interna do outro, imaginamos que estamos sendo rejeitados, mas muitas vezes a rejeição faz mais parte do nosso mundo interior do que da realidade.
Por isso, é importante saber diferenciar a reação dos outros em cada momento.
Procure entender as razões do outro, pois muitas vezes o problema para agir assim pode ser mais dele do que seu.
Seja como for, de nada adianta dramatizar a situação e colocar-se no papel de vítima.
O drama e o sentimento de culpa só irão aumentar a sua dor.
Encare a dificuldade do momento de frente e procure aprender com tudo isso.
No mínimo, você conquistará maior autoconfiança e isso lhe será útil pelo menos na próxima vez.

Muitas vezes, o sentimento de rejeição é acentuado pela insistência em supervalorizarmos a opinião e aprovação dos outros de nosso modo de ser, pensar e agir.
Damos aos outros o poder de juiz e permitimos que comandem nossa forma de viver.
A excessiva importância dada à opinião e aos valores dos outros, por mais que estes queiram apenas o nosso bem, retrata uma irresponsabilidade quase infantil e inconsciente de acreditar que são eles que devem assumir e suprir nossas necessidades.

Cabe a cada um de nós satisfazer as próprias carências e não a quem está ao nosso lado. Acreditamos que ninguém deve nos dizer não, para que não nos sintamos rejeitados e abandonados, mas, na verdade, a principal rejeição não vem dos outros, mas está dentro de nós mesmos e resulta na falta de amor próprio.

Pare de se criticar, mude o que acha que tem de mudar em si e torne-se mais independente da aprovação de outras pessoas.
Aceite-se.
Torne-se responsável pelo que você é e deixe que o outro seja responsável pelo o que ele é.
Faça sua vida ser conduzida sob sua responsabilidade e seus valores, e não sob os do outro.

Pense que você tem a responsabilidade de se amar, se aceitar, aprovar e valorizar.
Se atribuir essa responsabilidade ao outro, cada vez que ele negar, surgirá a rejeição, um sentimento que só você poderá se isentar de senti-lo.
E lembre-se:
Nenhuma pessoa merece tuas lágrimas e quem as merece não te fará chorar.

Pense nisso...

Rosemeire Zago

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Pessoas e Flores

Estava passando de carro por uma rua movimentada quando o sinal fechou bem em frente a uma floricultura... Meus olhos passearam distraídos pelas lindas flores de um vaso de uma cor tão bonita que me fez, por um momento, esquecer todo barulho do trânsito.

Minha mente... nesse pequeno intervalo... aproveitou para também passear por outros espaços me remetendo a um outro tempo... Me lembrei de um dia numa outra floricultura onde fui comprar um vaso de flores para alguém e a minha reação às flores foi completamente diferente daquela que este pequeno vaso estava provocando em mim agora... de puro encantamento.

Naquele outro dia eu em casa já sabia exatamente o que queria e a imagem das flores já tinha vindo muitas vezes à minha mente que se encarregou de fazer um arranjo perfeito... na forma... nas cores... no tamanho... em tudo... nisso ela não se faz de rogada... é mesmo muito criativa.

Então... com o arranjo já todo pronto, deixei para a última hora o ato de comprar as flores porque nem me passou pela cabeça que ele poderia não existir naquela forma.

Mas cheguei na floricultura e nada do meu arranjo... Olhava ansiosa buscando ao redor na certeza que ele estaria ali me esperando... nada... entre tantos vasos de flores... nenhum se parecia com o meu... e eu não conseguia achar um vaso bonito o suficiente para me decidir entre os que estavam ali disponíveis no momento.

Então acabei comprando um vaso de pequenas flores cor de rosa, mas... nem de longe me deram aquela sensação de contentamento que eu teria... se tivesse encontrado as flores... que minha mente tão cuidadosamente usou para o arranjo que criou para mim.

Mas qual não foi a minha surpresa quando a pessoa que recebeu as flores se encantou por elas... eu fiquei feliz e até meio assustada porque não esperava de forma alguma uma reação tão favorável a um vaso que para mim não era o ideal porque fugia - e muito - às especificações da minha mente...

Despertei com a buzina dos carros me chamando a atenção para o fluxo do trânsito que insistia em querer continuar... apesar da beleza das flores...

Entendi num segundo como perdemos maravilhas por querer adaptar a natureza a modelos criados pela mente e pela razão.

As pessoas... como as flores, são únicas... em nuances... em tons... em perfumes... em magias e encantamentos... tão diversificadas que as fazem especiais justo por serem únicas naquela forma natural de ser..

Saber enxergar e aceitar simplesmente como elas são... sem querem modificar nem as pessoas nem as flores... para que caibam exatamente dentro das nossas expectativas... pode nos trazer surpresas mágicas e fazer com que um dia cinzento e sem graça no meio de um trânsito arrasador de uma cidade grande... se torne por um momento que seja... encantado e eterno... e por isso mesmo inesquecível.

