Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Ação e Reação Kármica: A visão da Umbanda


Ação e Reação Kármica: A visão da Umbanda

As Leis de Causa e Efeito têm sido muitas vezes mal interpretadas em muitos setores filo-religiosos.Alguns condicionam todas as graças ou infortúnios aos atos de divindades. Outros acreditam que recebemos nossos sucessos ou dificuldades como prêmios ou castigos por nossas ações passadas, sentindo suas reações de maneira semelhante à Lei de Talião. Há também os que atribuem ao acaso os eventos que vivenciamos, estes provavelmente encontram-se mais longe de expressar a realidade, levando-se em conta a recentemente desenvolvida teoria do Caos. Enfim, o homem vem tentando compreender as diferenças existentes entre as pessoas, de onde vem a sorte ou o azar, a relação entre destino e livre-arbítrio, sua origem e seu objetivo. A Umbanda permite todas a formas de compreensão destes fenômenos, conforme o entendimento individual, mas orienta para uma gradual compreensão da responsabilidade de cada um no seu destino.
Em linhas gerais, não podemos aceitar que as doenças que sofremos, as perdas que temos de suportar, as desigualdades sociais sejam todos obra do acaso; tampouco queremos crer que sejamos apenas bonecos do destino, submetidos à vontade de um ou vários deuses. Acreditamos no poder do livre arbítrio, na capacidade que temos de escolher o caminho a seguir; entretanto, nem sempre as coisas acontecem como planejamos. O que é isto que parece estar acima da nossa vontade e que nos influencia, como podemos controlar estas variáveis fora de nosso alcance?
Certamente, estamos submetidos a forças determinadas por um contexto no qual estamos inseridos, seja em nossa família, no bairro, no país ou no planeta. Tudo o que acontece em nossa vida, na sucessão de ações e reações ao longo do tempo, é consequência de um processo no qual estamos sempre intimamente envolvidos, como indivíduos isolados ou como integrantes de uma sociedade na qual sustentamos uma posição de maior ou menor responsabilidade, uns sobre os outros. Assim, pode-se dizer que cada um de nós possui um karma individual e um karma coletivo, este último subdivide-se em níveis correspondentes a grupos cada vez maiores, desde a família de casa até o karma de todo universo astral.
A questão fundamental para a compreensão do processo do Karma, em qualquer dos seus níveis de atuação, é a de que está diretamente relacionado com o conceito de Evolução. Esta é a pedra angular para o entendimento de todo o sistema. Ele não está para nos castigar, nem para nos trazer a experiência do sofrimento, por qualquer motivo que seja, didático ou não. As leis Divinas apenas garantem que estejamos evoluindo constantemente em todo o Universo, esta evolução dá-se no sentido da Matéria para o Espírito. Se caminhamos junto com este fluxo evolutivo, não sentiremos nada de negativo, mas se opomos às correntes do rio da vida, então sentimos seu poder vencendo nossa vontade. Ressaltamos que estar em concordância com este fluxo é participar ativamente, caminhando e dando sua própria energia para a formação do mesmo.
Para melhor entendermos este ponto de vista, digamos que caminhemos em uma estrada cujo fim nos conduz à libertação do Karma Constituído. Se seguirmos em linha reta, com a perseverança de continuar nesta estrada que se nos apresenta como uma subida, iremos bem, sem maiores comprometimentos. Entretanto, por estarmos com nossa visão embaçada, não enchergamos muito bem a estrada e, para que não nos desviemos do caminho, às margens das estradas são colocadas paredes que delimitam nosso campo de ação (há entidades no Plano Astral especializadas em estabelcer estes limites). Se não formos cuidadosos e não tatearmos o caminho poderemos nos chocar até violentamente contra as paredes. Receberemos um impacto de volta na mesma proporção da força que aplicamos no momento do choque, sofrendo seu danos .
Nesta situação podemos ter várias reações dos "viajantes" com olhos baços. Algum pode julgar-se trancado em um quarto, sentindo-se sufocado, passa a se debater contra a parede sem perceber o caminho, mas deverá se cansar e, aos poucos descobrirá a trilha. Outro, como embriagado, andará cambaleante, em zigue-zague, valendo-se das paredes laterais que ainda lhe "desferem" golpes para se manter no caminho; apesar dos ferimentos as paredes lhe são benéficas. Um terceiro, já enxergando algo, mas ainda vacilante, tateará levemente seus limites, tornando-os seu corrimão.
A tendência é que aos poucos todos vão enxergando cada vez melhor o caminho, a névoa de seus olhos lentamente se desfaz e mesmo a luminosidade da estrada vai aumentando. À medida que nos estabelecemos em uma rota segura, direcionada ao objetivo proposto, a Lei Kármica faz com que os limites das paredes vão-se alargando e podemos ter uma visão mais ampla de todo o panorama. Precisamente, à largura da estrada delimitada pelas paredes chamamos de livre-arbítrio. Quanto mais larga a estrada maior o livre arbítrio de seguir pelo meio, pelas laterais, em trajetória retilínea, em curvas, etc.
É claro que quem tem o maior livre arbítrio é quem melhor fará uso dele, pois não se desviará do caminho reto a não ser para ajudar os que estão à beira. A maioria de nós, que estamos de olhos fechados, achando tudo escuro, precisa realmente de paredes estreitas, para não nos desviarmos muito. Aos poucos a experiência nos fará mais hábeis e seremos mais livres. Infelizmente, ainda há os revoltados, que julgam que está tudo errado e querem deter o fluxo e derrubar as paredes. Com o tempo, sentir-se-ão solitários, vazios, sofridos e também se renderão às evidências.
Assim, segundo o que podemos revelar da Tradição de Umbanda no momento, entendemos que o Karma não é uma Lei de punição ou prêmio, que o aperfeiçoamento contínuo é a meta, o sofrimento é uma ilusão decorrente da nossa interpretação dos fatos naturais, as Hierarquias Divinas têm os Guardiães dos Limites que determinam o livre arbítrio relativo segundo a Justiça e executam as reações kármicas; nossa parede mais estreita, nosso maior limitador consciencial é o corpo que apesar de abençoado intrumento é apenas uma etapa a vencer e devemos nos perguntar por que ainda nos demoramos tanto....

