Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A casa do amor


O Porão

Pode ser um lugar bastante triste e seu ambiente sempre nos afeta. Quando estamos no porão estamos profundamente infelizes. Achamos que o mundo está contra nós. Mesmo as pessoas mais próximas viram inimigas. O objetivo da nossa permanência no porão é aprender a reconhecer as coisas que precisam ser curadas em nós e entender de que forma contribuímos para nossa própria infelicidade

Enquanto estamos no porão não fazemos idéia de que precisamos curar alguma coisa, o problema é com os outros, não conosco. No porão precisamos olhar os relacionamentos que estão à nossa volta como um reflexo de nós mesmos, para que possamos descobrir o lugar que queremos ocupar em qualquer relacionamento. A única maneira de fazer isso é dispondo-se a fazê-lo.

Temos que estar dispostos a liberar as coisas que não estão funcionando, abrindo-nos para escutar as verdades que não quisemos ouvir até agora.
Os dispositivos indispensáveis para sair do porão são: VONTADE E DISPOSIÇÃO!

O primeiro andar da vida é o lugar onde moramos quando sabemos que precisamos nos curar, mas ainda não sabemos exatamente o quê há de errado. Durante essa fase admitimos que estivemos envolvidos em relacionamentos e situações que nos deixaram infelizes e, em vez de culpar outras pessoas, olhamos para nós mesmos.


O Primeiro Andar

Começar o questionamento dá início ao processo de cura. Fazer perguntas significa abrir-se para respostas e estar em busca da verdade. Este pode ser um lugar assustador, porque é no primeiro andar que devemos admitir: Sei que contribuí de alguma forma para minha própria infelicidade, mas não sei como e nem por quê.
Os dispositivos para sair do primeiro andar são: VERDADE E RESPONSABILIDADE!


O Segundo Andar

O segundo andar da casa do amor é o mais importante de todos, pois nele se inicia um nível mais profundo de aprendizado. A primeira, última e única lição que você tem que aprender neste andar é: Não Existe nada errado comigo ou com as outras pessoas.

Agora você entende que todas as experiências, todos os relacionamentos, todos os acontecimentos dolorosos ou constrangedores foram necessários para o seu crescimento. Irá descobrir que Deus sempre amou e irá amar você, não importa o que tenha feito ou o que possa fazer. E você descobre isso quando percebe que só o amor de Deus poderia ter retirado você do porão.

Renunciar é o detergente espiritual para o trabalho que você tem que fazer neste andar. A renúncia funciona melhor quando usada junto com o perdão. No segundo andar, você está realmente mudando do modelo passivo/agressivo para uma abordagem receptiva/ativa. Tendo se livrado de grande parte das bugigangas mentais, pode agora ouvir seus próprios pensamentos e escutar outras pessoas.
Os dispositivos para sair do segundo andar são: RENÚNCIA E PERDÃO

Agora você está a caminho de descobrir a verdade sobre si mesmo. A esta altura saberá o que está errado e o que fazer a respeito. Isso por si só já é difícil, mas existe outro problema: ao subir do segundo andar para o terceiro, cada vez que aplicar o que sabe, irá surgir outra situação para testar sua confiança e paciência.


O Terceiro Andar

O que faz a experiência da passagem do segundo andar para o terceiro mais desafiadora é o fato de cada degrau entre os dois andares estar coberto por suas experiências. Você deve aprender que : AMAR A SI MESMO É A ÚNICA COISA IMPORTANTE, PORQUE QUANDO NOS AMAMOS PODEMOS A MAR A TODOS E A QUALQUER UM.

Nesta parte da viagem, a tentação de desistir aparecerá muitas vezes. Você vai querer reclamar, emburrar, voltar atrás... Não desista, pois você já percorreu uma grande parte do caminho, tenha paciência e continue em frente. Nesses momentos seu equipamento parecerá precário, mas tenha certeza de que você chegará lá. E um dia quando você menos esperar, verá a luz. Irá experimentar o explendor de morar no terceiro andar da casa do Amor. Sentirá paixão por si mesmo e pela vida. Você conseguiu! Ainda que a cura não seja completa, sabe o que fazer, como fazer e por que é necessário manter o amor no centro de tudo.

Começará a ensinar as pessoas o que aprendeu, compartilhando suas histórias pessoais sem medo do que possam pensar de você. Perceberá que enquanto estava aprendendo, lembrando e recriando suas idéias a respeito do amor, o amor estava ao seu lado ouvindo-o, observando-o... Vai descobrir que o seu papel na vida é servir ao próximo e, ao mesmo tempo gostar de si mesmo.