Rubia A. Dantés

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A cobra e o vagalume


Sobre a inveja

Conta a lenda que certa vez uma serpente começou a perseguir um vagalume. Este fugia rápido, com medo da feroz predadora, mas a serpente nem pensava em desistir. Fugiu um dia, e ela nao desistia; fugiu dois dias, e nada. No terceiro dia, já sem forças, o vagalume parou e disse à cobra:
- Um momento. Posso lhe fazer três perguntas?
- Não costumo abrir esse precedente para ninguém, disse a cobra, mas já que vou devorá-lo mesmo, esteja à vontade, pode perguntar.
- Pertenço à sua cadeia alimentar ?, perguntou o vagalume.
- Não. Respondeu o ofídio.
- Eu lhe fiz algum mal? redarguiu o inseto.
- Não. Respondeu novamente a cobra.
- Então, por que você quer acabar comigo? Perguntou novamente o ofídio
- hhmm. Não sei... É uma coisa assim, tipo...

Não suporto te ver brilhar!!!! disse finalmente a cobra.

Moral da história::
“Se a sua estrela não brilha, não ofusque a dos outros”.

Diariamente estamos sendo perseguidos por víboras, seja em nosso ambiente de trabalho, seja na escola ou meio social. Pense nisso e selecione as pessoas em quem confiar.

Fonte: intermet

sábado, 3 de novembro de 2012

Agradecendo ao Universo

 

Tenho percebido que o universo ama a gratidão
Assim, quanto mais agradecido você for, maiores serão os benefícios que obterá.
Quando digo benefícios, não me refiro apenas a objetos materiais, mas também incluo, entre eles, todas as pessoas, lugares e experiências que tornam a vida tão maravilhosamente digna de ser vivida.
Você tem consciência de que está bem quando a sua vida é plena de amor, alegria, saúde e criatividade. e você encontra todos os sinais abertos para dar prosseguimento a suas tarefas ou empreendimentos….
É dessa maneira que nossas vidas devem ser vividas.
O Universo (e eu digo Deus) é um doador generoso, abundante e que gosta de ser apreciado.
A gratidão põe em ação mecanismos para que se tenha mais motivos para sentir gratidão…
Ela aumenta a abundância da vida que tem.
A falta de gratidão ou as queixas nos dão poucos motivos para que nos regozijemos.
Os que vivem se queixando sempre acham que têm poucas coisas boas em suas vidas ou, então, não usufruem do que têm.
O universo sempre nos dá aquilo que acreditamos que merecemos.
Muitos de nós fomos educados para olhar apenas o que não tem e sentir falta dessas coisas.
Somos produtos da crença na escassez e assim ficamos indagando por que nossas vidas são tão vazias…
Nós devemos ser gratos até pelas lições que recebemos…
Não fuja das aprendizagens, pois elas são pequenos pacotes que envolvem tesouros que nos foram oferecidos.
Na medida em que formos aprendendo com elas, nossas vidas sofrerão um transformação para melhor.
Utilizemos o máximo de tempo que pudermos agradecendo, diariamente, tudo de bom que há em nossas vidas.
Se você recebe pouco agora, irá receber mais…
Se você já possui uma vida de abundância, esta será intensificada.
É uma situação de lucro – você está feliz e o Universo (Deus) está feliz.
A gratidão multiplica a abundância.
Partilhe o segredo da gratidão.
Vamos ajudar a transformar o mundo em um lugar de pessoas agradecidas, um lugar para dar e receber…

Extraido do livro Gratidão

Diz a fábula, que um camundongo vivia angustiado com medo do gato.
Um mágico teve pena dele e o transformou, então, em gato!
Mas aí ele ficou com medo de cão.
Por isso, o mágico o transformou em pantera.
Então, ele começou a temer os caçadores.
A essa altura, o mágico desistiu.
Transformou-o em camundongo, novamente, e disse:
- Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você
tem apenas a coragem de um camundongo.
É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto.
Mas saiba que coragem, não é a ausência do medo;
é a capacidade de avançar, apesar do medo,
apesar de caminhar para frente e enfrentar as adversidades, vencendo os medos…
É isto que devemos fazer.
Não podemos nos derrotar, nos entregar por causa dos medos.
Assim, jamais chegaremos aos lugares que tanto
almejamos em nossas vidas .

Fonte: internet (sem autoria definida)

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Reflexão!

É o que os dias de hoje mais pedem.
É o que a situação atual solicita com urgência.

Quando a dor se faz mais forte,
quando julgamos que chegamos perto do fim do poço,
quando tudo parece emperrado, complicado,
quando começamos acreditar que todos estão contra nós,
é o momento de parar e olhar para dentro de si mesmo,
encontrar a resposta nessa visão,
no olho interior que é a reflexão.