A vida é um eterno aprendizado.


A VIDA É UM ETERNO APRENDIZADO

“Nunca critiqueis para que não sejais criticados”.

Essa é uma das frases mais verdadeiras que eu conheço, pois quem somos nós meros turistas nesse planeta TERRA para criticarmos?
Somos aqui, apenas tutaméias, que viajam sobre esse maravilhoso planeta com um único objetivo o de aprender, nos lapidarmos, pois a vida é efêmera, semelhante a fumaça de um cigarro, em minutos se esvai.
Somos aprendizes da humildade, da benevolência e da caridade.
Tão pobres aqueles que possuem em seus corações a inveja e a maldade!
São infelizes! ... Amargos, suas feições trazem a marca da mágoa, pois essas são as sementes que plantam, mas com eles também aprendemos a nunca usarmos máscaras, pois esses são similadores e por vezes se passam por benevolentes e são apenas seres inclementes.
Através de eneagramas, analisamos os protótipos do ser humano, porém o ser humano difere substancialmente um do outro de acordo com a sua tipologia.
Nós escolhemos ser BONS ou MAUS, em todos os sentidos de nossas vidas, portanto, Deus ou Alah, nos deu a liberdade de arbítreo. Nos deu multiplicidade de escolhas para que nós fizéssemos nossa caminhada nesse plano, plantando sementes, aprendendo com nossos semelhantes, com os animais e com a natureza tão sábia.
Se em nossas vidas surgem bons e maus momentos, devemos agradecer, pois a vida é um eterno aprender!

Debby Rahal

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Você é uma pessoa espiritualizada? Descubra


Você é uma pessoa espiritualizada? Descubra
por Patricia Gebrim

Eu olho para o mundo à minha volta e me pergunto:
- O que seria de mim se eu não tivesse um lado espiritual?

Como eu seria capaz de viver em um mundo que vem se tornando mais e mais quente a cada ano, um mundo à beira de um colapso? Como lidar com a face negra do ser humano, que vez ou outra ainda é capaz de nos surpreender por sua criativa bestialidade? Como lidar com as pequenas dores do dia-a-dia, com as crianças abandonadas, com aquele homem deitado na rua, com os ursos que já não tem focas para comer, com os momentos de falta de amor no seio de minha própria família?
Acreditem... espiritualidade, em minha vida, é tão importante quanto o ar que anima cada célula deste meu corpo tão frágil e mortal. Sendo assim,impossível resistir ao apelo de falar sobre isso com você.
Agora mesmo estou imaginando você, lendo estas linhas aí do outro lado docomputador. Você, Sergio, Joana, Hélio, Daniela, Marcos, Marcelo, Carla, Kátia, Pedro, Maria, José. Você, cujo nome não importa, mas que como eu vive em meio a tantos desafios. Você, que passa por suas dores, que sofre perdas.
Você, cujo coração, como o meu, fica apertado de vez em quando.
Você que, como eu, sente medo de não ser capaz de sobreviver em um mundo tão assustador, embora tantas vezes fuja dessa sensação inebriando-se. Para não sentir esse medo, muitas vezes você anestesia a si mesmo. Você faz isso mergulhando no seu trabalho, nos seus hobbies, nos esportes, na comida, na bebida, nas drogas, nas baladas, nos relacionamentos, no sexo. Mergulhandonas ilusões. Dormindo. Assistindo televisão.
Eu também faço isso de vez em quando, não ache que estou livre! Sou humana,como você.
"Chamo de espiritualizada uma pessoa que procura agir com ética e bom senso,dando o melhor de si, visando o bem do todo" Falar em espiritualidade, no entanto, requer certo cuidado. Não estou falando de “religiosidade”.
Espiritualidade, no sentido em que estou empregando a palavra, pode aplicar-se até mesmo a uma pessoa cética. Uma pessoa espiritual, em minha forma de ver, é uma pessoa que percebe-se conectada a tudo o que existe, uma pessoa que percebe as infinitas cadeias de inter-relação que compõem a teia da vida. Uma pessoa que sabe que eu e você, que me lê aí do outro lado desta tela, estamos conectados em algum nível, a vida de um afetando a vida dooutro.

