Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O Segredo das Idades

Somente quando toda forma de dualidade cessar, pode a alma chegar à sua mais elevada realização: So ham, “Eu sou Ele”, diz o místico hindu, e tenta com essa afirmação abolir a maior dualidade da existência, que é entre o homem e Deus. Islam, “Seja feita a vontade de Deus”, diz o muçulmano devoto, quando procura ser um com a Vontade Divinaem todas as suas manifestações.

Todos os homens buscam instintivamente a unidade. Pois o homem é um, e o mundo em que vive, outro. Os dois permanecem em contraste, ora felizmente, ora infelizmente. Como causa ou como efeito o homem e seu ambiente estão continuamente relacionados, cada um sendo alternativamente o precursor do outro. Algumas vezes o homem. Como causa, dita o que o efeito — suas reações física, emocional e intelectual ao seu ambiente — será. Em outras épocas, o que ele sentirá e pensará, será forçado pelos moldes em que sua mente e suas emoções foram colocadas, pelo seu caráter em vidas passadas. Noite e dia, o nosso único problema é fazer uma trégua com o nosso ambiente, para sermos “unos com a vontade de Deus”, ou para “aceitar o nosso Karma”. Expressamos o problema fundamental com diferentes nomes, e até que consigamos abolir a dualidade não há paz no coração, apenas breves repousos pelo caminho numa jornada parecendo sem fim.

Como esse objetivo será alcançado, qual o modo final de existência quando cada vínculo do coração for desatado, e quando, seguros de nós mesmos, olharmos para a eternidade serenamente contentes com o que quer que seja que essa eternidade traga? Um tal objetivo é a promessa oferecida para nós pelos grandes Instrutores, a paz do Nirvana,essa plenitude de bem-aventurança que rompe cada forma conceitual com que tentamos defini-la.

Uma coisa é certa sobre o nosso objetivo. Todos os instrutores atestam que ele não é uma negação, uma vacuidade, um mar vítreo no qual não há movimento. Muito poética é a analogia “a gota de orvalho desliza para o mar brilhante”. Mas o uso da analogia é apenas para sugerir a união do indivíduo com todos os outros indivíduos, e não para sugerir que depois dessa unidade ser atingida o seu resultado seja zero, no que o bem-estar do universo estiver envolvido. Por que deveríamos supor que “atingir a liberação” seja se tornar negativo, desaparecer no universo? Existe qualquer exemplo simples para mostrar que a energia possa ser aniquilada? A energia deve se transformar de uma modalidade de energia em outra. Pode uma avalanche em movimento subitamente perder a sua quantidade de movimento e desaparecer no ar? Não em um mundo da lei natural.

Como então podemos presumir que, porque um mukta, uma alma perfeita, é“liberada”, ela se torna negativa? Pode a energia de um ser poderoso como um Buddha — o Senhor Gautama é sempre descrito como balaviryasamangi, “dotado de força e de poder”— subitamente se tornar nada, porque “Ele entrou no Nirvana” ? Pode a compaixão quase infinita do Buddha Gautama para com os homens, essa poderosa compaixão para com todas as vidas, que foi o Seu único motivo por centenas de vidas de esforço para chegar ao Budado, a fim de mostrar aos homens o Caminho para a Bem-Aventurança, subitamente se tornar nada? Não há nenhum exemplo no mundo natural de uma tal cessação súbita de energia; por que deveríamos presumir que as leis naturais sejam totalmente invertidos no mundo sobrenatural?

Não, ao contrário, a energia deve sempre continuar em suas transformações. A bemaventurança em Brahman de cada mukta, ou alma liberada, deve produzir de algum modo uma mudança no universo manifestado. A verdadeira consumação da alma subentende a produção de grandes mudanças. Isto é, na verdade, o ponto crucial na evolução do homem.

Quando um homem busca dar ao universo uma grande dádiva, então a senda da ida muda para a senda do retorno. “O que eu darei aos meus companheiros ? Como poderei eu ser o espelho de Deus? De que maneira transformarei o universo para o Bem universal?” Quando nascem na alma tais questões, as ilusões criadas pelo eu começam a enfraquecer, e a alma vê claramente. Então, e somente então, a alma ouve o chamado do guru: “Venha!”

“Procura e acharás” é a máxima antiga. Mas o guru, esse Pai em Deus, que é destinado à alma desde o início dos tempos, não é encontrado simplesmente porque os olhos vêem a sua face. Muitos na Palestina viram o Cristo vivo e no entanto conspiraram para matá-lo. Há apenas um caminho para encontrar o Mestre, que é encontrando primeiro o nosso trabalho. Batamos à sua porta com os primeiros frutos da nossa colheita de trabalho, e ele abrirá. Esta é a velha, velha lei que nunca foi rompida. Ao grito de socorro do coração ou da mente, ele sempre envia o seu conforto, mas ele não abrirá. Mas onde o serviço tem sido prestado, e o grito da alma é para prestar ainda maior serviço, então a porta se abrirá de repente às visões de serviço. Mas não necessariamente às visões do Mestre. Se tais visões forem provavelmente úteis ao discípulo, o Mestre as dará, mas a decisão repousa apenas Nele. Mas para as maiores visões de trabalho, quando existe o pedido, a porta é sempre aberta pelo Mestre.

Quando a alma se torna uma com seu trabalho, então a Grande Paz lentamente começa. Daí por diante, a alma está “salva”; ela está salva para sempre da heresia do eu,que é a raiz de toda miséria. Ela então “entra na corrente” cuja maré a carregará para a“outra margem” onde começa a bem-aventurança do Nirvana.

Se apenas pudéssemos olhar corretamente em nosso próprio coração, e ouvíssemos aí a ainda pequena voz, ouviríamos onde está a nossa Senda, e veríamos sempre as visões do nosso trabalho. No fundo de nossa natureza somos altruístas e ansiamos por dar. Mesmo quando somos imprudentes no egoísmo, o grito da alma em nossas profundezas é: “Deixame encontrar como dar.” Quando, com vontade crescente, o coração e a mente são usados para subjugar a sede feroz pela sensação ,então,inexoravelmente, aparecem perspectivas de um trabalho. Pois alma e trabalho são termos intercambiáveis, e quanto maior o trabalho mais espiritual será a alma.

Como estátuas em uma galeria, permanecem diante da imaginação arquétipo após arquétipo do que podemos nos tornar. “Venham até mim todos vocês que labutam e estão sobrecarregados, e eu lhes darei o repouso” — e assim brilha em beleza o arquétipo dos Buddhas e dos Cristos. “Recebam a minha força e saiam para a vitória.” — relampeja em esplendor o arquétipo dos Manus. “A sabedoria atinge de um extremo ao outro do mundo;poderosa e docemente organiza ela todas as coisas” — canta em triunfo o arquétipo dos filósofos. “Quão belas são os pés sobre as montanhas daquele que traz as boas novas.” —revela na alegria o arquétipo dos artistas. “Na chama da minha devoção sejas tu purgado do pecado.” — sussurra o arquétipo dos santos. Advogado e santo, professor e administrador,curador e artista, organizador e pioneiro, esses e muitos outros tipos de trabalhadores existem no mundo das idéias como arquétipos — essas corporificações do bem, do verdadeiro e do belo, nas quais a Mente Divina quis se manifestar na eternidade.

Quando com imaginação treinada a alma medita sobre a história de suas dores, e vê elevando-se de suas chamas vívidas o arquétipo do que ela será, então nada permanece a não ser ser una com ele na felicidade e na miséria, na vitória e na derrota. Um novo Rahasya ou “segredo das idades” é daí por diante a nova palavra de poder da alma — tat karma, tad asmi, “o trabalho que sou eu.” Todas as experiências são então propositadamente forjadas como instrumentos para esse trabalho. Mesmo na câmara de tortura da vida, a contemplação do trabalhador é o seu arquétipo, e com o seu alento moribundo ele sussurra e dá testemunho, “O Trabalho, que sou eu”.

Não existe nenhum conforto final na vida, exceto em nosso trabalho. Mãos amorosas poderão nos dar alegria e repouso, mas a mensagem de amor é sempre que nós podemos nos preparar para um labor mais árduo. Para aquele que viu o seu arquétipo, nenhuma dor ou desapontamento poderá desfigurar o seu entusiasmo, nenhum céu poderá tirá-lo de sua realização. Os dois universos da alma e do ambiente da alma começam a se fundir em um, à medida que o trabalhador se torna cada vez mais digno de seu trabalho.

Quando a alma não puder nunca mais ser desviada de seu trabalho, quando a alma e seu trabalho forem um e não dois, então o objetivo estará atingido.

Este é o último trabalho do Mestre com seu discípulo. O aspirante e a senda devem se tornar um, diz um antigo manual. É para essa união que a vida nos pressiona a todos.

Mas quão brilhante é a senda, quão estimulante mesmo são seus perigos, quando a alma viu o seu arquétipo e fez o voto “Esse sou eu”. Uma tal alma não necessita mais de um guia,nem mesmo de um deus para adorar, diferente do seu trabalho. Aquela alma que se atreve a ser assim livre de sacerdotes e de livros, una com o seu trabalho, essa alma sozinha chegará à libertação.

extraído de: “O Segredo das Idades e Outros Ensaios Teosóficos, C. Jinarajadasa

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Mensagem de Kuthumi sobre os animais



Canalizada por Lynette Leckie-Clark
01 de dezembro de 2009

Saudações. Eu, Kuthumi, os saúdo novamente. Eu perguntei: “Os animais ascendem?” Um tema interessante. Algumas pessoas consideram determinados animais como sagrados, acima de si mesmos. Outros consideram os animais como uma ferramenta financeira. Os animais são torturados, abusados, alguns ficam insanos com a crueldade com que eles são tratados. Outros consideram os animais como um transtorno, algo a ser atingido e morto. Outros vêem os animais simplesmente como alimento e pegam somente o que eles precisam.

Mas então há aqueles que tratam os seus animais escolhidos com grande amor. Eles alimentam, acalentam e até mimam este animal, emocional e amorosamente, tratando o animal como se fosse o seu próprio filho. Um contraste de atitudes, não é? Assim como há um reino humano, há um reino animal. Os animais servem ao reino humano, exatamente como os reinos minerais e dos vegetais fazem.

Há alguns animais que entram na cadeia alimentar para a humanidade. Eles vêm sabendo disto. Vocês acham que um pássaro, uma vaca, um cervo, não tem consciência, nem sentimentos? Vocês julgam assim porque eles não se comunicam como vocês, expressando uma linguagem. Entretanto, eles são capazes de chorar devido ao medo e pela dor. Eles têm carne, sangue, ossos, e nervos como vocês. Eles têm também uma forma de inteligência. Conquanto esta não seja a um nível humano, ela existe. Eu posso lhes assegurar que eles realmente sentem dor – emocional e fisicamente.

É o momento para que a humanidade mude a sua atitude com o reino animal, de uma atitude de arrogância para a compaixão. Todos servem nos ciclos da vida, da existência.

Vamos considerar os animais que lhes chegam como um animal de estimação. Freqüentemente é um animal escolhido. Como há muitas espécies, eu falarei do cão ou do gato doméstico. Muitos virão para a vida de uma pessoa para curar a algum nível. Esta é freqüentemente uma cura emocional. Vocês fornecerão o alimento, o abrigo – um porto seguro. Em troca, vocês receberão amor incondicional e lealdade. Muitos de vocês buscam encontrar estas qualidades em um relacionamento humano, e não podem. Assim, vocês dão muito amor e afeição ao seu animal de estimação. Freqüentemente o animal fica contente, simplesmente ao saber que eles estão com vocês no mesmo espaço. Muitos de vocês contam aos seus animais os seus problemas, preocupações, sentimentos. Vocês podem ver o animal olhando para vocês intensamente. Neste momento o animal compreende as suas emoções, os seus sentimentos.