Refletir é pensar, ter tempo para questionar:

por que eu faço isso repetidas vezes?
por que eu só me apaixono por pessoas complicadas?
por que não consigo um emprego como eu desejo?
por que vivo cheio de dívidas se ganho tão bem?
por que os amigos se afastam quando mais preciso?
por que minha família é tão desunida?
por que estou tão feliz, ou triste assim?
É preciso coragem para questionar a si mesmo!
Normalmente temos um conselho pronto para os outros,
sabemos indicar caminhos, rotas e direções,
sempre para os outros...

Mas, por favor, não confunda reflexão com auto-acusação.
Refletir não é se martirizar, pois isso leva ao erro,
faz com que você assuma o papel de vítima,
e nada é pior do que ser "a eterna vítima",
o "coitadinho ou coitadinha de Jesus".
"Só eu apanho. Só eu sofro assim.
Nada dá certo pra mim".
Oh! dor, oh! dia,
oh! desgraça sem fim...

Reflexão não combina com lamentação.
Reflexão é o uso da razão!
É assumir conflitos e buscar uma solução.
Tentar mais de uma vez, usar o perdão.
Recomeçar quantas vezes forem necessárias,
sempre com um desejo: acertar!
Virar o jogo, deixar de ser pedra que fica,
para ser a pedra que rola, aquele que se transforma.

Se tudo está cinza, refletir pode colorir a sua história.
pense nisso!

Paulo Roberto Gaefke


domingo, 21 de outubro de 2012

O Retorno


Vivemos atualmente em uma era de mudanças que está transformando literalmente cada aspecto de nossas vidas.

É altamente recomendável que sejamos flexíveis e abertos a novas possibilidades.

As experiências que se apresentam a cada um de nós precisam ser vivenciadas, para que possamos desenvolver uma versão mais leve e refinada de nós mesmos. A criação existe por causa do trabalho duro que cada indivíduo faz para melhorar a si mesmo e ao mundo à sua volta.

Viver não é estar em conflito e em competição com os outros.
Esta é uma visão falsa da vida.

Viver é uma competição consigo mesmo para vir a ser aquele amor que buscamos nos outros.
É amor sem expectativas.

A vida em si é uma experiência espiritual. E espírito é amor!

Quando permitimos que os medos em nossa mente controlem o coração, não conseguimos mais enxergar claramente, e nossas expressões se tornam poluídas pelo medo ao invés de amor. Isso gera confusão, é claro, mas ao mesmo tempo cria um anseio por um retorno ao amor.

Tal anseio é interpretado como saudade e, de fato, trata-se da voz da sua alma estimulando a mente em desenvolvimento a confiar que o amor não conhece o medo.

Quando nossos pensamentos se tornam mais amorosos e úteis, quando reconsideramos os valores do nosso coração e espírito, quando passamos a ser aquilo que esperamos que os outros sejam, então o sol no coração irrompe, afastando as nuvens do medo presentes na mente.

Quando passamos por essas experiências e aprendemos suas respectivas lições, depositamos finalmente a confiança em nós mesmos e deixamos que o amor nos guie.

O amor é nossa casa e no amor não há separação.

O processo de crescimento até este nível de consciência implica no abandono de infantilidades e de crenças simplistas e ingênuas às quais tantas pessoas se apegam.

A questão é discernir a verdade e a beleza de todas as coisas. Quando sabemos a verdade, logo reconhecemos as trivialidades e armadilhas que as forças das sombras colocaram no nosso caminho para impedir nosso processo de crescimento.

Foi-nos dado livre-arbítrio para escolhermos entre servir às sombras que se expressam através do controle, da desonestidade e do medo, ou a luz que se expressa através do amor, da sabedoria e da responsabilidade.

Aqueles que despertam ao ponto de entenderem que há uma escolha encontram-se na viagem de volta à compreensão plena. Eles confiam em seus sentimentos e sabem intuitivamente o que tem valor.

Há um poder silencioso no fundo de nós que nos conecta à nossa essência espiritual.

Quando abrimos conscientemente nossas mentes a esta força divina, somos guiados a nos unirmos ao todo da vida e logo compreendemos por nós mesmos nosso verdadeiro propósito neste planeta incrível.

Por Robert Happé
"Todo o amor do mundo pode ser dado a você, mas, se você decidir ser infeliz, permanecerá infeliz. E você pode ser feliz, imensamente feliz, por absolutamente nenhuma razão - porque a felicidade e a infelicidade são decisões suas. Leva muito tempo para perceber que a felicidade e a infelicidade dependem de você, porque é muito confortável para o ego achar que os outros estão fazendo você infeliz.
O ego insiste em dar condições impossíveis, e ele diz que primeiro essas condições precisam ser satisfeitas e somente então você poderá ser feliz.
Ele pergunta como você pode ser feliz em um mundo tão feio, com pessoas tão feias, em uma situação tão feia. Se você observar corretamente, rirá de si mesmo. É ridículo, simplesmente ridículo. O que você está fazendo é absurdo. Ninguém está nos forçando a fazer isso, mas insistimos em fazê-lo - e gritamos por socorro. E você pode simplesmente sair disso; trata-se de seu próprio jogo - ficar infeliz e depois pedir simpatia e amor.
Se você estiver feliz, o amor fluirá em sua direção... não há necessidade de pedi-lo. Essa é uma das leis básicas. Exatamente como a água flui para baixo e o fogo flui para cima, o amor flui em direção à felicidade”.