Para ser bem simples: chamo de espiritualizada uma pessoa que procura agir com ética e bom senso, dando o melhor de si, visando o bem do todo. Uma pessoa assim espiritualizada sabe que não basta ter uma residência cheia de grades, um automóvel blindado, uma ilha separada e protegida do resto do mundo para ser feliz. Mesmo que conseguíssemos criar um lugar assim, o que apagaria de nossas mentes e de nossos corações o fato de sabermos que existem tantas pessoas sofrendo lá fora? Talvez possamos anestesiar nossas mentes e congelar nossos corações, mas será que conseguiremos ser felizes assim?
A espiritualidade nos impede de negar o que acontece ao nosso redor, é verdade.
Na medida em que nos sentimos em unidade com tudo o que existe, em que nos sentimos parte da humanidade, também nos sentimos co-responsáveis pela criação do panorama que vemos ao nosso redor. Nos sentimos co-responsáveis pela destruição, pelas guerras, pelo cinza das cidades, pela dor das crianças. E isso dói, eu sei.
Dói lá no fundo do nosso ser!
Mas só ao sermos capazes de suportar essa dor, só ao nos percebermos como parte daquilo que a vem criando, só então seremos capazes de perceber a nósmesmos também como agentes de cura.
A espiritualidade em mim é também a cura. É o que me abraça quando o ar falta em meus pulmões, quando a tristeza visita meu peito, quando o panorama ensombrece meu coração. A espiritualidade em mim é o que me dá força para, apesar de tudo isso, ser capaz de admirar a beleza do nascer do sol a cada dia. A espiritualidade em mim é que sopra palavras em meu ouvidos, e me faz pensar que dividi-las com você pode fazer alguma diferença.
É a espiritualidade em mim, também, que algumas vezes me eleva, no meio de todo esse caos, me conecta a um lugar da mais profunda paz e me faz sentir que existe um sentido oculto para cada pequeno movimento que ocorra no Universo. E de repente, de maneira surpreendente, só existe esse sentimento de gratidão transbordando de meus dedos, escorrendo em sua direção, agora mesmo. Esse sentimento de que tudo está bem, e que estamos em meio a uma onda de despertar coletivo, e que em breve seremos capazes de nos dar as mãos, em uma grande roda, curando assim todas as nossas aflições.
Mas, não se esqueçam de que sou psicóloga, e que essa é a “minha” forma de ser espiritual. Diferente da forma de um pescador, que agora mesmo está pescando em uma pequena aldeia. Diferente da forma de um político influente votando um projeto de lei. Diferente da “sua” forma, com a vida que você construiu ao seu redor.
Cada um de nós, com suas próprias crenças, em sua própria realidade, pode ser espiritual. Podemos ser éticos, expressar a nossa forma única de ser e procurar nortear nossas ações de forma a beneficiar não só a nós mesmos, mas também as outras pessoas. Se você for capaz de fazer isso, da “sua” própria forma, e prestar atenção ao que isso faz você sentir, compreenderá o que digo e sentirá as bençãos da espiritualidade se derramando, a todo momento, sobre você.
Encontre a sua forma de viver a espiritualidade em sua vida. Todos nós
precisamos de você.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Os Trabalhadores da Luz - 1a parte.


A identidade dos Trabalhadores da Luz

Os Trabalhadores da Luz são almas que possuem o forte desejo interior de difundir Luz (conhecimento, liberdade e amor) sobre a Terra. Sentem isso como sua missão. Freqüentemente vêem-se atraídos para a espiritualidade e para algum tipo de trabalho terapêutico.