Um cão freqüentemente caminhará com vocês e se vocês estiverem sentados, descansará a cabeça dele em sua perna. Isto equivale a um abraço humano. Os animais se comunicam em um nível diferente dos humanos. Entretanto, eles compreendem mais do que vocês percebem. Os olhos são os portais da alma. Isto também é verdade em relação a um animal. Aqueles que escutam a sua alma compreenderão o que eu estou dizendo. Freqüentemente é difícil para vocês amarem, se doarem totalmente, incondicionalmente. Um animal pode. Muitos cães domésticos fazem isto. Eles aprenderam que a sua companhia humana é tudo o que importa. Que neste relacionamento haja amor, haja paz, haja confiança. Eles se tornam devotados, leais.

Quantos de vocês que experienciam um relacionamento íntimo com outro podem dizer o mesmo? Quantos podem amar incondicionalmente? Pensem nisto por um momento. Pois isto significa aceitar os vários padrões comportamentais do outro, tanto os agradáveis quanto os não tão agradáveis. Vocês podem aceitar verdadeiramente? Um cão pode. E vocês os consideram inferiores a vocês. Algumas vezes o animal é o professor. Até quando vocês estão zangados, o cão não interfere, esperando até que a sua raiva tenha terminado antes de entrar em seu campo de energia. Ele faz isto sem julgamento.
Há alguns cães e gatos que virão até uma pessoa porque eles compartilharam uma existência anterior com eles. Naquele tempo pode não ter sido concluído e assim eles retornam.

Assim como duas almas humanas podem se reconhecer, assim podem a alma de um animal e uma alma humana se reconhecerem. Vocês sentem um reconhecimento instantâneo, uma consciência instantânea de conhecer a outra alma.

Sentem-se muito confortáveis um com o outro. Estes animais encarnam com um propósito. Uma afirmação deste canal me chega: “Ofereça um lar a um animal extraviado, e ele lhe retribuirá com bondade.” E vocês ainda dizem que não há inteligência em um animal? Eu lhes digo: pensem novamente. Fiquem em silêncio e observem.

Assim me perguntam: “Um animal ascende? O que vocês chamam de ascender? O que vocês acham que acontece? Assim como um humano vivencia existência após existência a aprendizagem e experiências, assim pode um animal doméstico. Eu digo doméstico por uma razão. Estes mantêm uma vibração mais elevada do que um animal selvagem. Como a sua vibração se eleva e eles mantêm mais luz, mais amor, eles também percorrem um caminho mais elevado para a ascensão. Pois eles serviram à humanidade e à Deus, assim como vocês. Entendam, meus amigos, vocês acham que a ascensão está em aprender, estudar. Isto é a compreensão humana, a expressão humana. Entretanto, a ascensão não pode ser atingida até que vocês venham verdadeiramente do seu coração, incondicionalmente, com amor, sem julgamento do outro. Sem prejudicar o outro, física ou verbalmente. Vocês entendem? Vocês compreendem os muitos níveis que existem no caminho para a ascensão?

Freqüentemente os laços se tornam muito fortes entre um humano e o seu animal doméstico. Ambos sentem isto e ambos respondem com amor e gentileza. O animal se torna parte da família. Exatamente como vocês requerem algumas vezes a cura universal, assim também o seu animal. Cães e gatos são muito intuitivos, como são os cavalos. Eles respondem fortemente aos vários campos de energia dos outros. Eles freqüentemente absorvem as energias negativas, particularmente dos seus companheiros humanos. Eu não uso a sua palavra “proprietário”, pois nenhuma alma pode possuir outra, não. A energia da cura universal é de grande benefício, ela clarifica e cura o campo áurico do animal e o corpo físico – exatamente como ocorre com vocês. Isto prolonga a vida e restaura a harmonia em cada nível.

Vocês sabiam que estes animais domésticos também residem em uma dimensão mais elevada quando eles fazem a transição? Muitos são capazes de passar por um médium como este – o canal – para reconhecer a família humana que eles amaram tanto durante a sua experiência de vida, assim como vocês são capazes quando fazem a transição. Todos chegam com amor; a negatividade de qualquer tipo não pode existir naquele plano.

Enquanto vocês também elevam a sua vibração e são capazes de se comunicar em níveis mais elevados, muitos são agora capazes de se comunicar com o seu animal de estimação usando a telepatia. Assim, percebam, outros níveis de comunicação estão abertos para vocês.

Estejam abertos a todos com amor

Mestre Kuthumi

Cura Animal:

O Arcanjo Ariel, guardião do reino animal vem guiá-los em um espaço suave, onde vocês sejam capazes de enviar a cura e o amor à Terra e aos seus animais de estimação – aqueles no reino físico e aqueles no outro lado. Comuniquem-se, amem e curem os seus animais domésticos em todas as dimensões.

fonte: Instituto Consciência Adamantina

domingo, 29 de novembro de 2009

O Agora

Este exato momento AGORA é a única coisa da qual você jamais conseguirá escapar, o único fator constante em sua vida.

Aconteça o que acontecer, e por mais que sua vida mude, uma coisa é certa: é sempre o AGORA.

Se não for possível fugir do AGORA, por que não acolhê-lo e tratá-lo bem?

A DIVISÃO DA VIDA EM PASSADO, PRESENTE E FUTURO É UMA CONSTRUÇÃO DA MENTE, EM ÚLTIMA ANÁLISE: ILUSÓRIA.

Passado e futuro são formas pensamento, abstrações mentais.
O PASSADO só pode ser lembrado AGORA.

O que você lembra é um fato que aconteceu no AGORA e do qual você se lembra AGORA.

O FUTURO, quando chega, é o AGORA.

Portanto, a única coisa real, a única coisa que sempre existe,é o AGORA.

Concentrar sua atenção no AGORA, não é negar o que é necessário em sua vida. É reconhecer o que é prioritário. Depois, você poderá lidar mais facilmente com o que é secundário.

Veja o que é prioritário e faça do AGORA seu amigo, não seu inimigo. Reconheça-o, respeite-o. Quando o AGORA é a base e o foco principal de sua vida, ela flui com facilidade.

Sinta a vida em seu corpo.
Isso enraíza você no AGORA.

Enquanto não se responsabilizar por este exato momento - O AGORA - você não estará assumindo qualquer responsabilidade por sua vida.

É POR ISSO QUE O AGORA É O ÚNICO LUGAR ONDE A VIDA PODE SER ENCONTRADA.

O AGORA é como é porque não pode ser de outro jeito.
Assumir responsabilidade por este momento presente é estar em harmonia com a vida.

Quando você passa a dar atenção ao AGORA, cria-se um estado de ALERTA. É como se você acordasse de um sonho, o sonho do pensamento, o sonho do passado e do futuro.

É TÃO CLARO E TÃO SIMPLES.
Não sobra lugar para criar problemas.
Só esse momento, tal como ele é.

Quando concentra sua ATENÇÃO NO AGORA, você se dá conta de que a vida é SAGRADA. Existe algo de SAGRADO em tudo que você percebe quando se encontra no presente. Quanto mais você viver no AGORA, mais vai sentir a simples e profunda alegria de SER e do caráter SAGRADO DA VIDA.

A maior parte das pessoas confunde o AGORA com o que ACONTECE no agora. Mas não é isso.

O AGORA é mais profundo do que qualquer conteúdo queocorre nele.
É o ESPAÇO no qual tudo ACONTECE.

Você sempre ignora o fato mais óbvio: o seu sentido mais profundo de ser não tem nada a ver com o que acontece na sua vida, nada a ver com o conteúdo de
sua vida.

O sentido de ser, de EU SOU, está intimamente ligado ao AGORA.
Ele sempre permanece o mesmo.
Na infância e na velhice, na saúde ou na doença, no sucesso ou no fracasso, o EU SOU, o espaço do AGORA permanece imutável no nível mais profundo. Mas como ele costuma se confundir com o que acontece em sua vida, você sente o EU SOU ou o AGORA muito tênua e indiretamente, através do conteúdo da sua vida.

Em outras palavras: sua noção de ser fica obscurecida pelas circunstâncias, por sua corrente de pensamento e pelos inúmeros fatos que ocorrem no mundo à sua volta.

O AGORA FICA ENCOBERTO PELO TEMPO.

No entanto, é tão simples lembrar a verdade e dessa forma voltar às
origens (...)

Eu NÃO SOU os meus pensamentos, NÃO SOU minhas emoções, minhas percepções sensoriais e minhas experiências.
NÃO SOU o conteúdo da minha vida.

SOU O ESPAÇO NO QUAL TODAS AS COISAS ACONTECEM.
EU SOU A CONSCIÊNCIA.

SOU O AGORA.


Eckhart Tolle

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Trechos do Capitulo IV do livro:
"O Poder do Silêncio" de Eckhart Tolle

sábado, 28 de novembro de 2009

Mochila de Viagem

E ele, antes de encarnar, sentou com seu Mentor e disse:

- Mestre, já arrumei minha mochila, já posso partir em direção ao Planeta Terra...
E seu Mestre perguntou:

- O que levas aí, meu filho?

Ele respondeu:

- Coisas que vou precisar no Planeta... Missões que devo cumprir, aprendizados que tenho que assimilar, lições que tenho que estudar... nada de mais, Mestre...
O Mestre novamente pergunta:

- E o que mais carregas aí, meu filho? Parece-me que sua mochila está meio pesada...

E ele responde:

- Não, Mestre... Só tenho aqui o que preciso...

O Mestre, fazendo de conta que acredita, o deixa partir...

Ele retorna à Terra, através de um útero quentinho, esconde sua mochila, acreditando que seu Mestre não viu os traumas que ele lá escondeu! Coisinhas que ele ainda não conseguiu se desconectar... Situações de outras vidas...

Ele nasce, inicia seu percurso no Planeta... E, um dia, aquelas coisinhas que trouxe escondido em sua mochila começam a incomodar. Algumas viram dores físicas, outras emocionais e outras ainda espirituais...

O tempo passa... passa... E um dia, cansado de tanto sofrer, resolve descobrir a origem de suas dores...

Passa por uma regressão terapêutica e descobre suas coisinhas que insistiu em carregar em sua mochila, e que não eram necessárias... Tem a oportunidade de conversar com seu Mentor e novamente acontece um diálogo:

Ele diz:

- Mestre, sabias que eu carregava coisas que não necessitaria, não é?

O Mestre responde:

- Sim, meu filho. Sabia!

Ele pergunta:

- Por que então deixastes, Mestre? Sabias que eu sofreria com esse peso a mais...

O Mestre sorri e diz:

- Também sabias que uma de tuas lições era a Verdade. No entanto, quando te perguntei, dissestes que nada de mais carregavas...

Ele fica envergonhado e diz:

- Perdoe-me, Mestre...

O Mestre responde:

- Terás nova oportunidade!


Por: Angélica Specht Altermann
Psicoterapeuta Reencarnacionista - Ministrante de Cursos de Formação em Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica - ABPR

O amor é a lei da vida

Você já se deu conta de que o amor é a lei maior que rege a vida?Antes de pensar numa resposta negativa, reflita um pouco sobre as seguintes considerações:

Da batalha entre a chuva e o sol, surge o arco-iris, exibindo suas múltiplas cores, tornando a paisagem mais bela e mais poética.
É o amor sugerindo harmonia.