Osho

segunda-feira, 15 de outubro de 2012


Para ver coisas novas, é necessário renovar o olhar e a maneira de sentir a vida.
Falar de coisas futuras, mas com vários vícios antigos dentro do coração, é engano certo!
Cada ser é um universo em miniatura, um microcosmo cheio de pensamentos e sentimentos, um infinito de possibilidades no tecido vivo de si mesmo.
Quando se olha o universo externo, com o olhar que já viaja pelo infinito de dentro... tudo muda.
Quando se busca voar por fora, mas com o voo equilibrado, por dentro, em si mesmo, tudo muda.
Quando se toma consciência de que o amor é o grande lance, tudo muda, por dentro e por fora.

Wagner Borgers

domingo, 14 de outubro de 2012

A construção de um navio.


A construção de um navio parece com a formação das pessoas.
Durante a gestação o casco é construído, até que somos lançados ao mar.
A maior parte de um navio é colocada depois, como acontece com a gente.
Camarotes, porões, motores, pinturas, enfeites são acrescentados
durante a infância e adolescência, até o navio ficar pronto para a primeira viagem.
Um navio fica pronto quando sai do estaleiro, mas com a gente é diferente
- e este é o desafio de cada um, pois crescemos todo dia e nunca ficamos prontos.

Apesar disso é preciso partir....
Mas nem todos têm a coragem de ir e continuam atracados ao cais,
julgando-se incapazes de navegar sozinhos.
Algumas pessoas são obrigadas a zarpar, já que os encargos de segurança
do porto tornam-se pesados demais e, às vezes,
perdem um tempo precioso da viagem revoltadas e lamentando-se por tudo isso....
mas nem todo mundo é assim....

Alguns mal o dia amanhece, já partiram.
Parecem muito ocupados e logo somem no horizonte.
Desde cedo sabem o que querem e têm pressa de viver.
Outros navios também saem logo que podem,
mas ficam dando voltas e mais voltas sem chegar a lugar algum.
 Acabam navegando só para comprar mais combustível todo dia,
e o que ganham mal dá para a reforma do casco...

Os maiores desperdiçadores de seus próprios recursos são aqueles que não sabem o que querem...
e o pior é que, quando a gente não sabe direito o que espera do rumo que está tomando ou nem se tem um rumo,
não pode corrigir a rota se estiver no caminho errado... nós somos os maiores
responsáveis pelas tempestades que não conseguimos evitar.

Já outras pessoas deixam de navegar milhares de milhas para se conformarem com umas poucas centenas,
porque tem medo de atrair ventos contrários ou então querem agradar ou impressionar alguém....
a gente não deve aceitar isso, pois significa concordar em ser menos do que
pode ser. Todo dia é dia de evolução e aprendizado e,
como a lua cheia, quando paramos de crescer, começamos a diminuir.

Então a primeira coisa a fazer é tornar-se comandante de si próprio e isso equivale a pensar com a própria cabeça,
ser timão e timoneiro, assumindo riscos pelos erros, pois só erram os que tem a coragem para ousar e, se caírem,
levantar e tentar de novo-sempre... pois ninguém sabe nossa autonomia no mar,
nossa capacidade de carga, ou a que velocidade podemos singrar as águas dos oceanos, sejam azuis ou escuras.

Ninguém nos conhece melhor que nos mesmos e, por mais que digam o que temos - ou não temos
- que fazer, ninguém pode viver a vida no nosso lugar.
Outras pessoas, ainda, vivem frustradas e infelizes porque não conseguem ter as mesmas coisas que viram em outro navio.
Algumas também vivem furiosas quando alguma coisa ou alguém não age ou sai como gostariam.
O amor a si próprio e ao próximo é um exercício diário para saber a diferença entre o que precisa ser mudado e o que devemos aceitar como é.

Muita gente tem preferido impor suas idéias e opiniões em vez de escutar o outro;
ficar revoltada com o mundo, em vez de admirar a vida, pois não sabem o que é amar.
E tem viajantes que pensam no amor como algo a ser obtido, como se fosse um objeto e não como uma arte que precisa ser aprendida.
Alguns acabam confundindo o amor, Deus ou a felicidade com o significado de suas rotas,
e vivem frustradas navegando atrás do que não conseguem alcançar
- e até desistem no meio do caminho, desalentados, achando que a vida não vale a pena,
que Deus não existe e felicidade e amor são balelas...
mas Deus, felicidade, amor, bondade não são lugares ou coisas que possam ser possuídos.