Por causa de seu profundo sentimento de missão, os Trabalhadores da Luz sentem-se diferentes de outras pessoas. Ao experimentar diferentes espécies de obstáculos em seus caminhos, a vida os estimula a encontrar seu próprio, único caminho. Os Trabalhadores da Luz quase sempre são indivíduos solitários que não se adaptam a estruturas sociais estabelecidas.

Uma observação sobre o conceito de 'trabalhador da luz'
A expressão "trabalhador da luz" pode provocar mal-entendidos, já que diferencia um grupo particular de almas, do resto. Além disso, pode chegar a sugerir que este grupo particular é de algum modo superior aos outros, por exemplo, àqueles 'não trabalhadores da luz'. Esta linha de pensamento não está de acordo com a verdadeira natureza e objetivo do trabalho da luz.

Permita-nos estabelecer brevemente o que está mal nisso.

Primeiro, as pretensões de superioridade geralmente não são iluminadas. Elas bloqueiam seu crescimento para uma livre e amorosa consciência.

Segundo, os Trabalhadores da Luz não são 'melhores' ou 'superiores' a qualquer outro. Eles simplesmente têm uma história diferente daquela dos outros que não pertencem a este grupo. Graças a esta historia peculiar, que discutiremos mais adiante, eles têm certas características psicológicas que os distinguem como um grupo.

Terceiro, toda alma chega a ser um trabalhador da luz em determinada etapa de seu desenvolvimento. Portanto, a qualificação 'trabalhador da luz' (lightworker) não está reservada para um número limitado de almas.
A razão pela qual utilizamos a frase 'trabalhador da luz' (lightworker) (apesar dos possíveis mal-entendidos) é porque ela traz associações e remove memórias dentro de vocês que os ajuda a recordar. Também há uma conveniência prática nela, já que este termo é freqüentemente usado em sua literatura espiritual corrente.

Raízes históricas dos Trabalhadores da Luz

Os trabalhadores da Luz trazem consigo a habilidade de alcançar o despertar espiritual mais rapidamente que outras pessoas. Eles levam sementes internas para um rápido despertar espiritual e, por causa disso, parecem estar em uma via mais rápida que a maioria das pessoas, se assim o quiserem. Isto, mais uma vez, não é porque os trabalhadores da luz sejam de algum modo almas 'melhores' ou 'superiores'. Porém, são mais velhos que a maioria das almas encarnadas na Terra atualmente. Esta idade mais velha deve ser preferentemente entendida em termos de 'experiência', mais que 'tempo'.
Os trabalhadores da luz alcançaram um estágio particular de iluminação, antes de encarnarem na Terra e começarem sua missão. Conscientemente escolheram estar envolvidos na 'roda kármica da vida' e experimentar todas as formas de confusão e ilusão que existem nela.
Fizeram isto para compreender completamente 'a experiência da Terra', o que lhes permitirá cumprir sua missão. Só passando eles mesmos por todos os estados de ignorância e ilusão, possuirão finalmente as ferramentas para ajudar os outros a alcançar um estado de verdadeira felicidade e iluminação.
Por que os trabalhadores da luz seguem esta genuína missão de ajudar à humanidade, correndo o risco, deste modo, de perder-se eles mesmos por anos na densidade e confusão da vida terrestre? Esta é uma pergunta que responderemos extensamente mais adiante. Agora, diremos apenas que isto tem de ver com um tipo de karma galáctico
Os trabalhadores da luz presenciaram a véspera do nascimento da humanidade na Terra. Eles fizeram parte da criação do homem. Foram CO-criadores da humanidade. No processo de criação, tomaram decisões e atuaram de modo a ter mais tarde profundos remorsos. Eles estão aqui agora para ressarcir suas decisões de então.
Antes de entrar nesta historia, citaremos algumas características das almas trabalhadoras da luz, que geralmente as distinguem de outras pessoas. Estes traços psicológicos não pertencem exclusivamente aos trabalhadores da luz e nem todos os trabalhadores da luz reconhecerão a si mesmos como tais. Ao detalhar esta lista, simplesmente queremos dar um perfil à identidade psicológica dos trabalhadores da luz. Ao considerar as características, o comportamento exterior é menos importante que as motivações internas ou intenções sentidas. O que vocês sentem por dentro é mais importante do que mostram.

Características psicológicas dos Trabalhadores da Luz

- Desde cedo em suas vidas, sentem que são diferentes. Quase sempre, sentem-se isolados dos outros, solitários e incompreendidos. Freqüentemente tornam-se individualistas e têm de encontrar seus únicos próprios caminhos na vida.
- Têm dificuldade em sentir-se satisfeito fazendo trabalhos tradicionais e/ou trabalhando em estruturas organizativas.
Os trabalhadores da luz são naturalmente antiautoritários, o que significa resistirem naturalmente às decisões ou valores apoiados somente em poder ou hierarquia. Este traço de antiautoritarismo está presente mesmo entre os que são tímidos e envergonhados. Isto está conectado à verdadeira essência de sua missão aqui na Terra.
- Os trabalhadores da luz se sentem atraídos a ajudar as pessoas, seja como terapeuta ou como professor. Podem ser psicólogos, curadores, professores, enfermeiros, etc. Se sua profissão não estiver diretamente relacionada a ajudar as pessoas, suas intenções de contribuir para o bem-estar da humanidade estão claramente presentes.
- Sua visão de vida está matizada por um sentido espiritual de como todas as coisas estão relacionadas umas com outras. Consciente ou inconscientemente levam dentro deles memórias de esferas de luz não terrestres. Podem - ocasionalmente - sentir saudade dessas esferas e sentir-se como um estranho na Terra.
- Honram e respeitam a vida profundamente, o que freqüentemente se manifesta como afeição pelos animais e preocupação com meio ambiente. A destruição de partes do reino animal ou vegetal na Terra pelos atos do homem evoca neles profundos sentimentos de perda e aflição.
- São bondosos, sensíveis e empáticos. Podem sentir-se incômodos ao defrontar-se com um comportamento agressivo e geralmente experimentam dificuldades em defender-se. Podem ser distraídos, ingênuos ou profundamente idealistas, assim como também não estar suficientemente enraizados, por ex., não ter os pés na terra. Por facilmente captarem sentimentos e humores (negativos) das pessoas que os rodeiam, é importante para eles estarem a sós um tempo regularmente. Isto lhes permite distinguir entre seus próprios sentimentos e os das outras pessoas. Necessitam de momentos de solidão para recuperar a própria base e estar com a mãe Terra.
- Viveram muitas vidas na Terra nas quais estiveram profundamente envolvidos com a espiritualidade e/ou religião. Serviram, no passado, em grande número, nas velhas ordens religiosas, como monges, monjas, ermitães, psíquicos, bruxas, xamãs, sacerdotes, sacerdotisas, etc. Foram os que construíram uma ponte entre o visível e o invisível, entre o contexto diário da vida terrestre e os reinos misteriosos, de Deus e os espíritos do bem e do mal. Por cumprir este papel, freqüentemente foram renegados e perseguidos.
Muitos de vocês foram sentenciados e mortos pelos dons que possuíam. Os traumas das perseguições deixaram profundas marcas dentro da memória de suas almas. Isso pode manifestar-se atualmente como medo de estar completamente enraizado, por ex., medo de estar realmente presente, porque se recordam de ser brutalmente atacados por ser quem eram.

Perder-se: o perigo dos trabalhadores da luz

Os trabalhadores da luz podem estar presos nos mesmos estados de ignorância e ilusão, como qualquer outro.
Embora comecem de um ponto de partida diferente, a capacidade deles para romper o medo e a ilusão com o propósito de alcançar a iluminação pode ser bloqueada por muitos fatores. (Por iluminação queremos dizer o estado do ser no qual vocês compreendem que são essencialmente de Luz, capazes de escolher a luz em qualquer momento).

Um dos fatores que se encontram interrompendo o caminho da iluminação para os trabalhadores da luz é o fato de que eles têm uma pesada carga kármica, que às vezes pode levá-los a extraviar-se por bastante tempo. Como esclarecemos antes, esta carga kármica está relacionada com decisões que eles alguma vez tomaram com relação à humanidade em suas etapas iniciais. Foram decisões essencialmente desrespeitosas à vida (falaremos disto depois neste capítulo). Todos os trabalhadores da luz, que vivem agora, desejam corrigir alguns de seus enganos passados e recuperar e apreciar o que foi destruído por causa disso.

Quando os trabalhadores da luz completarem seu caminho através da carga kármica, isto é liberar qualquer tipo de necessidade de poder, compreenderão que são essencialmente seres de luz. Isso lhes permitirá ajudar outras pessoas a achar seu próprio verdadeiro ser. Mas antes devem eles mesmos passar por esse processo o que geralmente exige grande determinação e perseverança no nível interno.
Por causa dos valores e julgamentos neles incutidos pela sociedade, que freqüentemente vão contra seus próprios impulsos naturais, muitos trabalhadores da luz se perderam, terminando em estados de desconfiança em si mesmos, abnegação e inclusive depressão e desesperança. Isto porque não se adaptam à ordem estabelecida das coisas e concluem que algo deve estar terrivelmente mal com eles.