Sob o rumor da cascata, que jorra violenta sobre as rochas desalinhadas e pontiagudas, as andorinhas fazem seus ninhos e garantem revoadas em todos os verões.
É o amor orientando o instinto.

Sob a neve que se estende sobre planícies e montes gelados as sementes dormem, para explodir em flor aos primeiros beijos do sol da primavera.
É o amor acordando a vida.

O tempo, hábil conselheiro, traz o esquecimento das dores e cicatriza as feridas abertas pelos sofrimentos mais acerbos.
É o amor incentivando a vida.

Quando a doença corrói o corpo físico, causando desconforto de dor, e os órgãos já não têm forças para manter funcionando a máquina de carne, a morte, como hábil cirurgiã, liberta o espírito do fardo inútil.
É o amor renovando a vida.

Junto com a tempestade que rasga os céus com raios e trovões, chega a chuva generosa, fertilizando a terra e garantindo a boa safra.
É o amor propiciando a vida.

Sob a pesada pedra, a frágil semente germina e rasteja, contorna obstáculos, até encontrar a luz e florescer, vitoriosa.
É o amor orientando a vida.

Os séculos, quais anciães compassivos, se dobram sobre as memórias dos povos vencidos nas guerras promovidas pelo egoísmo, trazendo o bálsamo do esquecimento.
É o amor amenizando o ódio.

Na face do solo rachado, crestado pela seca implacável, surge pequeno olho d'água, dando notícias da vida que persiste, submersa, invencível.
É o amor alimentando a esperança.

Nos conflitos das guerras sangrentas e cruéis o homem transforma o mundo em que vive, criando tecnologia e fomentando o progresso.
É o amor promovendo o esclarecimento.

As marcas profundas esculpidas nas almas pelos holocaustos de toda ordem, forjam pérolas de luz nos corações sensíveis e os eleva acima das misérias humanas.
É o amor gerando o entendimento.

Quando um agente externo qualquer penetra o organismo humano, imediatamente um exército de células-soldados entra em combate para eliminar o intruso e garantir a saúde.
É o amor defendendo a vida.

O amor age em silêncio, trabalha incansavelmente para garantir a harmonia da vida. Nada supera a sua potência. Nada supera a sua ação. O amor é a lei maior da vida, e rege o micro e o macro cosmos, sem alarde, sem exibição.

Cada planeta que se movimenta no espaço é um orbe em evolução, gravitando na lei de amor. Cada estrela que brilha no infinito, é um astro que conquistou a condição de mundo sublime, e está sustentado pela lei de amor...

Cada criança que renasce nos palcos terrenos, traz consigo um plano de felicidade, traçado pelas leis de amor...

O ser humano, que age e interage no meio em que vive, fomentando o progresso, está sob o amparo da lei de amor.

Cada anjo que habita os mundos sublimes é um Espírito de luz que conquistou o mais alto grau na universidade da vida, e hoje nos convida ao amor...


(Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Por que as folhas caem

A cada outono, certas plantas e árvores preparam-se para um repouso necessário e vital à sua vida e continuação.

Algumas espécies de árvores matizam-se de várias cores, num maravilhoso contraste entre a melancolia e a beleza extrema. Depois, uma a uma, as folhas caem, como lágrimas, até que as árvores, nuas e tristes, abram os braços ao inverno e esperem, pacientemente, a primavera, que restaurará cada folha caída.

Por que para nós seria diferente? Por que não perder antes de reencontrar, por que não as lágrimas, por que não dias áridos, frios e secos? E por que não a esperança de que a primavera volte? Porque, creiam, ela volta sempre!

Talvez nos julguemos bons demais para receber o sofrimento, como se ele fosse sempre símbolo de castigo e não algo necessário ao nosso crescimento.

As folhas caem e as árvores parecem assim tão desprotegidas, tão solitárias!... e eu me pergunto o que faz com que sobrevivam.

Elas entendem que esse período é necessário à sua renovação. Elas aceitam, doam-se e esperam e recebem de volta, no tempo oportuno.

Assim somos nós com todas as perdas que sofremos, com as lágrimas que escorrem e salgam nossa boca, com o tempo que parece interminável ou as noites longas demais.

Tanto que não entendemos e não aceitamos o sofrimento, ele se prolongará. Tanto que não vemos isso como uma fase, apenas uma fase, a ferida estará aberta e sangrará.

Não aceitar o outono e negar o inverno não faz com que não existam. Apenas nos deixam fora de uma realidade que chega pra todo mundo.

Não somos maus demais para recebê-los como um castigo e nem bons demais para que possamos não acolhê-los.

As árvores perdem as folhas e perdemos os nossos. Elas choram e choramos também. Elas esperam e nada há que nos impeça de esperar.

E elas recebem, a seu tempo determinado, novos galhos e novas folhas, novas flores e novos frutos. Sentem-se assim completas.

Somos assim o que somos e o mesmo Deus que sustenta as árvores, nos sustenta a nós!

E Ele nos poda, nos molda, nos deixa nús e aparentemente sem defesa, mas está sempre presente e estará ainda quando a primavera voltar, quando seremos, depois do inverno frio, renovados e prontos para recomeçar.



Letícia Thompson

domingo, 25 de outubro de 2009

A constante busca


Corre o homem diariamente de um lado para outro.

Desde a aurora até bem depois do pôr do sol.

Passos apressados nas calçadas, cruzando ruas, olhando sempre o relógio.

Parece sempre atrasado, à procura de algo muito importante.

Nunca tem tempo para nada.

Está sempre em alerta, como se um único descuido seu fosse suficiente para arruinar para sempre a consecução de seus objetivos.

Mas, afinal, o que busca o homem na luta cotidiana da vida?

Para onde dirige seus passos?

O que espera ele encontrar?

Sabe, realmente, o que quer?

Seria por demais simplista dizer que a resposta para tais questionamentos seja: “a busca da felicidade”.

Pois, momentos de felicidade permeiam sua existência, mas são como sopros suaves de brisa que cessam sem aviso prévio e que passam rapidamente.

Fala-se tanto em felicidade, mas se sabe tão pouco a seu respeito.

Diz-se “estar feliz” quando tudo o que se deseja acontece.

Quando o amor é correspondido.

Quando o dinheiro é suficiente para garantir as compras tão sonhadas.

Quando o emprego almejado é obtido.

Quando um título é alcançado.

Quando tudo parece conspirar para satisfazer os mais íntimos desejos.

Nessas ocasiões, uma euforia ímpar toma conta do ser que sai pelas ruas estampando um sorriso largo na face.

Canta e sente uma vontade de erguer os braços aos céus gritando:

“Consegui! Venci!”.

Como se o mundo inteiro tivesse se curvado às suas necessidades e reconhecido seu valor como pessoa, a partir daquela oportunidade.

Mas isso é apenas uma ilusão.

A fragilidade daquela sensação fará com que sua duração seja efêmera e, por isso mesmo, por vezes, quase frustrante.

Por pouco, pouco mesmo, sorrisos abandonam rostos até então eufóricos.

O retorno à realidade pode decorrer da sensação de que a vida continua, não obstante aquela parcial vitória.

A luta continua.

Não pode o homem abandonar o combate porque novas provas vão se apresentar, novos obstáculos vão surgir.

Outra vez será necessário empenhar esforços para prosseguir na jornada.

Nessas horas, quando o homem percebe que suas conquistas não lhe garantem um bem-estar eterno, muitas vezes ele se entrega ao desânimo.

Tem a sensação de que caminha sempre em direção ao horizonte e que este, por mais que ande, distancia-se inelutavelmente dele.

Sempre há algo por fazer, por aprender, por conquistar.

Sempre.

Percebe-se o quão verdadeiro é o ensinamento de que “a felicidade não é deste mundo.”

* * *
O que busca você?

O que seria capaz de fazer estampar em seu rosto um sorriso sincero?

O que você acredita ser suficiente para fazê-lo feliz?

Não se iluda, no entanto, com as promessas enganosas do mundo.

Satisfações materiais não saciam por muito tempo o corpo, tão pouco a mente que deseja a paz.

Por outro lado, as virtudes adquiridas ao longo do tempo podem auxiliar concedendo equilíbrio e lucidez.

A consciência tranqüila e a franca sensação de dever cumprido permitem que se repouse a cabeça no travesseiro todas as noites.

São situações em que se pode desfrutar de felicidade, quando, então, ela pode ser efetivamente alcançável e duradoura, até mesmo neste mundo.

Equipe de Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Paradoxo do nosso tempo

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Nós bebemos demais, gastamos sem critérios.
Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame... se ame muito.
Um beijo e um abraço curam a dor,quando vêm de lá de dentro.
Por isso, valorize sua familia, seus amores, seus amigos, a pessoa que lhe ama...
E, aquelas que estão ao seu lado, sempre..!

George Calin

Tudo Passa

Certo dia um sacerdote percebeu a seguinte frase em um pergaminho pendurada aos pés da cama de seu mestre: "ISSO TAMBÉM PASSA", e com a curiosidade inerente de cada ser humano resolveu perguntar:

- Mestre, o que significa essa frase em cima de sua cama dizendo "ISSO TAMBÉM PASSA"?

E o mestre, sem titubear, lhe responde:

- A vida nos prega muitas peças, que podem ser boas ou não tão boas assim, mas tudo significa aprendizado. Recebi esta mensagem de um anjo protetor num desses momentos de dor onde quase perdi a fé. Ela é para que todos os dias antes de me levantar e de me deitar possa ler e refletir, para que quando tiver um problema, antes de me lamentar eu possa me lembrar que "ISSO TAMBÉM PASSA", e para quando estiver exaltado de alegria, que tenha moderação e possa encontrar o equilíbrio, pois "ISSO TAMBÉM PASSA".

Tudo na vida é passageiro assim como a própria vida, tanto as tristezas como também as alegrias, praticar a paciência e perseverar no bem e nas boas ações, ter simplicidade, fé e pensamentos positivos mesmo perante as mais difíceis situações é saber viver e fazer da nossa vida um constante aprendizado.

É ter a consciência de que todas as pessoas erram, de que o ser humano ainda é um ser imperfeito em busca da perfeição e por isso ainda sofre, é saber que se muitas vezes nos decepcionamos com pessoas é porque esperamos mais do que elas estão preparadas para dar, dentro de seu contexto e grau de compreensão. Deste modo meu amigo, toda vez que olho para essa frase, meu coração se aquieta e a paz me invade, pois sei que "ISSO TAMBÉM PASSA".

Autor desconhecido...

Sementes para plantar



Um grande rei, pai de três filhos, precisava escolher entre um deles o seu sucessor. A decisão era muito difícil pois os três eram muito inteligentes e corajosos.
Além disso, eles eram trigêmeos e o rei não sabia como realizar a sua escolha. Por isso, procurou conselhos com um sábio do reino, que lhe deu uma idéia.
O soberano foi para casa e chamou os três filhos. Informou-lhes que necessitaria partir para uma viagem muito prolongada, mas que desejava deixar com cada um deles algo muito precioso.

Tomou de três pacotes com sementes e deu um para cada um dos filhos, com a
recomendação de que eles deveriam devolvê-las, quando ele retornasse, dentro
de um ou talvez, dois anos. Frisou que, aquele que melhor cuidasse das sementes, seria o seu sucessor.
O primeiro filho, tão logo o pai partiu, começou a pensar o que deveria fazer com aquelas sementes. Finalmente, resolveu trancá-las em um cofre, raciocinando que, quando o pai voltasse, ele devolveria as sementes como as havia recebido.
O segundo filho, observando o que fizera o irmão, pensou que se ele trancasse as sementes, elas morreriam. E sementes mortas, não são mais sementes. Por isso, foi ao mercado, vendeu as sementes e guardou o dinheiro. Assim, quando o pai voltasse, ele retornaria ao mercado e compraria sementes novas, até melhores do que as que o pai lhe houvera deixado.
O terceiro filho foi ao jardim. Olhou a imensidão da terra que circundava
todo o grande palácio, e resolveu atirar as sementes por todos os lugares.

Quando o pai regressou da sua viagem, três anos depois, o primeiro filho correu ao cofre, abriu e descobriu, desolado, que as sementes estavam secas, mortas.
Triste, o pai olhou aquele pacote e disse ao filho: "são estas as sementes que dei a você? Elas tinham a possibilidade de desabrochar, de se transformar em flores e exalar um delicioso perfume. No entanto, agora, de nada valem. Estão mortas."
O segundo filho foi até o mercado, comprou sementes novas e, orgulhoso, foi
entregá-las ao pai, que elogiou a idéia do rapaz, mas lhe disse que, de verdade, ele não fizera nada de especial.
O terceiro filho apresentou-se ao pai e lhe disse não possuir mais as sementes. Entretanto, convidou o rei para ir até o jardim, e lhe mostrou centenas de plantas crescendo, flores desabrochando por todos os lados, numa profusão de cores e de perfumes interminável.

O rei o abraçou, feliz, dizendo-lhe: "esta é a maneira correta de proceder
com as riquezas. Você é digno de ser meu sucessor."

***

Todos os talentos que possuímos são como as flores. Não podem ser guardados em cofres, porque morrem, secam. Dinheiro, beleza, poder, precisam ser semeados para florescer. O que equivale a dizer, usados para gerar mais riquezas, mais beleza e proteção a todos.
O amor, para dar frutos e espalhar perfumes, que a muitos beneficiem, necessita ser semeado no coração das outras pessoas.
Todos nós temos a capacidade de transformar o deserto em que o mundo está se tornando num imenso oásis de paz, amor e beleza.
Um lugar onde o sol, as estrelas, o vento e o mar sejam realmente para
todos.

Baseado no livro "A revolução dos
campeões", de Roberto Shinyashiki, ed. Infinito, 48ª edição.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A espiritualidade punitiva

A espiritualidade é a própria manifestação de uma consciência mais ampla, que se dá através de uma conexão simples, direta e principalmente natural. Essa conexão acontece pelo canal do coração (sentimento) e da mente(intenção).

Na atualidade as pessoas buscam uma espiritualidade leve, sem muitas regras ou premissas engessadas e deterministas. Ninguém agüenta mais os termos; pecado, blasfêmia, confissão, castigo, sofrimento, salvação, vida eterna, culpa, extrema unção, etc.

Não estou aqui dizendo que os erros não aconteçam, e principalmente que a busca de evolução não seja necessário. Ao contrário, escrevo sempre com o objetivo principal de mostrar meios para ajudar as pessoas evoluírem, transformando seus erros em crescimento pessoal. Mas quero lembrar, que a espiritualidade punitiva está totalmente fora de moda. Que tremenda injustiça dizer que Deus castiga, vendo toda a grandeza do universo e a Lei do Livre Arbítrio que nos dá tanta liberdade. A lei do karma como exemplo: justa , reta e precisa como um bom relógio suíço.

Certa vez, fui a uma ótima livraria no interior do estado do Rio Grande do Sul. Surpreendi-me pela grande variedade de livros de espiritualidade, auto-ajuda, entre outros que tanto aprecio. Quando estava saindo, vi um pequeno livro que me chamou a atenção por um motivo que na hora eu não conseguia entender.

Então fui na direção daquele livro, podendo ler perfeitamente o que estava escrito na capa. Me surpreendi com título, que por uma questão de respeito não vou revelar. Posso dizer que a mensagem principal do livro era determinar quais coisas as pessoas seguidoras daquela religião (tão cheia de adeptos aqui no Brasil) não deveria fazer, impondo de forma determinista.

Eu fiquei estarrecido, pensei: como pode? Determinar impositivamente não faça isso, não faça aquilo, etc. O pior é que os argumentos eram baseados em citações da Bíblia, que foram interpretados de maneira tão distorcida, que cheguei a repudiar aquele livro. Mas pensei: não vou parar de ler, vou mais adiante, acreditando que iria ficar mais interessante.

Foi então que insisti em procurar sobre dicas que pudessem estimular os leitores a analisar todas as coisas de maneira mais amorosa. Na verdade eu queria encontrar naquele livro coisas que não encontrei. Eu não podia acreditar que alguém fizesse uma obra daquelas, sinceramente fiquei triste. Até respeito o fato de que a idéia do livro fosse alertar o seu leitor sobre os perigos de algumas práticas que não fossem condizentes a tal religião, mas daí até determinar com tanta arrogância o que cada ser deveria fazer?

O que eu gostaria de ter visto naquele livro na verdade, é que seu alerta fosse dado, mas que recomendasse seu leitor a meditar sobre cada ato, a questionar de coração e a ouvir a voz da intuição. Mas pelo visto, neste tipo de espiritualidade punitiva, a intuição ?não tem vez?.

Por isso pergunto: Que caminhos espirituais são esses que não deixam as pessoas se guiarem pelos seus lemes interiores, que são seus corações e intuições?

Que espiritualidade é essa que não respeita o livre arbítrio de cada pessoa e que usa o determinismo como forma de controle?

Vejo com bons olhos as religiões que transferem para cada próprio ser as responsabilidades de crescer, evoluir, ser feliz ou ser triste, alertado sobre as inferioridades e atitudes negativas, no entanto permitindo tomar suas decisões.

Por esse motivo é que estamos vendo um movimento anti-religião que assusta aos interessados em mantê-las, e por que será?

As igrejas mais tradicionais do ocidente estão experimentando uma evasão de fiéis muito grande. Isso tudo acontecendo porque as pessoas estão como nunca sentindo que essa liberdade de expressão conquistada é muito positiva no que se refere a espiritualidade, e isso é ótimo se a pessoa quiser evoluir e buscar Deus com leveza.

Não estou tripudiando as religiões, tampouco ridicularizando-as. Estou alertando para a necessidade de buscarmos a espiritualidade sim, a todo o tempo e intensamente. No entanto, sempre estimulando que essa busca aconteça de forma livre, universalista, leve e natural.

Bruno J. Gimenes

VOCÊ SABE LIDAR COM OS OBSTÁCULOS?

O que seria a alegria se não tivéssemos nem um momento de dificuldade?

É verdade que quando estamos tristes dá vontade de desistir, perdemos a esperança, choramos, nos fechamos para o mundo. Pare um pouco e lembre-se de todas as vezes que você caiu; sempre havia um dia seguinte, um outro e um outro.

Algumas vezes, você sentiu uma mão amiga te levantando. Outras vezes, você respirou fundo e levantou sozinho, com vontade de tentar mais uma vez.

O importante é saber que sempre após a queda, ainda que demore um pouquinho ou um pouco mais de tempo, você se levanta, mesmo quando acredita que todas as suas forças se extinguiram e que o mundo acabou com elas.

Neste momento, você percebe a importância das amizades, da esperança, da força de vontade, do querer, do buscar, do acreditar. Acreditar em um mundo melhor, acreditar em amor eterno, em amor fraterno. Acreditar em paz e respeito pelo planeta e pelo ser humano. Acreditar também no poder de um sorriso e de uma ajuda sem pedir nada em troca. E que tem uma pessoa lá em cima, olhando por você.

Provavelmente, você caia de novo mas, tenho certeza, também vai alcançar o topo de muitas montanhas. O bom de tudo isso é que você vai acumulando experiência e se tornando uma pessoa melhor. Os maiores ensinamentos da vida estão nos becos escuros, onde parece não ter nada. Tenha sensibilidade e paciência para saber encontrá-los.

O mundo, com as suas diferenças e semelhanças, funciona em um ciclo perfeito de vida em que todos têm a chance de buscar a felicidade e alcançá-la. Obstáculos sempre existirão, e pessoas com más intenções estarão a sua volta. É inevitável que as pedras estejam em nosso caminho.

O diferencial aqui é saber lidar com tudo isso da melhor forma possível, para que você não saia ferido. Saber tirar proveito destas situações, aprendendo com elas; isso poderá tornar a sua vida muito mais fácil e gratificante.

Marília Zanim

domingo, 18 de outubro de 2009

A Paz Interior

Há diferença entre felicidade e paz interior. A felicidade depende de condições tidas por positivas; a paz interior não. Não será possível atrairmos apenas condições positivas para a nossa vida? Se a nossa atitude e a nossa maneira de pensar fossem sempre positivas, nós manifestaríamos unicamente acontecimentos e situações positivos, não é verdade?

Será que você sabe realmente o que é positivo e o que é negativo? Tem uma ideia completa do que isso é? Para muitas pessoas foram as limitações, os insucessos, as perdas, as doenças ou os sofrimentos, sob as mais diversas formas, que acabaram por ser os seus mestres. Estes ensinaram-lhes a esquecer as falsas imagens que tinham de si próprias bem como as metas superficiais que lhes eram ditadas pelo ego e pelos seus desejos. Deram-lhes profundidade, humildade e compaixão. Tornaram-nas mais reais.

Sempre que alguma coisa negativa lhe acontece, ela contém uma lição profunda oculta, embora possa não a ver na altura. Mas pode lhe mostrar o que é real e irreal na sua vida, o que afinal de contas é importante e o que não o é.

Vistas de uma perspectiva mais elevada, as condições são sempre positivas. Para ser mais concreto: não são nem positivas nem negativas. São como são. E quando você vive na completa aceitação do que é – que é a única maneira sadia de viver –, na sua vida deixa de haver o "bem" e o "mal". Passa a haver apenas um bem maior – que inclui o mal. A partir da perspectiva da mente, no entanto, existem o bem e o mal, o gostar e o detestar, o amor e o ódio. Daí que, no Génesis, seja dito que Adão e Eva não foram autorizados a viver no "Paraíso" depois de "comerem o fruto da árvore do bem e do mal".

Isso parece-me uma forma de negação e de nos iludimos a nós próprios. Quando alguma coisa difícil acontece, a mim ou a alguém que me seja próximo , eu posso fingir que não é um mal, mas o fato é que o é; por que negá-lo?

Você não precisa a fingir coisa nenhuma. Você está deixando que isso seja como é. Esse "permitir que seja" leva-o a transcender a mente, com os seus padrões de resistência que geram as polaridades positiva e negativa. É um aspecto essencial do perdão. O perdão do presente é ainda mais importante do que o perdão do passado. Se perdoar cada momento – se permitir que ele seja como é –, então não haverá acumulação de ressentimentos que precisem de ser perdoados algum tempo depois. A emanação do Ser, é a paz interior, o bem que não tem oposto.


Eckhart Tolle
Em "O Poder do Agora"

O que é Nirvana?