Muitas pessoas se tornam moradores permanentes do terceiro andar. Isso é perfeitamente aceitável. Você pode morar nesse lugar e nesse estado de consciência durante muito tempo e sentir total satisfação. Mas, um dia irá perceber que existe um andar acima e que a única coisa que precisará fazer para subir é uma ligeira mudança. Terceiro andar: CONFIANÇA E PACIÊNCIA!

O sótão da casa do Amor é como a consciência das crianças, que vivem totalmente confiantes,aceitando a si mesmas e aos outros. No sótão, nos comprometemos a mudar nossa consciência para um estado de amor, amor-próprio incondicional Neste nível de seu desenvolvimento,você limpou tão bem o seu subconsciente, que não importa o que você pense, o amor irá se manifestar.


O Sótão

Você estará em boa companhia, terá muito apoio e proteção. Este é o reino do Espírito. É a mais alta faculdade da sua mente. Quando você ultrapassa todas as suas questões humanas e chega a este nível de consciência está em companhia dos mestres, dos anjos, dos arcanjos. Você se tornou a luz do mundo.

Baseado no livro Enquanto o amor não vem - de IYANLA VANZANT

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Olhos de ver


 
Conta-se que um poderoso imperador, certo dia, estava a caminhar pelo belo jardim de seu palácio, quando se deparou com um imenso dragão.

Percebeu que o dragão estava sedento e, como ele trazia consigo um cantil d’água, num gesto de bondade, decidiu saciar a sede do grande animal.

Tão agradecido ficou o dragão que resolveu conceder ao monarca a realização de um desejo. Aquilo que o imperador desejasse lhe seria concedido.

Após muito meditar, o soberano externou: Eu desejo conhecer a verdadeira felicidade.

Pois bem, disse o dragão. Eu o levarei para a terra da felicidade. Lá, todos os seus sonhos serão realizados. Nenhum pedido lhe será recusado.

Entretanto, prosseguiu, você deverá ir só. Não poderá levar nem sua esposa, nem seus filhos, nem mesmo seus criados, pois que, se os levar, estarei realizando o desejo de mais de uma pessoa e isso não posso fazer.

Um pouco abalado com essa informação, pois não desejava deixar sua família, o imperador combinou com o dragão que ficaria na terra da felicidade por cinco anos apenas.

Assim, foi conduzido ao venturoso lugar. Passado o tempo, ele foi trazido de volta às suas terras, pelo dragão.

Nelas chegando, o soberano percebeu que as coisas haviam mudado. E mudado muito.

Seu jardim, antes sempre florido, estava seco. Procurou por sua família e amigos e não os encontrou. Já não mais reconhecia as pessoas que habitavam aquele lugar.

Confuso, procurou o dragão para solicitar explicações.

O dragão lhe informou que a contagem do tempo na terra da felicidade era um tanto diferente. Para cada ano que se passa lá, dez anos se passam por aqui.

O imperador havia se ausentado de seu lar, portanto, por cinquenta anos. Sua esposa já havia morrido, bem como a maioria de seus amigos. Seus filhos já haviam ido embora.

Desesperado, ele começou a se lembrar dos anos vividos na terra da felicidade e percebeu que eles eram ínfimos se comparados à lembrança dos momentos alegres que tinha passado junto aos seus.

Com a alma transpassada de remorsos, sentou-se à mesa, na qual costumava fazer as refeições em família e começou a chorar, copiosamente. Tanto chorou que adormeceu.

Ao despertar, percebeu que ali estavam sua esposa e seus filhos. Olhou pela janela e contemplou seu belo jardim, novamente florido. Tudo havia voltado ao normal.

Sem entender muito bem, beijou e abraçou a todos e, num relance, uma voz se fez clara em sua consciência. Era a voz do sábio dragão: Agora você já conhece a verdadeira felicidade.

* * *

O Criador nos concede, diariamente, todas as ferramentas das quais necessitamos para que sejamos felizes.

Em geral, elas estão muito próximas de nós. É a família que nos aconchega, os amigos que nos alegram, o trabalho que nos sustenta, a oração que nos fortalece e até mesmo as dificuldades que nos ensinam a caminhar melhor.

A felicidade que tanto almejamos anda ao nosso lado. Meditemos na recomendação do Mestre de Nazaré: Quem tem olhos de ver, que veja!

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita.