Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Meditação, para quê?

As pessoas têm muitas ideias sobre o que é meditar. A mais comum está relacionada à imagem de uma  pessoa sentada, de pernas cruzadas e olhos fechados, com ou sem música de fundo, tentando alcançar algum nível superior de consciência.

É claro que é possível meditar assim, mas, o que é que se está fazendo, afinal?

Nada. Ao menos, segundo os ensinamentos zen, isto é meditar: estar aqui-agora, ter consciência mais completa possível deste momento, sem lembranças, sem preocupações, sem diálogos mentais, apenas mantendo-se num estado de atenção.

De acordo com minha experiência, pode-se fazer isto sentado ou em qualquer posição, pode-se mesmo ter as mãos ocupadas com alguma atividade em que nos colocamos totalmente, como lavar louça ou desenhar, desde que continuemos alerta.

Quando os pensamentos vierem, é só não se abalar com eles, deixar que passem. É importante não brigar com eles, não querer expulsá-los, ou saímos do estado meditativo. Ficar ansioso, ficar pensando se haverá resultados da prática ou não, também nos distrai de nossa meditação, que é apenas um estado de observação serena de nós mesmos e do que nos cerca.

Assistir às nuvens que passam, (pensamentos que vão e vem), logo nos conduz a observar uma outra realidade: de que existe ao fundo um céu tranquilo e permanente, um silêncio interior, dentro de nós mesmos.

É o silêncio das emoções, dos pensamentos, das inquietações, dos temores, que nos surpreendem e abalam o equilíbrio e a paz íntima. Medo e ansiedade, por exemplo, originam-se dos tipos de pensamentos em que nos mantemos. Meditar ajuda a diminuir o medo, tirando a atenção dos pensamentos que nos confundem e iludem, e a enxergar as coisas como realmente são.

Na minha experiência, a meditação possibilita clareza, retorno aos objetivos primordiais da existência, diminuição da ansiedade e maior consciência de si mesmo.

Por isso, embora não seja uma prática ensinada nos meios espíritas, nem reconhecida como espírita, ela pode ser muito útil a todos os seres humanos encarnados na Terra nestes tempos de crises e profundas transformações.

De “Força Interior”, de Rita Foelker