No Ocidente, muitas pessoas acham que o Nirvana é o paraíso, ou então um estado de graça e felicidade muito avançado. Quero mostrar o sentido do Nirvana dentro do Induismo, que é a religião mais antiga do mundo e dentro do Budismo, que foi sua ramificação.
Tanto o hinduísmo como o budismo são divididos em várias segmentos diferentes com uma ampla gama de crenças. Muitos teólogos nem mesmo reconhecem o hinduísmo como uma única religião, mas como um aglomerado de práticas religiosas que une vários grupos diferentes.
Conseqüentemente, há pouquíssimas qualidades ou crenças que podemos atribuir ao hinduísmo ou ao budismo como um todo. Porém, há várias idéias que caracterizam de maneira geral as duas religiões e, quando falarmos das crenças hindus e budistas, estaremos nos referindo a estas doutrinas gerais comuns à maior parte das principais segmentos.
Na tradição hindu, o nirvana (mais conhecido como moksha) é a reunião com Brahma, o Deus universal ou alma universal. No hinduísmo tradicional, uma alma atinge este estado após viver muitas vidas, nas quais vai subindo pelo varna, ou sistema de castas. Os seres humanos acumulam bom carma ao realizar as obrigações da casta em que nasceram. Se uma pessoa nasceu em uma casta inferior, sua única esperança é se comportar de acordo com sua casta para subir a uma casta mais elevada na próxima vida.
Quando uma alma atingir as castas superiores, pode escapar do ciclo de reencarnação ao eliminar o mau carma. Isso inclui fazer boas ações (possivelmente durante várias vidas) e também retirar as distrações materiais de seu caminho. Quando uma alma finalmente escapa do ciclo cármico, torna-se uno com Brahma logo que sua última encarnação corporal morrer, passando a existir em um plano mais elevado da existência que transcende os sofrimentos da vida material. Essencialmente, podemos dizer que a alma é reunida à energia intangível que criou o universo.
O nirvana costuma ser associado principalmente ao budismo, que teve sua origem no hinduísmo durante o século V a.C. Ele começou como um movimento, baseado na filosofia e vida de um homem chamado Sidarta Gautama, dentro do próprio hinduísmo e, eventualmente, se separou para criar seu próprio caminho.
E, como diz a lenda, foi logo após escolher esse caminho, isto é, o caminho do meio que unia a vida de asceta com a vida material, que Sidarta finalmente atingiu a iluminação. Enquanto meditava sob uma árvore, viu todas as suas vidas passadas, para então ver as vidas passadas de outros seres. Finalmente, obteve um conhecimento perfeito e onisciente do nosso mundo e do mundo além do nosso.
No budismo, este estado, que o Buda não pode descrever com a linguagem, chama-se nirvana, uma palavra que significa "extingüir" em sânscrito. Neste caso, significa extingüir a ignorância, ódio e sofrimento material. O termo é mais associado ao budismo, embora seja associado com um conceito semelhante no hinduísmo.
Ao atingir o nirvana, é possível escapar da samsara, o ciclo de reencarnação que é característica tanto do hinduísmo como do budismo. Em cada vida, uma alma é punida ou recompensada baseando-se em suas ações passadas, ou carma, feitas na vida atual e em vidas passadas (que também inclui vidas que vivemos como animais). É importante perceber que a lei do carma não ocorre devido ao julgamento de um deus sobre o comportamento da pessoa; na verdade, é algo mais parecido com as leis do movimento de Newton: cada ação tem uma reação de mesma intensidade e no sentido oposto. Acontece automaticamente, por si só.
Quando atingimos o nirvana, paramos de acumular mau carma pois já o transcendemos. passando o resto de nossa vida, e algumas vezes vidas, eliminando o mau carma que já havíamos acumulado.
Uma vez que tivermos escapado totalmente do ciclo cármico, atingimos o parinirvana, o nirvana final, no além-vida. Da mesma maneira que ocorre com o nirvana hindu, as almas que atingiram o parinirvana ficam livres do ciclo de reencarnação. Buda nunca especificou como era o parinirvana e, de acordo com o pensamento budista, ele está além da compreensão humana normal.
Como vimos, o Nirvana não é o paraíso. Talvez seja só um caminho para se atingir níveis superiores de consciência. E este estado de Nirvana, todos algum dia, podemos conseguir.

Fonte: HowStuffWorks

Deborah Valente B. Douglas

sábado, 10 de outubro de 2009

A evolução da forma

Toda forma que vês
tem seu arquétipo no mundo sem-lugar.
Se a forma esvanece, não importa,
permanece o original.

As belas figuras que viste,
as sábias palavras que escutaste,
não te entristeças se pereceram.

Enquanto a fonte é abundante,
o rio dá água sem cessar.
Por que te lamentas se nenhum dos
dois se detém?

A alma é a fonte,
e as coisas criadas, os rios.
Enquanto a fonte jorra, correm os rios.
Tira da cabeça todo o pesar
e sorve aos borbotões a água deste rio.
Que a água não seca, ela não tem fim.

Desde que chegaste ao mundo do ser,
uma escada foi posta diante de ti,
para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
depois, te tornaste planta,
e mais tarde, animal.
Como pode ser isto segredo para ti?

Finalmente foste feito homem,
com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo; um punhado de pó
vê quão perfeito se tornou!

Quando tiveres cumprido tua jornada,
decerto hás de regressar como anjo;
depois disso, terás terminado de vez com a terra,
e tua estação há de ser o céu.

Passa de novo pela vida angelical,
entra naquele oceano,
e que tua gota se torne o mar,
cem vezes maior que o Mar de Oman.

Abandona este filho que chamas corpo
e diz sempre Um; com toda a alma.
Se teu corpo envelhece, que importa?
Ainda é fresca tua alma.

Jalal ud-Din Rumi
Poeta e místico sufi do século XIII

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Mãos de nuvens

Certo dia um jovem discípulo dos caminhos viu um sábio no topo de uma montanha parado fazendo gestos com as mãos, parecia que suas mãos iriam sair dos braços de tão sutis e vigorosos os movimentos. Um tanto desconcertado e animado com a cena, subiu até onde o sábio se encontrava e questionou o que ele estava fazendo, então o sábio respondeu:


- Meu caro jovem, estou acariciando nuvens.

- Como assim, acariciando nuvens se elas estão lá no céu?

- Meu querido amigo, então duvida da minha resposta?

- Não não meu senhor, apenas não compreendo como tu podes estar acariciando nuvens sem estar nas nuvens.

- Então lhe pergunto meu caro, qual a distancia entre o céu e a terra?

Inconformado com a pergunta do sábio, o jovem responde:


- Meu senhor, não sei a distancia entre o céu e a terra, creio que muitos quilômetros acima do chão, mas não entendo ainda, o que isso tem a ver com estar acariciando nuvens?

- (rs) A distancia entre o céu e a terra é apenas uma linha querido discípulo, apenas um linha.

- Como Mestre, como apenas uma linha? É tão alto o céu que nem meus olhos podem ver seu fim...

- Jovem, escute com atenção e compreenda:


- A distancia é apenas uma linha, esta linha está acima dos pés e abaixo da cabeça, a distancia entre o céu e a terra é apenas um horizonte entre os olhos fechados e os olhos abertos, é um fino barbante de lã entre a ovelha e o tear, é aquela pequena porção de espaço entre o cheio e o vazio, é a mesma distancia entre o inspirar e o expirar, entre o abrir a boca e fecha os dentes.

A distancia entre o céu e a terra é a mesma entre cada fio dos cabelos do idoso, a mesma distancia que separa a fome e a gula, a mesma que molda o honesto e desonesto, a verdade e a mentira.

A distancia entre o céu e a terra é a mesma que separa corpo e mente, mente e alma.

É a distancia que não existe para o desperto que vê e compreende o limite entre cheio e vazio, entre o yin e yang, é a distancia entre minhas mãos e as nuvens, bem no centro do corpo.

- Por isso meu jovem querido amigo, toco as nuvens aqui na montanha ou lá no chão, acaricio as nuvens com suavidade e sutiliza, sem esquecer de deixar meus olhos meio abertos meio fechados, porque assim minha atenção acima foca o TAO, abaixo foca a terra e no centro as nuvens, nas dez mil direções minhas mãos acariciam as nuvens e as nuvens energizam minhas mãos, essa energia é a mesma aqui ou lá, não existe diferença. Se minha mente é quieta, escuto os trovões dentro das nuvens, nos raios me desprendo e vou até onde as galáxias são os braços de Brahman, as estrelas e planetas suas células, tudo é vivo e sempre novo.

- A compreensão de estar aqui ou lá é o mesmo e sempre novo agora, qual seria a razão exata de criar tudo o que existe sem estar em tudo que existe, vivenciar as múltiplas realidades nos múltiplos universos de possibilidades? Por isso meu caro, o micro e macro cosmo são um no corpo divino, o TAO é e sempre está onde a intenção verdadeira estiver. A mesma água que sobe da terra, aquece sob o sol e vira vapor, é a mesma dentro das nuvens, que novamente desce até a terra, molha as plantas, cria a madeira que tece o fogo, acima e abaixo do metal reluzente nas correntes de luz. Tudo isso também cria meu e seu corpo físico, a mesma terra, água, fogo, metal, madeira e energia, funda-se e com o sopro da vontade e intenção, molda como massa nossa forma, portanto somos um, eu, você e todos os elementos no corpo prânico do divino TAO.

- Fora deste corpo somos luz em varias formas e densidades, vivendo dentro de nós mesmos e viajando por aqui e por lá, até voltarmos ao inicio sem fim, o fim sem inicio, pois estamos aqui e lá ao mesmo tempo, apenas vivenciando estados diferentes de consciência. A nuvem entre minhas mãos também estão vivas como um pequeno animal de estimação, como uma novelo de lã ou um doce de açúcar, também ela é luz em forma de raio e som como trovão. Compreende meu caro, não existe limite, apenas intenção.

Escutando as palavras do Mestre, o jovem curva-se aos seus pés, e com suavidade o Mestre aperta as nuvem deixando cair águas douradas sobre o discípulo, que banha-se de luz e amor.

sábado, 12 de setembro de 2009

A força do pensamento

Se conseguíssemos dimensionar a força que têm nossos pensamentos, com certeza seríamos muito mais atenciosos com eles.

Pensamentos têm forma. São criações invisíveis aos nossos olhos que caminham pelo espaço. Vão até onde os seus criadores os orientam, enviando bons fluídos ou fluídos destrutivos, conforme a vontade do emissor.

Nossa criação mental é grande responsável pelas coisas darem certo ou errado em nossas vidas.

Faça uma análise sincera dos seus pensamentos atuais. Eles revelam o que você é, na realidade, indiferente da imagem que você - mesmo inconsciente - tenta passar a todos diariamente.

Somos imperfeitos, e por isso ainda temos uma tendência a fazer mal uso da criação de nossos pensamentos. Emitimos pensamentos de inveja, de cólera, de ciúmes e de outras tantas paixões inferiores às quais ainda nos vemos presos... Mas é necessário começarmos a nos reeducar utilizando da melhor maneira possível esta ferramenta fabulosa , que muito pode produzir em nosso favor quando bem utilizada.

Se você pensa no pior, está atraindo pra si o pior. Está dando condições para que o pior aconteça.

Se você tende a pensar de forma pessimista, tende a ser um derrotado eterno.

De início é difícil controlar alguns pensamentos. Principalmente os que se relacionam ao pessimismo. Mas chegará a hora em que o pessimista, que se julga um infeliz e esquecido, entenderá que não existe melhora até que ele pense e reaja para esta melhora. Atitude é tudo, inclusive no nosso pensar...