A primeira coisa a fazer para quem quer encontrar estes bens é não procurar!
Quando procuramos o que não é um lugar ou objeto, e que muito menos está escondido,
quem fica perdido somos nós mesmos.
Mas quando não procuramos, porque não pode ser encontrado fora de nós,
descobrimos que o que tanto queremos
- Deus, felicidade, paz - habita camarotes no coração do nosso próprio navio...
e tem pessoas tão preocupadas em procurar do lado de fora que até se esquecem de olhar por dentro!...

Não existe navio que não tem passado por tempestades e muitos afundam por não saberem evitá-las,
por falta de comunicação ou por acharem que não precisam dos outros.
Somos fortes quando unidos.
Juntos somos tão grandes e poderosos quanto a onda mais forte e ameaçadora.
Perdoar as falhas e limitações de nossos semelhantes é muito mais que amor ou virtude
- é questão de inteligência e sobrevivência...
pois a única coisa que possuímos de verdade é a necessidade do outro.

Mas não existe tempestades que durem para sempre, assim como os dias de sol também não são permanentes.
Dor e frustrações muitas vezes são resultado de querermos perpetuar momentos de prazer,
bem-estar, alegria, que por si só são efêmeros e com que facilidade esquecemos que nada é eterno
- a não ser o próprio movimento - e que, por isso,
momentos de alegria se alternam com momentos de tristeza,
dor se alterna com prazer, fome com saciedade, doença com saúde - um sempre dando lugar ao outro.

Quando a gente para de tentar lutar contra isso e se abandona nesse jogo delicioso da vida,
descobrimos que, acima de tudo, a vida vale a pena ser vivida intensamente.

Elza Emiko Ito Barôa

sexta-feira, 12 de outubro de 2012


Certo dia num mosteiro, com a morte do guardião, foi preciso encontrar um substituto.
O Mestre convocou, então, todos os discípulos para determinar quem seria o novo guardião.
O Mestre, com muita tranquilidade, falou:
-- Assumirá o posto o primeiro que resolver o problema que vou apresentar.
Então, ele colocou uma mesinha belíssima no centro da enorme sala onde todos estavam reunidos e,
em cima dela, pôs um vaso de porcelana muito raro com uma rosa amarela de extraordinária beleza e disse apenas:
-- Aqui está o problema!
Todos ficaram olhando a cena: o vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro.
O que representaria?! O que fazer?! Qual o enigma?!
Nesse instante, um dos discípulos sacou a espada, olhou o Mestre, os companheiros, dirigiu-se ao centro da sala e... ZAPT... Destruiu tudo com um só golpe.
Tão logo o discípulo retornou a seu lugar, o Mestre disse:
-- Você será o novo Guardião do Castelo.
Não importa qual o problema.
Nem que seja algo lindíssimo.
Se for um problema, precisa ser eliminado.
Um problema é um problema.
Mesmo que se trate de uma mulher sensacional, um homem maravilhoso ou um grande amor que se acabou.
Por mais lindo que seja ou, tenha sido, se não existir mais sentido para você em sua vida, tem que ser eliminado.
Muitas pessoas carregam a vida inteira o peso de coisas que foram importantes no passado, mas que hoje somente ocupam um espaço inútil em seus corações e mentes.
Espaço esse indispensável para recriar a vida.
Existe um provérbio que diz:
"Para você beber vinho numa taça cheia de chá é necessário primeiro jogar o chá fora para, então, beber o vinho".
Limpe a sua vida, comece pelas gavetas, armários, até chegar às pessoas do passado que não fazem mais sentido estar ocupando espaço em seu coração.
O passado serve como lição, como experiência, como referência.
Serve para ser relembrado e não revivido.
Use as experiências do passado no presente, para construir o seu futuro.

Fonte: internet

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Como encontrar sua intuição


Falar em intuição é fácil, difícil é saber distingui-la de um mero pensamento. Teoricamente, todos os seres humanos são intuitivos, pois a intuição é nossa própria voz que chega direto à nossa mente e coração, sem influências e más interpretações. Ela não tem, na verdade, nada de místico. Ela é real e faz parte de nossas vidas desde sempre.

O que acontece é que vivemos numa sociedade na qual o silêncio é pouco aproveitado e valorizado. Se estamos sozinhos, nos fazemos companhia criando um diálogo sem fim dentro da mente, como se fôssemos pessoas tagarelas, pulando de um assunto a outro, sem muita conexão, apenas para preencher o vazio.

Conexão consigo mesmo.

E, quando estamos com alguém, pensamos ser estranho ficarmos em silêncio, pois a sociedade impõe "fazermos sala", darmos atenção, etc. Então, o que realmente preenche nossas vidas são uma série de pensamentos artificiais de coisas que precisamos fazer, de situações que já se foram, de preocupações, ansiedades, justificativas internas e um monte também de besteiras com quais não precisaríamos perder nosso tempo.

Mesmo assim, de vez em quando somos brindados com um momento de grande lucidez e calma, no qual temos certeza do que precisamos fazer. Quando isso se dá, sabemos que estamos experimentando intuição. Porém, como se pensa que é algo do qual não temos controle, acreditamos que é um momento especial que somente poucas pessoas podem vivenciar e continuamos presos em nossas rotinas de dúvidas.