O que os trabalhadores da luz têm que fazer quando chegarem a esse ponto é deixar de procurar seu valor externamente, através de pais, amigos ou da sociedade. Em algum momento, vocês (quem estiver lendo isto) terão que dar o salto à verdadeira habilitação, o qual significa realmente acreditar em vocês mesmos e verdadeiramente honrar suas inclinações naturais e seu conhecimento interior, e atuar apoiando-se neles.
Nós os convidamos a fazer isso e lhes asseguramos estar com vocês em cada etapa do caminho - exatamente como vocês, em um futuro não distante, estarão aí para ajudar outros em seu caminho.

Os Trabalhadores da Luz - 2a parte


O nascimento da alma

As almas dos trabalhadores da luz nasceram muito antes que surgissem a Terra e a humanidade.
As almas nascem por levas. Em certo sentido as almas são eternas, sem começo e sem fim. Mas, em outro sentido, elas nascem em um certo ponto, quando suas consciências alcançam um sentido de individualidade própria. Antes desse ponto, elas já estão aí, como uma possibilidade. Ainda não há consciência de ‘eu’ e ‘outro’.
A consciência do ‘eu’ aparece quando, de algum modo, se faz uma linha de demarcação entre grupos de energias. Temos de voltar para as metáforas para poder explicar isto.
Pensem por um momento no oceano e imaginem que ele é um enorme campo de energias fluindo: correntes que se mesclam e se separam constantemente. Imaginem que uma consciência difusa se estende por todo o oceano. Chamem de oceano espiritual se o preferirem.

Depois de um tempo, em certos lugares do oceano emergem concentrações de consciência. A consciência aqui está mais focalizada, menos difusa no seu entorno direto. Em todo o oceano, há uma diferenciação progressiva que leva ao desenvolvimento de formas transparentes. Essas formas, que são pontos focalizados de consciência, movem-se independentemente do entorno. Experimentam a si mesmas como formas diferentes do oceano (espírito).
O que ocorre aqui é o nascimento de um sentido rudimentar de si mesmo ou da própria consciência.
Por que os pontos focalizados de consciência emergem em algumas partes do oceano mais que em outras? Isto é muito difícil de explicar. Podem sentir, de todos os modos, que há algo muito natural nesse procedimento? Quando atiram sementes sobre a terra, notarão que as pequenas plantas que brotarem, crescerão cada uma no seu próprio ritmo. Uma não crescerá tão grande ou tão facilmente como outra. Algumas não crescerão de jeito nenhum. Há diferenciação através do campo. Por que? A energia do oceano (o oceano espiritual) intuitivamente procura a melhor expressão possível para todas suas múltiplas correntes ou camadas de consciência.

Durante a formação de pontos individuais de consciência no oceano, há um poder externo que trabalha sobre o oceano, ou isso é o que parece. Esse é o poder da divina inspiração que pode ser concebido como o ‘aspecto masculino’ daquele que criou vocês. Enquanto o oceano representa o ‘lado feminino’, receptivo, o aspecto masculino pode ser visualizado como raios de luz, derrubando-se no oceano, que incrementa o processo de diferenciação e de separação em massas individuais de consciência. Eles são como os raios de sol que enfraquecem o solo.
O oceano e os raios de luz juntos formam uma entidade ou ser que pode ser chamado de ‘arcanjo’. É uma energia arquetípica com ambos os aspectos masculino e feminino e é uma energia angélica que se manifesta ou expressa a si mesma em vocês. Voltaremos com a noção de arcanjo mais adiante.
Logo depois que a alma nasce, como uma unidade individual de consciência, lentamente abandona o estado de unidade oceânica que foi seu lar por muito tempo. Ela é cada vez mais consciente de estar separada e de si mesma.

Com essa consciência, aparece pela primeira vez em seu ser uma sensação de perda ou ausência.
Quando ela se lançar em seu caminho de exploração como uma entidade individual, carregará consigo um certo desejo pela totalidade, um desejo de pertencer a algo maior que ela mesma. Bem no fundo, ela manterá a memória de um estado de consciência no qual tudo é ‘um’, no qual não existe ‘eu’ e ‘outro’. Isto é o que ela considera o ‘lar’: um estado de estática unidade, um lugar de completa segurança e fluidez.
Com esta memória ‘guardada na mente’, ela começa sua viagem através da realidade, através de incontáveis campos de experiência e exploração interna. A nova alma é impulsionada pela curiosidade e tem uma grande necessidade de experiência. Esse é o elemento ausente no estado oceânico de unidade. Agora a alma é capaz de explorar livremente tudo o que deseja.