Pessoas que só falam de doenças, de dor, de sofrimento, de morte, vivem mergulhadas em pensamentos negativos, atraindo pra si entidades também infelizes e sofredoras. Entram em um círculo vicioso e caem. Não sabem ainda da força que seus pensamentos têm sobre seu destino, tanto para a criação de uma vida melhor como para sua própria destruição.

Portanto, criemos ao redor de nós, com bons pensamentos, situações favoráveis à nossa jornada evolutiva.

Vamos viver alimentando sempre o melhor que existe em nós para que esse melhor cresça e se desenvolva, criando um ambiente propício ao nosso bem-estar.

Vamos trabalhar positivamente em nossa fábrica interior de criações, voltando-a para o bem, para o amor, para o positivo, para a alegria, para o ânimo, para a persistência, para o trabalho, para a fé, para a vontade de viver e para a força na ação, pois depois de tanto PENSAR positivo, é necessário AGIR de forma condizente, criando-se então a forma plena de uma vida mais feliz para nós mesmos e para todos que convivem conosco.

Seu pensamento têm força! Utilize-o a seu favor!

Pense positivo e aja.

Sorria para a vida e ela sorrirá sempre de volta a você.
a.d.

Obs.:Procura-se autoria

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Palavras de Sri Aurobindo



Para aqueles que desejam viver a vida espiritual, o Divino deve vir sempre em primeiro lugar, todo o resto é secundário.

A Verdade para você é sentir o Divino em você, abrir-se a Mãe e trabalhar para o Divino até que você esteja consciente dela em todas as suas atividades. Deveria haver a consciência da presença divina em seu coração e a guiança divina em seus atos.

Livrar-se inteiramente do desejo demora muito tempo. Mas, se você pode uma vez expulsá-lo da natureza e percebê-lo como uma força vindo de fora e enfiando suas garras no vital e físico, será mais fácil livrar-se do invasor.

Você precisa ir bem para dentro de você e entrar em uma completa dedicação à vida espiritual. Toda adesão a preferências mentais deve ser abandonada, toda insistência em objetivos e interesses e apegos vitais deve ser afastada, toda ligação egoísta a família, amigos, país, deve desaparecer se você quer ser bem sucedido no Yoga.

É necessário observar e conhecer os movimentos errados em você; pois eles são a fonte de suas dificuldades e têm que ser persistentemente rejeitados se é para você ser livre.

O mundo vai atrapalhar você enquanto alguma parte de você pertencer ao mundo. É somente se você pertencer inteiramente ao Divino que você pode tornar-se livre.

Os caminhos do Divino não são como os da mente humana ou de acordo com os nossos padrões, e é impossível julgá-los ou estabelecer para Ele o que Ele deve ou não deve fazer, porque o Divino sabe melhor do que nós podemos saber.

Não impor sua mente e vontade vital ao Divino mas receber a vontade do Divino e segui-la é a verdadeira atitude na sadhana... Dar-se, entregar-se e receber com alegria tudo o que o Divino dá, e não se afligindo ou revoltando, é o melhor caminho. Então o que você receber será a coisa certa para você.

Você tem que somente, aspirar, manter-se aberto à Mãe, rejeitar tudo que é contrário à vontade dela e deixá-la trabalhar em você - também fazendo todo seu trabalho para ela e na fé de que é através da força dela que você consegue fazê-lo. Se você permanecer aberto deste modo, o conhecimento e realização virá para você no devido tempo.

Não importa que defeitos você possa ter em sua natureza. A única coisa que importa é você se manter aberto à Força. Ninguém pode se transformar por seus próprios esforços sem qualquer ajuda; é somente a Força Divina que pode transformá-lo. Se você se mantém aberto, todo o resto será feito por você.

Quase ninguém é forte o suficiente para superar, por sua aspiração e vontade não ajudadas, as forças da natureza mais baixa; mesmo aqueles que o fazem, conseguem somente uma certa espécie de controle mas não um domínio completo. Vontade e aspiração são necessárias para trazer para baixo a ajuda da Força Divina e para manter o ser do lado dela quando lida com os poderes mais baixos. Só a força Divina cumprindo a vontade espiritual e a aspiração psíquica do coração pode afetar a conquista.

Abandonar o esforço pessoal não é o que lhe é pedido, mas chamar cada vez mais pelo Poder Divino e através dele governar e guiar o esforço pessoal.

Praticar o Yoga implica na vontade de superar todos os apegos e voltar-se para o Divino somente. A coisa principal no Yoga é confiar na Graça Divina a cada passo, dirigir o pensamento continuamente para o Divino e oferecer-se até que o ser se abra e a Força da Mãe possa ser sentida trabalhando no Adhar (receptáculo da consciência).

Temos que reconhecer uma vez mais que o indivíduo não existe sozinho nele mesmo mas na coletividade, e que perfeição e libertação individual não são o sentido completo da intenção de Deus no mundo. O uso livre de nossa liberdade inclui também a libertação de outros e da humanidade, e a perfeita utilidade de nossa perfeição é, tendo realizado em nós mesmos o símbolo divino, reproduzi-lo, multiplicá-lo e finalmente universalizá-lo em outros.

A maioria das pessoas vive em sua personalidade exterior comum e ignorante que não se abre facilmente ao Divino; mas há um ser interior dentro delas, do qual elas não sabem, que pode se abrir facilmente à Verdade e à Luz. No entanto há uma parede que as separa dele, uma parede de obscuridade e não-consciência. Quando ela desmorona, então há uma libertação.

Permanecer tranqüilo dentro, firme na vontade de ir até o fim, recusando ficar perturbado ou desencorajado por dificuldades ou flutuações, esta é uma das primeiras coisas a serem aprendidas no Caminho.

Se há dificuldades, tropeços ou falhas, deve-se olhar para eles quietamente e chamar para dentro tranqüila e persistentemente a ajuda Divina para removê-los, mas não se permitir ficar transtornado ou angustiado ou desencorajado... a mudança total da natureza não pode ser feita em um dia.

A estrada do Yoga é longa, cada palmo de chão tem que ser ganho contra muita resistência, e nenhuma qualidade é mais necessária para o aprendiz do que paciência e uma perseverança inflexivelmente decidida, com uma fé que se mantém firme através de todas as dificuldades, atrasos e aparentes falhas.

Uma vez que se colocou os pés no caminho, como se pode recuar dele para algo inferior? Se você se mantém firme quedas não importam, levanta-se de novo e continua em frente. Se você é firme na direção ao objetivo não pode haver nenhum fracasso definitivo no caminho para o Divino. E se há algo dentro de você que impulsiona, como certamente há, vacilações ou quedas ou falta de fé não fazem nenhuma diferença decisiva. Tem que se continuar até que a luta tenha passado e haja o caminho reto e aberto e sem espinhos diante de nós.

Um silêncio receptivo da mente, um apagar do ego mental e a redução do ser mental à posição de uma testemunha, um contato íntimo com o Poder Divino, é uma abertura do ser a esta única influência e nenhuma outra, são as condições para tornar-se um instrumento do Divino, movido por isto e isto somente.

A terra necessita um lugar onde os homens possam viver longe de rivalidades nacionais, convenções sociais, moralismos que se contradizem e religiões que se combatem; um lugar onde seres humanos, libertados de toda escravidão ao passado, possam devotar-se inteiramente à descoberta e prática da consciência divina, que está procurando manifestar-se.

Tudo o que resiste desaparecerá no tempo certo com o progressivo desabrochar da natureza espiritual.

Ser inteiramente sincero significa desejar somente a Verdade Divina, entregar-se cada vez mais à Mãe Divina, rejeitar toda exigência e desejos pessoais diferentes desta única aspiração, oferecer cada ação na vida ao Divino e fazer isto como o trabalho dado, sem introduzir o ego. Esta é a base da vida divina.

Fixe em sua mente e coração a resolução de viver para a Verdade Divina e para isto somente; rejeite tudo que é contrário e incompatível com isto e afaste-se dos desejos mais baixos; aspire por abrir-se ao Poder Divino e nenhum outro. Faça isso com toda sinceridade e a ajuda presente e viva de que você precisa não lhe faltará.

"Se submetermos nossa vontade consciente permitindo que ela se unifique com a Vontade do Eterno, então, mas só então, poderemos alcançar a verdadeira liberdade".

O supraconsciente é o verdadeiro fundamento, e não o subconsciente. Não é analisando-se os segredos da lama de onde nasce a flor do lótus que explicamos sua existência. O segredo da flor do lótus está no arquétipo divino que floresce para sempre nas alturas, na luz.

O amor do aprendiz (Sadhak) deveria ser pelo Divino. É somente quando ele tem isto plenamente que ele pode amar outros na maneira certa.

Pureza é aceitar nenhuma outra influência a não ser a influência do Divino.

Só depois de ter conseguido obter algum resultado positivo, e após ter-se verificado uma estabilização sobre uma base positiva, pode-se então, sem perigo algum, subverter os elementos adversos, ocultos no subconsciente para destruí-los e eliminá-los com a força da calma divina, da luz e da consciência divina.

Os Upanixades dizem que Aquele que Existe em si mesmo estabeleceu que as portas da Anima só poderão ser abertas de dentro para fora... A observação de si mesmo e a auto-análise são, portanto, uma importante e eficaz introdução à verdadeira interioridade.

Quanto mais ampla sua consciência se torna, mais você poderá receber do alto.

A evolução é uma lenta transformação da energia em consciência.

Dentro do coração existe um centro de Consciência, e dentro dele você pode enxergar o mundo inteiro.

Existe um estágio no sadhana [prática espiritual] onde o ser interior começa a despertar. Muitas vezes o primeiro resultado é condicionado pelos seguintes elementos:
1) O Um tipo de atitude testemunhal em que a consciência interna vê tudo o que acontece como um espectador ou observador, observando as coisas mas não assumindo nenhum interesse ativo ou prazer face a elas.
2) Um estado de neutra equanimidade onde não existe nem satisfação nem dor, somente quietude.
3) Um senso de ser de alguma forma à parte de tudo que acontece, observando mas não tomando parte.

Concentrar-se principalmente no seu próprio crescimento e experiência espiritual é a primeira condição para um buscador - ser ávido em ajudar aos outros provoca o desvio do trabalho interno. Crescer espiritualmente é a maior ajuda que alguém pode dar aos outros, pois a partir dele algo flui naturalmente que ajuda aqueles que estão à sua volta.

Todos os prazeres do mundo externo são temporários. Eles nunca duram. Todos os prazeres que você busca podem ser descobertos, em maior grau, internamente.

Aquele que depende dos sentidos para ser feliz está constantemente em busca de coisas novas para satisfazê-los.

Os nossos conceitos intelectuais são obstáculos no caminho do conhecimento...O estado de conhecimento que a yoga prevê não é uma simples concepção intelectual nem um claro discernimento da verdade... É uma realização no pleno sentido da palavra.

A mente é o auxílio, a mente é o obstáculo.

Observe a sua vida. Abra seus olhos. Enquanto você perseguiu a satisfação de seus desejos, o tempo lhe devorou.

Apenas o Self interior é eterno. Apenas a Consciência interna permanecerá.

A felicidade do Self não depende de fatores externos. Ela é completamente independente; ela surge, incondicionalmente, de dentro.

O homem é um ser anormal em busca da sua normalidade... O homem é um ser de transição.

Não importa o quanto às pessoas estejam insatisfeitas com as suas vidas, elas continuam a fazer exatamente o que eles sempre fizeram. Elas nunca param para pensar como poderiam por um fim em seus problemas. Ao invés disso, elas apenas reclamam, culpam seus maridos ou esposas, seus patrões, o governo ou a atualidade.