Por isso, aqui vão algumas dicas de como acessar a intuição todos os dias, melhorando sua qualidade de vida:

- Cultive o silêncio, mesmo quando estiver sozinho. Você não precisa pensar o tempo todo para ser eficiente;

- Pensar é diferente de ter pensamentos. Isso significa que é melhor ter qualidade do que quantidade. Se você já decidiu algo, ficar pensando e repensando se é mesmo o que devia ter feito, só irá lhe deixá-lo mais inseguro e desgastado;

- Foque mais no presente. Lembrar-se do passado e projetar o futuro também gasta energia e tempo precioso. Além disso, lhe impedem de prestar atenção ao que realmente é importante no seu dia-a-dia;

- Todos os dias reserve um momento para entrar em conexão consigo mesmo. Tente perceber o que realmente está sentindo e quais são os pensamentos mais frequentes. Pode ser que você esteja se enganando ou não se permitindo realizar algo e, isso só é possível de perceber quando nos aquietamos;

- Não duvide de si mesmo. Se você sentir que deve fazer algo, faça. Não se ridicularize ou se deixe vencer pelo raciocínio. Muitas vezes a intuição nos leva por caminhos improváveis que são exatamente aquilo que precisamos para sermos felizes.

Karina Senasales


segunda-feira, 8 de outubro de 2012


Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.

A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. 

Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.

Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração.
Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

Fonte: Internet

Falar com moderação .


Você conseguiria distinguir se uma carroça está rodando cheia ou vazia, mesmo sem poder vê-la?
Essa foi a lição que o pai deu ao filho, numa tarde quente de verão, na tranquilidade da pequena fazenda.
Ele convidou o pequeno para ir ao bosque a fim de escutarem juntos o canto dos pássaros, no silêncio da mata.
Após ouvirem por longo tempo a sinfonia dos pássaros, dirigiram-se para uma clareira e o pai perguntou ao filho:
Você está ouvindo alguma coisa além do canto dos pássaros?
O filho apurou os ouvidos e depois de alguns segundos respondeu:
Estou ouvindo o barulho de uma carroça que deve estar descendo pela estrada.
Isso mesmo, disse o pai. É uma carroça vazia.
Mas como é que o senhor sabe que está vazia se não a podemos ver? Perguntou o garoto intrigado.
Ora, filho, é muito fácil saber que uma carroça está vazia, e sabe por quê?
Não, respondeu o filho.
O pai apoiou a mão no ombro do menino, olhou bem nos seus olhos e disse:
Podemos identificar que uma carroça está vazia pelo barulho que ela faz. Quanto mais vazia, mais barulhenta é.
O garoto, que certamente falava demais e sem pensar muito, logo entendeu a lição e jamais esqueceu que, quanto mais vazia, mais barulho faz a carroça.
* * *
A lição daquele pai, certamente, serve para muitos adultos que costumam falar e falar, sem se dar conta que suas palavras são vazias tanto quanto sua própria intimidade.
Há pessoas que são barulhentas, falam alto, gesticulam muito, não deixam ninguém falar e acabam ficando sozinhas.
Na ânsia de disfarçar o vazio da alma, fazem muito barulho exterior, infelicitando-se e infelicitando os que as cercam.
A arte de bem falar ainda é pouco conhecida de muitos de nós.
E falar bem nunca significou falar muito, pelo contrário, o poder de síntese é qualidade dos sábios.
Falar pouco e dizer muito é coisa que poucos sabem fazer.
Mas, falar muito e dizer pouco, é um fato comum.
Quem fala demais e diz o que não deve, acaba escravizado pelas próprias palavras que, uma vez ditas, não podem mais ser apagadas. Mas, enquanto nós não as dizemos, são nossas prisioneiras e temos sobre elas total domínio.
Dessa forma, antes de proferirmos palavras ao vento, lembremo-nos de que podemos ser identificados pelo nosso modo de falar e pela quantidade e a qualidade das nossas palavras.
Vale a pena lembrar, ainda, que a faculdade da fala nos foi dada por Deus para construir e edificar, evoluir e promover o crescimento dos outros.
* * *
Uma palavra gentil é como uma flor, que exala perfume e balsamiza quem a ouve.
Uma palavra fraternal é como um raio de sol, que ilumina e aquece quem dela necessita.
Uma palavra cordial é como suave brisa capaz de pacificar corações e aquietar almas em convulsões.
E as palavras do Cristo são rotas luminosas, pão de sustento, água refrescante, bálsamo bendito para incontáveis corações...

Fonte: internet

A fuga de si mesmo

"É possível alguém fugir de si mesmo?
É uma pergunta estranha, e quero comentar o que tenho observado ultimamente nos atendimentos na clínica, no Centro Espiritualista que trabalho e em conversas com as pessoas.
Vejo pessoas acometidas pela depressão, pela síndrome do pânico, pelo transtorno de ansiedade, doentes de diversas enfermidades, angustiadas. Consumindo drogas lícitas, de tarja preta.