É livre para procurar a totalidade de todas as maneiras possíveis.
Dentro do universo há incontáveis planos de realidade para explorar. A Terra é simplesmente um deles, um que surgiu relativamente tarde, falando em uma escala cósmica. Os planos da realidade, ou dimensões, sempre se originam por necessidades interiores ou desejos. Como todas as criações, são as manifestações de visões internas e considerações. A Terra foi criada de um desejo interno de colocar juntos elementos de diferentes realidades que colidiram uns com outros. Quis-se que a Terra fosse um crisol de fusão para um grande conjunto de influências. Explicaremos isto mais abaixo. Agora é suficiente dizer que a Terra chegou relativamente tarde na etapa cósmica e que muitas almas viveram muitas vidas de exploração e desenvolvimento em outros planos de realidade (planetas, dimensões, sistemas estelares, etc.), antes que a Terra nascesse.

Os trabalhadores da luz são almas que viveram muitas, muitas vidas nesses outros planetas, antes de encarnarem alguma vez na Terra. Isso é o que os distingue das ‘almas terrestres’, como poderíamos chamá-las por conveniência.
As almas terrestres são almas que encarnaram em corpos físicos na Terra relativamente cedo em seu desenvolvimento como unidades individualizadas de consciência. Poder-se-ia dizer que elas começaram seu ciclo de vidas terrestres, quando suas almas estavam em suas etapas infantis. Naquele tempo, os trabalhadores da luz eram almas ‘crescidas’. Já haviam passado por muitas experiências e o tipo de relação que compartilharam com as almas terrestres pode ser comparado àquela de pais e filhos.

O desenvolvimento de vida e consciência na Terra

Na Terra, a evolução das formas de vida esteve estreitamente entrelaçada com o desenvolvimento interior das almas terrestres. Embora nenhuma alma esteja ligada a um planeta em particular, poder-se-ia dizer que as almas terrestres são os nativos de seu planeta. Isso porque seu crescimento e expansão coincidem amplamente com a proliferação de formas de vida na Terra.

Quando nascem unidades individuais de consciência, elas são similares a simples células físicas, tanto em estrutura como em possibilidade. Do mesmo modo que as células têm uma estrutura relativamente simples, os movimentos internos de uma consciência recém-nascida são transparentes. Não se estabeleceu muita diferenciação ainda. Há um mundo de possibilidades a seus pés (tanto física como espiritualmente). O desenvolvimento de uma forma recém-nascida de consciência para um tipo de consciência que é introspectiva e capaz de observar e reagir a seu meio ambiente pode ser grosseiramente comparado ao desenvolvimento de um organismo unicelular para um organismo vivo complexo que interage com seu meio ambiente de múltiplas maneiras.
Estamos aqui comparando o desenvolvimento de almas conscientes com o desenvolvimento biológico da vida e não o fazemos somente para usar uma metáfora.

Na realidade, o desenvolvimento biológico da vida como acontece na Terra deve ser visto como uma necessidade espiritual de exploração e experiência por parte das almas terrestres. Esta necessidade ou desejo de exploração provocou a existência de rica variedade de formas de vida na Terra. Como temos dito, a criação é sempre o resultado de um movimento interno de consciência.
Embora a teoria da evolução, como atualmente é aceita por sua ciência, em certo sentido descreva corretamente o desenvolvimento de formas de vida em seu planeta, não contempla absolutamente o impulso interno, o motor ‘oculto’ detrás desse profundo processo criativo.

A proliferação de formas de vida na Terra deveu-se a movimentos internos em nível de alma. Como sempre, o espírito precede e cria a matéria.
No início, as almas terrestres encarnaram nas formas físicas que melhor se adaptavam a seu ainda rudimentar sentido de si mesmo: organismos unicelulares. Depois de um período de aquisição de experiência e integrando isto com sua consciência, apareceu uma necessidade de meios mais complexos de expressão física. Assim, formas de vida mais complexas foram impulsionadas a existir. A consciência cria a forma física em resposta a necessidades interiores e desejos das almas terrestres, cuja consciência coletiva habitou primeiro a Terra.

A formação de novas espécies e a encarnação de almas terrestres em membros individuais daquelas espécies significa uma grande experiência de vida e consciência. Embora a evolução seja dirigida pela consciência (e não por acidente e incidente), esta não segue uma linha predeterminada de desenvolvimento. Isso porque a consciência é livre e imprevisível.
As almas terrestres experimentaram toda classe de formas animais de vida. Habitaram vários tipos de corpos físicos no reino animal, mas nem todas elas experimentaram a mesma linha de desenvolvimento.
O caminho de desenvolvimento da alma é muito mais fantástico e aventureiro do que vocês supõem. Não há leis acima ou fora de vocês. Vocês são a lei para vocês. Assim, por exemplo, se vocês decidem experimentar as formas de vida partindo de um macaco, vocês podem em algum momento encontrar-se vivendo em um corpo de macaco, desde o nascimento ou como um visitante temporário. A alma, especialmente a alma jovem, implora por experiência e por expressão. Isso a incita a explorar a diversidade das formas de vida que emergem na Terra.