Pelos seus tropeços, o mundo é aperfeiçoado.

Quando a mente fica quieta, então a Verdade tem a chance de ser ouvida na pureza do silêncio.

Vocês não fazem idéia da vastidão que existe dentro de vocês. Este corpo parece pequeno, mas ele é a imagem do universo inteiro. Neste corpo existe um sol mil vezes mais brilhante que o sol externo.

Naquele momento espalhou-se por todo o meu ser uma tal brisa fresca e suave, que o cérebro aquecido se relaxou, num deleite fácil e supremo como em toda a minha vida nunca tinha conhecido... A partir daquele dia, todos os problemas da vida na prisão terminaram... Naquele dia, num único momento, Deus deu ao meu ser interior uma tal força que aqueles sofrimentos se foram, sem deixar nenhum traço ou marca. Foi possível ser feliz durante o longo e solitário confinamento... Eu também constatei a extraordinária força e eficácia da oração. Uma oração... Pode ligar a força do homem a uma força transcendente.

O estado de conhecimento que a yoga prevê não é... Uma simples concepção intelectual... É uma realização, no pleno Sentido da palavra.

Meditação: Entregue seu amor ao mundo



A Energia, a Energia Divina somente pode entrar em seu mundo, ao longo do cordão de cristal ancorado em seu coração - na residência secreta do seu coração
A Energia Divina, ao entrar em seu mundo, através do seu coração, é tingida com os seus pensamentos, sentimentos e aspirações.
Enquanto você está em um estado elevado de consciência e elimina todos os pensamentos e sentimentos opressivos, você se torna uma Fonte de Luz para o seu mundo.

Tente imaginar um fluxo infinito de pura energia Divina vertendo em seu coração
Você é o proprietário desta Energia, plenamente responsável por preservá-la pura e sagrada.
...Sinta esta energia preenchendo a sua aura...
Sua aura se expande e se torna equilibrada.
Seu corpo penetra em um estado de êxtase e conforto.
Você sente paz e confiança em seu eu (self) e em seu futuro.
Você compreende que Deus cuida de você a cada minuto de sua vida na Terra.
Tudo o que você precisa é ser sensível e prestar atenção ao conselho que você recebe do seu Eu Superior.
Seu Eu Superior sempre sabe o que você deveria fazer.
Não seja obstinado; preste atenção ao seu conselho e aceite a sua ajuda em suas ações terrenas.
Agora esteja repleto de paz e de amor; tente preencher todo o aposento em que você está com este sentimento.
Imagine a sua aura se expandindo e envolvendo todo o aposento.
Então a sua aura continua a se expandir e preenche toda a casa.
A aura continua a se expandir e então envolve todas as casas vizinhas e toda a cidade.
E cada pessoa que se encontrar sob o efeito de sua aura, fica tão tranqüila, harmoniosa e equilibrada como você.

Todos os pensamentos desagradáveis e perturbadores abandonam cada pessoa que se encontrar dentro do campo de ação da sua aura.
A sua aura continua a se expandir a cada batimento do seu coração.
A cada respiração e exalação sua, a área de influência de sua aura se torna maior.
Você pode imaginar todo o país e todo o globo ficando sob a influência de sua aura.
O mundo inteiro vivencia uma constante deficiência de Amor e de paz.
Você pode dar o seu Amor ao mundo inteiro, a cada criatura viva no planeta Terra.
Imagine quantos seres no planeta Terra precisam de sua ajuda agora.
As ondas de Amor emitidas do seu coração bem neste momento, são capazes de evitar a morte de alguém ou aliviar o sofrimento de alguém.
Entregue o seu Amor ao mundo.
Isto é o que você pode fazer pelo mundo e isto não requer quaisquer esforços extraordinários de você.
Envie o seu Amor ao presidente do seu país.
Envie o seu Amor a todas as pessoas que têm o poder em seu país e que possam contribuir para a mudança da situação nele.
Quando um humano sente o Amor que lhe é enviado, isto o fortalece e aumenta a sua confiança na realização das corretas ações Divinas.
Ore pelos seus líderes para que sejam capazes de aceitar em seus corações a sabedoria Divina, de modo que os seus corações possam acessar a orientação Divina.
Seu país é o seu bebê, a sua criação coletiva.
Cada um de vocês é responsável por cuidar do seu bebê.

Atualmente o seu país se assemelha a uma criança desamparada: ninguém o quer e todos o amaldiçoam.
Mude a sua atitude em relação a sua criança e a situação em seu país será alterada..
A única condição é a autenticidade e a pureza dos seus sentimentos.
Você não pode gracejar com o Amor, você não pode pretender que aprecia o seu país.
Você deve fazê-lo sinceramente.
Envie o seu Amor sinceramente a cada situação desarmônica que ocorra em seu país.
Mas, primeiro você deveria se equilibrar e sentir a energia Divina entrar em seu coração.
Sinta o afeto em seu coração.
Você pode sentir o Amor Divino e a harmonia do mundo Divino penetrando em você.
Agora você pode espalhar este Amor e esta harmonia ao redor de todo o seu país e de todo o mundo.
Quando você for de encontro a uma situação desarmônica em sua vida, você deveria sempre reunir este sentimento de Amor que você esteve sentindo em seu coração durante as suas meditações - e enviar este Amor do seu coração a esta situação desarmônica.
Você não pode lutar com a imperfeição do mundo inteiro, mas pode expulsar toda a imperfeição do seu mundo com a ajuda do seu Amor.

Entregue o seu Amor ao Mundo!
Por Tatyana Martynenko
06 de setembro de 2009

Tatyana Martynenko nasceu e vive na Rússia, na cidade de Omsk. Ela diz que durante toda a sua vida esteve orando e pedindo a Deus que lhe concedesse uma oportunidade de trabalhar para Ele. Em 2004, ela recebeu uma oportunidade de levar as Palavras dos Mestres às pessoas. Durante os anos de 2005 a 2008, em determinados períodos de tempo, ela esteve recebendo mensagens dos Mestres Ascensionados de um modo especial. Segundo Tatyana, a única coisa que os Mestres querem é difundir o seu Ensinamento através do mundo.
Os Mestres dão as suas mensagens com o sentimento de grande Amor.
O Amor não tem limites.
Não há limites entre os corações das pessoas que vivem em países diferentes, não há
limites entre os mundos.
Os limites existem somente na consciência das pessoas.

Tradução: Regina Drumond

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Você E Apenas Você Pode Fazer a Mudança



A Humanidade é apenas um esparadrapo mantido no lugar por seu próprio sistema de crença.
Você não pode enganar o quantum nem a si próprio.

Seja honesto e saiba para onde quer ir.

Enquanto se agarrar à luta como a uma balsa da vida, você vai ficar à deriva num mar de desespero.

Você É O Capitão Do Seu Próprio Destino, Senhor Da Sua Alma.

Mude o seu pensamento e mude a sua vida.

Você é Deus quando é pobre de espírito e substância, você é Deus quando preenchido pelas riquezas do dia, você é Deus quando deixado a sós para dormir à noite, e você é Deus quando está nos braços de um ser amado!

Sua fé deve ser forte e sólida como as pedras das montanhas, inabalável como o incansável movimento dos mares, mudando apenas para se apegar cada vez mais profundamente ao seu próprio ser.

Desenvolva a sua humanidade e descanse nas asas da verdade, pois você não pode ser nada além do que é.

Não vacile no calor da situação, mas comece a jornada para a noite da alma caminhando pelo penhasco do futuro, enxergando apenas através das lentes do coração.
Você balança a cada pequena ondulação da personalidade, passando tanto tempo lutando contra os dragões, que se esgota na sua própria essência. Eu Sou os dragões, assim como Sou você – não deixe que isto lhe passe desapercebido! – pois você luta dentro do seu próprio terreno, batalhando contra as sombras criadas pela sua própria Luz.

Jogue fora o que o amedronta, olhe bem dentro das cavernas da sua alma para ver por que essa música de medo toca no seu coração, por que você não recebeu o amor que está esperando pelas suas carícias.

Você procura um salvador, aquele que virá montado em sua cavalgadura, em seu corcel de firmeza, para resgatá-lo da vida que você mesmo criou. Mesmo nesta fantasia, existe o medo de ser derrubado, abandonado impensadamente.

Saiba, querida criança, que Eu Sou você assim como você é Eu, e nós não podemos ser abandonados nunca, pois somos UM em corpo e alma, independente da forma que tomemos.
O que você busca não é segurança monetária, nem amor, nem sabedoria, mas o conhecimento de que Eu estou aí, firme, liberto, tanto na luz quanto nas sombras da sua experiência.

E eu lhe dou esta verdade.
Procure O Meu Reflexo em todas as suas lágrimas.

Nesta experiência de vida, você escolheu aprender e manifestar a partir do próprio pó sobre o qual caminha. Você queria lembrar como se faz uma bolsa de seda com a orelha de uma porca, sem nenhuma ajuda de ninguém. Agora você procura a peça que está faltando no quebra-cabeça, buscando o meu conselho.

Você pensa que alguma coisa está faltando, está quebrada, perdida dentro de você, mas, querida criança, Eu sabia que as coisas chegariam a este ponto um dia, e então escondi amorosamente, dentro de você mesmo, a peça faltante que tanto busca.

As chaves do Reino do Céu na Terra estão no seu interior; busque o seu próprio conselho, e o Código de Luz que você procura será revelado...
O Céu lhe sorri com abundância em seu coração.

Ame quem você é, ame quem você vai se tornar, ame quem você pode ser.

Não procure ser amado, procure ser amor!

Seu professor, mestre, irmão,
Sananda

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Pequeno tratado sobre a mortalidade do amor

Todos os dias morre um amor. Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor. Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina. Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos. Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo. Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios. Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos. Morre da mais completa e letal inanição.

Todos os dias morre um amor. Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro. Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria do que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa. E esta é a lição: amores morrem.

Todos os dias um amor é assassinado. Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a forca do escárnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio ensurdecedor depois de uma discussão: todo crime deixa evidências.

Todos nós fomos assassinos um dia. Há aqueles que, feito Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho-papão. Outros confessam sua culpa em altos brados, fazendo de penico os ouvidos de infelizes garçons. Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime, e buscam por novas vítimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso.

Os mais periculosos aproveitam sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente" ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo "A Paixão Tem Olhos Azuis", difundindo ao mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes.
Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.

Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão. Estes não querem ser sacrificados, e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos, definhando paulatinamente até se tornarem laranjas chupadas.

Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4a. série, ou entre fãs que ainda suspiram em frente a um pôster do Elvis Presley (e, pior, da fase havaiana). Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (bah, isso não é amor; amor vivido só do pescoço pra cima não é amor).

Existem, por fim, os amores-fênix. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da TV ligada na mesa-redonda ao final do domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram - teimosos, e belos, e cegos, e intensos. Mas estes são raríssimos, e há quem duvide de sua existência. Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas. Mas não quero acreditar nisso.

Um dia vou colocar um anúncio, bem espalhafatoso, no jornal.

PROCURA-SE: AMOR-FÊNIX
(ofereço generosa recompensa)

(Escrito por Alexandre Inagaki)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Reflexões de Osho acerca do amor

“Eu chamo de materialista o homem que não conhece a arte de amar. Eu não chamo de materialista o homem que não acredita em Deus. E eu não chamo de religioso o homem que acredita em Deus. Eu chamo de religioso o homem que está crescendo em seu amor, em sua confiança – e vai espalhando seu êxtase por toda a existência”.