Outras tantas pessoas, mergulhadas nos jogos virtuais pelo celular, pelo vídeo ou pela internet, deixando de pensar, de viver, de sentir, de ser quem veio ser, deixando sua existência transcorrer, perdendo a grande oportunidade que é a vida.
Tem os fanáticos pelos inúteis programas de TV, pelos jogos de futebol que deveria ser uma distração e passou a ser um campo de energias densas e ruins, pela má influência das novelas, pela lamentável repercussão dos reality shows, com energias vibracionais baixíssimas, penetrando nos lares e nos campos energéticos das pessoas.
Com tantas más informações sendo despejadas, percebo que muitas pessoas aproveitam e mergulham nessa onda, por diversos motivos: alguns querem ser esquecidos, quando focam sua atenção no mundo virtual e ilusório e outros querem chamar a atenção para si.
Mas percebo que há algo em comum em todos eles, pois emitem mensagem subliminar: um pedido socorro.

Alguns querem ser vistos, notados, amados ou chamar a atenção para as suas carências, frustrações e até esquecerem-se do que viveram ou vivem. Outros querem estar na moda para serem aceitos. Entretanto, o fazem da pior maneira, se autodestruindo, se desconectando com a realidade e se afundando cada vez mais nas ilusões.
Com tantas atividades autodestrutivas sendo praticadas pelas pessoas e emanadas pelos meios de comunicação, percebe-se que elas querem fugir de alguma coisa que nem mesmo sabem o que é.
Querem se esquecer de algo, se esconder, não pensar nos fatos, nem falar das suas aflições, nem querem pensar nisso.
É melhor não encarar a sua verdade, o seu mundo.

Parecem que tais pessoas, gritam, pedem de uma maneira ou de outra, por ajuda, mas não diretamente, pois não sabem fazê-lo, por isso agridem, aterrorizam, fogem, afastam-se, iludem-se, escondem-se de si mesmas...
É impossível esconder-se de si mesmo, por isso abafam suas aflições, escondem suas emoções, tentam calar seus pensamentos e as lembranças de fatos ruins.
Para sair disso, a única via é enfrentar a si mesmo e não fugir.
É encarar sua verdade, jogar o lixo emocional fora, é rever suas posições. Buscar, até se necessário, as respostas em vidas passadas, rever sua infância, os dissabores e colocar tudo em ordem.
Sair do meio da multidão, afastar-se do jogo consumista, fugir dos desejos do ego que nunca se satisfará.
Deve ouvir-se, sentir-se, olhar-se, agir e pedir ajuda, sem orgulho, sem vaidade, sem medo de ser feliz.
Pedir auxílio, falando e não gritando, nem se escondendo nos jogos eletrônicos, internet e celulares.
Olhando nos olhos de outra pessoa e interagindo com ela, sentindo a energia da vida, da natureza, do amor, da harmonia.

É preciso dar um sentido maior para a sua existência.
As oportunidades se abrem, o Universo envia ajuda, basta estarmos atentos e buscarmos pela libertação das angústias, das aflições, da ansiedade, do sofrimento.
Buscar a si mesmo e descobrir o mundo maravilhoso que existe dentro de cada um.
Pare de fugir de si mesmo, ame-se, viva, encontre a verdadeira alegria dentro de si e não fora, antes que seja tarde demais. "
“Não deveria envelhecer antes de ficar sábio...”
- disse o bobo da corte ao Rei Lear, William Shakespeare.


Cármen Mírio
Psicoterapeuta Reencarnacionista

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Meditação, para quê?

As pessoas têm muitas ideias sobre o que é meditar. A mais comum está relacionada à imagem de uma  pessoa sentada, de pernas cruzadas e olhos fechados, com ou sem música de fundo, tentando alcançar algum nível superior de consciência.

É claro que é possível meditar assim, mas, o que é que se está fazendo, afinal?

Nada. Ao menos, segundo os ensinamentos zen, isto é meditar: estar aqui-agora, ter consciência mais completa possível deste momento, sem lembranças, sem preocupações, sem diálogos mentais, apenas mantendo-se num estado de atenção.

De acordo com minha experiência, pode-se fazer isto sentado ou em qualquer posição, pode-se mesmo ter as mãos ocupadas com alguma atividade em que nos colocamos totalmente, como lavar louça ou desenhar, desde que continuemos alerta.

Quando os pensamentos vierem, é só não se abalar com eles, deixar que passem. É importante não brigar com eles, não querer expulsá-los, ou saímos do estado meditativo. Ficar ansioso, ficar pensando se haverá resultados da prática ou não, também nos distrai de nossa meditação, que é apenas um estado de observação serena de nós mesmos e do que nos cerca.

Assistir às nuvens que passam, (pensamentos que vão e vem), logo nos conduz a observar uma outra realidade: de que existe ao fundo um céu tranquilo e permanente, um silêncio interior, dentro de nós mesmos.

