Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

sábado, 13 de julho de 2013

Esta existência terrena se assemelha a uma viagem...

A primeira estação, a do embarque, é a mesma para todos, e se chama: Nascimento.

Quanto tempo durará essa viagem, qual a duração de uma vida, quem o saberá...?

Da mesma forma que bela, breve é a vida...

A última estação, a do desembarque, é a mesma para todos, e se chama: Eternidade...

O ingresso na Eternidade é um ato solitário...

Os jornais do mundo continuarão repletos de notícias, carros continuarão a cruzar avenidas e estradas, mas, para aqueles que adentra a Eternidade, já não terão a menor importância...

Desta existência terrena levaremos apenas aquilo que trazemos no coração.

Todo o resto não nos pertence de fato, sendo nos confiado por um breve intervalo de tempo...

Na hora da morte, teremos plena consciência do real valor de cada ato que praticamos...

Colhemos aquilo que plantamos, ações tem consequências...

O corpo físico se assemelha a uma gaiola, e a alma, a uma ave que nela habita.

Existe a matéria...e existe o espírito...

A matéria é limitada pelas leis do tempo e do espaço, pelo visível pelo findável, pelo finito...

O espírito pertence a um mundo sem fronteiras ou limitações, um mundo onde as aparências se desmancham , e as essências reveladas...

Durante um breve lapso de tempo, espírito e matéria dividem o mesmo palco, findo tal prazo, cada qual segue seu rumo...

O corpo material, o necessário abrigo do espírito, recolhe-se ao pó...enquanto que o espírito segue sua jornada pelos mundos invisíveis, eternos, celestiais.Purificar o coração, lapidar a alma, ser solidário, generoso, atento, desperto de modo a estar apto a deixar o palco da vida terrena, quando a hora final chegar, com a sensação de dever cumprido, com uma consciência tranquila...


Pense nisso!

A Pena do filme "Forrest Gump"

( extraído do texto:"A pena de Forrest Gump",
de Marco Antonio Spinelli-Psiquiatra e Psicoterapeuta)

- Vó?
- O que?
- Ontem eu vi de novo aquele filme que você gosta.
- Qual, minha querida?
- Aquele , daquele homem que é meio bobo e fica contando
histórias no ponto de ônibus...

- Ah, sei ... Forrest Gump...
- Isso.
- E você gostou do filme?
- Gostei, mas não entendi uma coisa...
- O que?
- Quando começa o filme, tem uma pena voando, que voa, voa, e cai no
colo do Forrest Gump.
Ele guarda "ela"no livro e começa a contar a história para
um monte de gente.
- Exato.

- Então, no final, ele abre o livro e ela sai voando outra vez.
Para que serve essa pena, heim, Vovó?
- Talvez você não tenha percebido minha linda, ele explica isso no final.

- Forrest Gump não é uma pessoa igual às outras:
ele tem uma inteligência limítrofe.
Não fale que ele é meio bobo que isso é muito feio.
Ele tem uma inteligência de uma criança de cinco anos,
por isso tem dificuldade de entender as coisas
como as outras pessoas.
Você quer saber por que a pena começa voando
até pousar no colo do Forrest Gump, e depois sai
voando de novo, não é?
- Isso.

- Então..., no final do filme, ele conta que na sua vida houve
duas pessoas que o influenciaram muito: uma foi a sua mãe,
a outra, seu amigo, que ele conheceu na guerra do Vietnã,
que é o tenente Dan.

A mãe ensinou para ele que ter uma deficiência não é
desculpa para desistir da vida.
Ela se recusou a colocá-lo em uma escola para deficientes,
e sempre empurrou o filho para frente, ensinou-o
a não se conformar com as suas próprias limitações.

Forrest foi para a escola, estudou, teve um problema
na coluna que o obrigou a usar aquele aparelho horrível,
você se lembra?
- Lembro sim.

- Tem uma cena que é a minha preferida , que é aquela em que os meninos valentões correm atrás dele numa caminhonete.
Eles querem caçoar dele e até machucá-lo, e a sua amiguinha grita:
- Corra, Forrest, corra !

E ele sai correndo, de aparelho e tudo, a caminhonete
atrás dele, os meninos caçoando..., e à medida que ele corria,
o aparelho vai caindo, pedaço por pedaço, e quanto mais
ele se livrava do aparelho ortopédico, mais rápido
ele conseguia correr, mais ele deslanchava, até entrar
correndo em um campo gramado e sumir ao longe,
deixando para trás os seus perseguidores...