Osho


O AMOR É UM LUXO

Amado Mestre,
O que acontecerá ao amor se não houver nada nem ninguém para conhecê-lo e prová-lo.

O homem se torna maduro no momento em que começa a amar, em vez de precisar: ele começa a transbordar, a compartilhar; ele começa a dar. A ênfase é totalmente diferente. Com o primeiro, a ênfase está em como conseguir mais. Com o segundo, a ênfase está em como dar, como dar mais, e como dar em continuidade. Isso é crescimento, maturidade chegando até você.

Como pode uma necessidade ser amor? Amor é um luxo. É abundancia. É ter tanta vida que você não sabe o que fazer com ela; então você compartilha. É ter tantas canções em seu coração, que você tem que cantá-las – se alguém as ouve ou não, não é relevante. Se ninguém ouvir, você também terá que cantá-la, você terá que dançar a sua dança.

O outro pode receber, o outro pode deixar escapar – mas no que diz respeito a você, o amor está fluindo, está transbordando. Os rios não corem por sua causa, eles estão fluindo esteja você lá ou não. Eles não fluem pela sua sede, eles não fluem para seus campos sedentos; eles estão simplesmente fluindo. Você pode matar sua sede, você pode não aproveitar – depende de você. O rio não estava realmente fluindo por você, ele simplesmente estava fluindo. É acidental que você possa conseguir água para seu campo, é acidental que você possa conseguir água para você.

Quando você não tem amor, você pede ao outro para dá-lo a você. Você é um amor. E o outro está lhe pedindo que você dê a ele ou a ela. Agora, dois mendigos estendendo suas mãos, um diante do outro, e ambos estão esperando que os outros tenha... Naturalmente ambos se sentem frustrados no fim; e ambos se sentem enganados.

Ora, esse é o paradoxo: aqueles que se apaixonam, não tem amor algum, e é por isso que se apaixonam. E porque eles não tem amor, eles não podem dar. E uma coisa mais: uma pessoa imatura, sempre se apaixona por uma pessoa imatura, porque somente eles podem se entender. Uma pessoa madura ama uma pessoa madura. Uma pessoa imatura ama uma pessoa imatura.

O problema básico amor é primeiro se tornar maduro, então você pode encontrar um parceiro maduro; então as pessoas imaturas não o atrairão de maneira alguma. É exatamente assim, se você tem 25 anos de idade, você não se apaixona por um bebê de dois anos de idade, você não se apaixona – exatamente assim. Não acontece, não pode acontecer. Quando você é uma pessoa psicológica e espiritualmente madura, você não se apaixona por um bebê. Não acontece, não pode acontecer. Você pode ver que não tem sentido.

Na realidade uma pessoa madura não se apaixona, não “cai de amor”, ela se “eleva” em amor, a palavra “cair” não é certa. Somente as pessoas imaturas caem; elas tropeçam e caem de amor. De alguma forma elas estavam conseguindo se manter em pé. E, então, elas não conseguem se manter em pé – elas encontram uma mulher e caem, elas encontram um homem e caem. Elas sempre estiveram prontas para cair no chão e rastejar. Elas não têm espinha dorsal; elas não tem a integridade de se manter em pé sozinhas.

Uma pessoa madura tem a integridade de estar sozinha. E quando uma pessoa madura dá amor, ela se sente grata por você ter aceito seu amor, e não vice-versa. Ela não espera que você seja grato por isso – não, de jeito nenhum, ela não precisa nem mesmo do seu agradecimento. Ela o agradece por você ter aceito o seu amor.

E quando duas pessoas maduras estão se amando, um dos maiores paradoxos da vida acontece, um dos fenômenos mais bonitos: elas estão juntas e ainda assim tremendamente sozinhas; elas estão tão juntas, são quase um. Mas esta unidade não destrói a unidade de cada um; na verdade ela as realça: elas se tornam mais individuais. Duas pessoas maduras no amor, ajudam uma a outra a se tornarem mais livres. Não há nenhuma política envolvida, nenhuma diplomacia, nenhum esforço para dominar. Como você pode dominar a pessoa que você ama?

Quando você chegou em casa, quando você passou a conhecer quem você é, então um amor surge em seu ser. Então a fragrância se espalha e você pode partilhar com os outros. Como você pode dar uma coisa que você não tem? Para dá-la, o primeiro requisito básico é que você tenha.

Como você pode dar presentes quando você não tem? Isso você ouve e você entende, mas então surge um problema, porque o entendimento é apenas intelectual. Se ele tiver penetrado o seu ser, se você tiver visto a factualidade disso, nenhuma questão surgirá.

Então você esquecerá todos os seus relacionamentos de dependência e você começará a trabalhar em seu próprio ser: clareando, limpando e tornando seu centro interior mais alerta, consciente; você começara a trabalhar dessa maneira. E quanto mais você começar a sentir que está chegando uma tonalidade certa, mais você descobrirá que o amor está crescendo junto – é uma conseqüência.

Ele não precisa ser reconhecido: ele não precisa nenhum reconhecimento, não precisa de nenhum certificado, não precisa de ninguém para prová-lo. O reconhecimento do outro é acidental, não essencial, para amor; o amor continuará fluindo. Ninguém o prova, ninguém o reconhece, ninguém se sente feliz, deleitado por causa dele – o amor continuará fluindo, porque no próprio fluir você se sente tremendamente alegre. No próprio fluir... quando sua energia está fluindo.

Você está sentado num quarto vazio e a energia está fluindo e enchendo o quarto vazio com seu amor; ninguém está lá – as paredes não dirão “obrigado” – ninguém para reconhecê-lo, ninguém para prová-lo. Mas isso não importa, absolutamente. Sua energia está sendo liberada, fluindo... você se sentirá feliz. A flor fica feliz quando a fragrância é liberada aos ventos; se os ventos o sabem ou não, não importa.

Eu sou. Eu sou. Se os discípulos estão aí ou não, é irrelevante; eu não sou dependente de vocês. E todo o meu esforço aqui é que vocês também se tornem independentes de mim.

Eu estou aqui para lhes dar a liberdade. Eu não quero aleijá-los, de maneira alguma; eu quero simplesmente que vocês sejam vocês mesmos. E no dia em que você se tornar independente de mim, você será capaz de me amar realmente – não antes disso.

Eu amo vocês. Não posso evitá-lo. A questão não é se eu posso amá-los ou não, eu simplesmente os amo. Se vocês não estiverem aí, esse auditório estará cheio de amor, não fará nenhuma diferença. Essas árvores ainda estão recebendo meu amor, esses pássaros continuarão recebendo-o. E mesmo que todas as árvores e todos os pássaros desapareçam, isso não fará diferença alguma – o amor ainda estará fluindo. O amor é; então, o amor flui.

O INIMIGO REAL DO AMOR


Em lugar do medo, viva o amor; eles são pólos opostos. As pessoas geralmente acham que o amor e o ódio são opostos; isso é errado, eles não são. O amor e o ódio são a mesma energia. O amor pode se tornar ódio, o ódio pode se tornar amor; eles são conversíveis. Então eles não são opostos, são complementares.

Na realidade nós amamos e nós odiamos a mesma pessoa: o amor e ódio estão sempre juntos. A oposição real é entre o amor e o medo. Eles nunca estão juntos; se você se tornar muito apegado ao medo, o amor desaparece. O medo não pode ser convertido em medo; eles não são conversíveis.

Somente o amor torna alguém rico. O medo aleija, paralisa, e quanto mais paralisado, mais medroso você se torna; então é um círculo vicioso. O amor lhe da asas, ajuda-o a relaxar na vida, lhe dá coragem para experimentar a vida de maneiras diferentes. Permite-lhe todo o espectro da vida, é multidimensional. É o arco-íris inteiro, todas as cores da vida. Então a primeira coisa: abandone o medo e beba mais e mais amor, substitua o medo por amor.

E a segunda coisa: pense no céu, na vastidão; pense na liberdade, no infinito. Não pense em coisas pequenas, triviais. O medo sempre pensa em coisas pequenas; o amor nunca pensa em coisas pequenas. O amor está pronto para sacrificar tudo; o amor pensa somente no vasto. É uma águia no vento, a procura do desconhecido.

Onde você estiver, procure estar lá de verdade

Sei que acharão estranho estar em determinado lugar e ao mesmo tempo não estar, ou, muitas vezes, estar e não percebermos que não estamos. Louco isso, não?

Quantas vezes vamos a determinados lugares que preferíamos não ir, muitas vezes vamos contrariados, pela insistência dos amigos; lugares que não sabemos bem o porquê, mas nos sentimos mal desde o momento em que entramos e nos deparamos com pessoas que nada têm a ver com o nosso agir, nosso falar e nosso pensar.

Tenho certeza que você já se sentiu assim. Em uma reunião com velhos amigos, em uma festa acompanhando alguém, uma viagem que insistiram para que fosse, um aniversário de quem você nunca viu mais gordo, mas você foi para agradar terceiros, enfim... lugares e momentos que além de não nos dizerem nada, nada agregam à nossa vida. E, no dia seguinte, nos perguntamos - O que é que eu estava fazendo lá?
Mas eu lhe digo: na verdade, você não estava lá.

Pois é... muitas vezes o nosso espírito, o nosso eu interior, fala conosco através desses sentimentos de estranheza de repúdio, de incômodo, mas nunca damos ouvidos; ao contrário, procuramos insistir em momentos que a nada nos levam, a não ser a um sentimento de vazio interior.

Para estarmos felizes, onde quer que estejamos, precisamos antes de tudo estar por completo, em mente, corpo e alma e, definitivamente, estarmos lá de verdade.
Dou aqui como exemplo: o dia da nossa formatura, o dia em que nasceu o filho, o dia do primeiro beijo, momentos inesquecíveis que não irão se desmanchar com o passar do tempo, porque estávamos lá de verdade.

Fazemos tantas coisas de uma maneira mecânica, até para seguir determinadas convenções sociais, que não nos damos conta do tempo que desperdiçamos com bobagens e com tantas outras inutilidades em nossas vidas.

Eu tomei há muito tempo uma decisão em minha vida: Não vou mais a lugares onde não me sinta bem, onde não estarei lá de verdade, não mantenho nenhum tipo de amizade com quem nada me diz, e fujo dos espertalhões que em tudo querem levar vantagem.

Noto que hoje o mote das pessoas é se vangloriar de atitudes que ao meu modo de pensar não existe valor algum. Atitudes machistas, fúteis, mal educadas e desrespeitosas para com as pessoas, e vantajosas só para um lado.

Não freqüento mais a casa de pessoas invejosas e nem faço questão nenhuma que freqüentem a minha; pessoas que são interesseiras, que procuram sempre saber como você vai e não como você está.
Pessoas que querem saber com que carro você está andando, como vai a sua empresa; se você está ganhando dinheiro ou não; pessoas que não conseguem ser feliz com sua própria vida. Notei que se assim eu o fizer, não serei eu e, definitivamente, não estarei lá.

Portanto, eu sei que existem coisas que muitas vezes não dá para mudar, principalmente no mundo corporativo, onde as amizades são na maioria por interesse, mas posso mudar o meu interior e não ser mais um, nesse inconsciente coletivo, onde falsos valores misturam-se com verdadeiros e a palavra ética há muito ficou esquecida. Definitivamente, sei e escolho onde quero estar de verdade.

Pense nisso.


Nelson Sganzerla