É o silêncio das emoções, dos pensamentos, das inquietações, dos temores, que nos surpreendem e abalam o equilíbrio e a paz íntima. Medo e ansiedade, por exemplo, originam-se dos tipos de pensamentos em que nos mantemos. Meditar ajuda a diminuir o medo, tirando a atenção dos pensamentos que nos confundem e iludem, e a enxergar as coisas como realmente são.

Na minha experiência, a meditação possibilita clareza, retorno aos objetivos primordiais da existência, diminuição da ansiedade e maior consciência de si mesmo.

Por isso, embora não seja uma prática ensinada nos meios espíritas, nem reconhecida como espírita, ela pode ser muito útil a todos os seres humanos encarnados na Terra nestes tempos de crises e profundas transformações.

De “Força Interior”, de Rita Foelker

sábado, 29 de setembro de 2012

Observo em nós apenas uma única coisa que nos pode dar justa razão para nos estimarmos, a saber: o uso do nosso livre-arbítrio e o domínio que temos sobre as nossas vontades. Pois as ações que dependem desse livre-arbítrio são as únicas pelas quais podemos com razão ser louvados ou censurados, e ele torna-nos de alguma forma semelhante a Deus ao fazer-nos senhores de nós mesmos, desde que por cobardia não percamos os direitos que nos dá. 
Assim, creio que a verdadeira generosidade, que faz um homem estimar-se a si mesmo no mais alto grau em que pode legitimamente estimar-se, consiste somente, por uma parte, em que ele sabe que não há algo que realmente lhe pertença a não ser essa livre disposição das suas vontades, nem por que ele deva ser louvado ou censurado a não ser porque faz bom ou mau uso dela; e, por outra parte, em que ele sente em si mesmo uma firme e constante resolução de fazer bom uso dela, isto é, de nunca deixar de ter vontade para empreender e executar todas as coisas que julgar serem as melhores. Isso é seguir perfeitamente a virtude. 

Nota: O latim generosus designa o homem ou animal que é de boa raça. Portanto, «generoso» é antes de tudo aquele que é de raça nobre e, no sentido figurado ou moral, aquele que demonstra grandeza de alma. 

René Descartes

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Existe Deus?

Conta-se que Buda, o grande líder religioso, estava reunido com seus discípulos certa manhã, quando um homem se aproximou e perguntou:
- Existe Deus?
O mestre penetrou no olhar do desconhecido por alguns segundos e respondeu objetivamente:
- Sim, Deus existe.
O tempo passou e, após o almoço, um outro homem se acercou do sábio e questionou:
- Existe Deus?
Buda fitou o homem rapidamente, e logo lhe respondeu:
- Não, não existe.
Ao final da tarde, então, uma terceira pessoa se achegou a ele, e lhe fez a mesma pergunta:
- Mestre, existe Deus?
O sereno e experiente sábio procurou os olhos do questionador, e explicou:
- Você é quem irá decidir.
O homem se afastou pensativo e logo os discípulos de Buda lhe exigiram satisfações:
Mestre, que absurdo! - disse o mais surpreso deles - como o senhor dá respostas diferentes para a mesma pergunta?
Com paciência e tranqüilidade, respondeu então o iluminado:
- Porque são pessoas diferentes! E cada uma delas se aproximará de Deus à sua maneira: através da certeza, da negação e da dúvida..
O fundador do budismo estava certo: somos pessoas diferentes, almas que já viveram as mais diversas experiências através das inúmeras existências.
Assim, cada um de nós irá se aproximar da verdade da sua forma.
E esta é uma das razões pela qual encontramos no mundo religiões diferentes, crenças distintas, e as mais diversas formas de interpretar a verdade.
Cada uma dessas interpretações aplica-se a um grupo de espíritos, conforme suas necessidades naquele momento da sua evolução.
É por essa razão que não podemos criticar as crenças que divergem da nossa, pois cada um encontrará a verdade de uma maneira e cada um encontrará a religião, a doutrina que lhe preencha a alma, que lhe complete, que lhe console.
Não podemos jamais ter a pretensão de que a nossa seja a melhor crença.
Ela é a melhor sim, para nós, para nossos anseios, para as nossas necessidades pessoais, mas nunca teremos o direito de impor, de converter alguém à força, à doutrina que abraçamos.
É muito importante lembrar da lição de Buda, que nos convida à reflexão, e à mudança de atitudes em relação à liberdade de crença.
Cada um de nós se aproximará de Deus à sua maneira: através da certeza, da negação, ou da dúvida.
Você sabia?
Você sabia que Kardec, na primeira obra da codificação, questiona aos espíritos por que sinal se poderá reconhecer a religião que realmente seja a expressão da verdade?
A resposta dos espíritos foi a seguinte:

"Será aquela que fizer mais homens de bem e menos hipócritas, quer dizer, praticantes da lei de amor e caridade na sua maior pureza e na sua mais larga aplicação."