- Vó?
- O que?
- Você está chorando?
- Não, ... é que eu esquecí de pingar o colírio
(falou isso enquanto enxugava algumas lágrimas).

- Por que você gosta tanto dessa cena, Vovó?

- Porque eu acho essa cena muito emocionante. Ela tem um significado maior
do que está na tela.
- Qual o significado?

- Na vida, a gente fica tentando endireitar tudo, e às vezes temos que passar muito, muito medo para podermos nos livrar de nossos aparelhos, de nossas muletas.

Forrest descobre que já está pronto, que pode correr como ninguém, e mais longe do que qualquer menino valentão e bobo que se acha grande coisa ...

Olhou para a neta, que a olhava fixamente.
- Vó?
- O que?
- É para isso que temos medo?
- Acho que sim.
- Temos medo para tirar as muletas?
- E os aparelhos. E ir para frente.
- Legal.

- Fala vovó..e a pena?
- É mesmo meu amor, já ía me esquecendo...

Eu te contei que a mãe de Forrest Gump o ensinou a nunca sentar sobre seus problemas, a nunca se intimidar com as suas dificuldades.
Ela ensinou pra ele que, na vida, Deus dá uma série de cartas para a gente jogar o jogo, e temos que aproveitar as nossas cartas do melhor jeito possível.

- E a pena?
- Já vai, já vai... a outra pessoa importante na vida de Forrest Gump é seu amigo,o tenente Dan, certo?
Juntos, eles foram para a guerra, tiveram um pesqueiro, montaram uma empresa e ficaram muito ricos.

E o tenente Dan ensinou que na vida, a gente é como uma peninha levada pelo vento, de um lado para outro, e nunca tem como descobrir para onde vai o sopro de Deus..., nunca a gente sabe para que lado vai a pena.

Fez um silêncio grave.
- Como assim?
- Quando você crescer, vai perceber como nosso destino é caprichoso, meu amor..

Um dia estamos aqui, outro dia estamos lá, como se tivesse alguém assoprando a vida pra lá e pra cá, pra lá e pra cá.

- Quer dizer que a gente não sabe para onde vai essa pena ?
- A gente não sabe... mas, quando você chegar na idade que chegou a Vovó , vai perceber os caminhos misteriosos que a pena toma no ar, até pousar, segura, no colo de Deus.

Mas isso a gente só descobre depois de passar muito tempo tentando
adivinhar.

- Vó?
- Oi?
- O que acontece quando a gente pára de tentar adivinhar
para onde vai essa pena?
- A gente se deixa levar pelo vento, minha querida.

A gente joga da melhor forma que puder, com o máximo de empenho, mas também respeita as linhas do vento.

- Gostou?
- Gostei, gostei muito... sabe, Vó, será que um dia esse vento vai te levar pra longe de mim?
- Não, meu anjo... por mais longe que vão nossas penas,
nosso coração vai estar sempre perto um do outro, tá bom?
- Tá bom.

Ficaram num silêncio de fim de conversa.
- Eu vou brincar um pouco, tá?
- Isso, vai brincar de Forrest Gump.
- Vou correr até cansar.
- Isso. Vai mesmo.


Mal conseguiu disfarçar a voz embargada de lágrimas.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Fingindo ser um “Buda”

Fingindo ser um “Buda”

“Quando todas as outras maneiras de lidar com situações difíceis falham, por que não fingir que você é um Buda?

Sente-se silenciosamente e deixe que a situação – inclusive as circunstâncias externas e suas próprias reações a ela – passem por você como uma onda. Sinta aquilo que estiver sentindo, mas não responda, de maneira alguma.

Em uma cena do filme ‘O Pequeno Buda’, visões sedutoras e imagens assustadoras de exércitos em ataque confrontam Keanu Reeves, mas ele não se move. Imite o artista. Esta técnica pode não ter uma sofisticação espiritual, mas pode ajudá-lo a passar por algumas situações difíceis sem piorá-las. Além disso, quem sabe? Se você imitar um Buda por muito tempo, poderá, de fato, se tornar um.”

Jonathan Landow – Stephan Bodian

Em “Buddhism for Dummies”