Dentro desse grande experimento de vida, o surgimento da forma de vida humana marcou o começo de uma importante etapa dentro do desenvolvimento da consciência de alma na Terra. Antes de explicar isso detalhadamente, discutiremos os estágios do desenvolvimento interior da alma.

Desenvolvimento da consciência: etapa infantil, maturidade, velhice.

Se observarmos o desenvolvimento da consciência da alma logo depois de nascer, como uma unidade individual, ela passa rudemente por três etapas internas. Estas etapas são independentes do plano particular de realidade (planeta, dimensão, sistema estelar) que a consciência escolhe para povoar ou experimentar.

1) A etapa da inocência (‘paraíso’)
2) A etapa do ego (‘pecado’)
3) A etapa da ‘segunda inocência’ (‘iluminação’)

Essas etapas poderiam ser comparadas metaforicamente a infância, maturidade e velhice.
Logo depois de nascerem como unidades individuais de consciência, as almas deixam a etapa oceânica de unidade, a qual recordam como ditosa e completamente segura. Em seguida, vão explorar a realidade de uma maneira completamente nova. Lentamente se tornam mais conscientes delas mesmas e de como são únicas em comparação a seus companheiros de viagem. Nesta etapa, são muito receptivas e sensíveis, como uma criança pequena que observa o mundo com grandes olhos abertos, expressando curiosidade e inocência.

Essa etapa pode ser chamada paradisíaca, já que a experiência de unidade e segurança ainda está fresca na memória da alma recém-nascida. Ainda estão perto do lar; ainda não reivindicam seu direito de ser quem são.
À medida que a viagem continua, isto é, à medida que elas se introduzem em distintos tipos de experiência, a memória do lar se desvanece. Tudo é novo no começo e tudo é absorvido incondicionalmente na etapa da infância. Uma nova etapa começa quando a jovem alma começa a sentir-se como o ponto focal de seu mundo. Então realmente começa a dar-se conta que existe tal coisa como ‘eu’ e ‘outro’. Começa a experimentar como pode influenciar seu meio ambiente ao atuar sobre ele.

A verdadeira noção de fazer algo que surge de sua própria consciência é nova. Antes, era mais ou menos uma percepção passiva do que fluía. Agora, há dentro da alma uma noção crescente de seu poder para exercer influência naquilo que experimenta.
Esse é o começo da etapa do ego. O ego originalmente representa a habilidade de usar sua vontade para afetar o meio externo.
Por favor, notem que a função original do ego é simplesmente o que permite à alma sentir-se completamente uma entidade separada. Isto é um desenvolvimento natural e positivo dentro da evolução da alma. O ego não é ‘mau’ em si mesmo.

Entretanto, tende a ser expansivo e agressivo. Quando a nova alma descobre sua habilidade para influenciar seu meio ambiente, ‘apaixona-se pelo ego’. Bem no profundo, ainda existe uma dolorosa memória na alma, agora amadurecida, que lhe recorda o lar, que lhe recorda o paraíso perdido. O ego parece sustentar uma resposta a esta dor, a esta saudade. Parece que ele permite à alma obter ativamente um controle sobre a realidade. Intoxica a alma ainda jovem com a ilusão de poder.
Se alguma vez houve uma queda da harmonia ou uma ‘queda do paraíso’, aconteceu com a jovem consciência da alma voltando-se enfeitiçada pela possibilidade do ego, pela promessa de poder. De todo o modo, o verdadeiro propósito da consciência nascida como alma individual é explorar, experimentar tudo o que há, tanto o paraíso como o inferno, tanto a inocência como o ‘pecado’. Portanto, a queda do paraíso não foi uma ‘mudança equivocada’. Não existe culpa ligada a isto, a menos que vocês assim acreditem. Ninguém os culpa, além de vocês mesmos.

Quando a alma jovem amadurece, há uma mudança no modo ‘centrado em mim’ de observar e experimentar as coisas. A ‘ilusão de poder’ realça a separação entre as almas, em lugar de conectá-las. Por causa disso, estabelecem-se dentro da alma a solidão e um sentido de alienação. Embora não seja realmente consciente disso, a alma começa uma luta, uma batalha por poder. O poder parece ser a única coisa que alivia a mente – por um tempo.
Mais acima, distinguimos uma terceira etapa no desenvolvimento da consciência da alma: a etapa da iluminação, ‘segunda inocência’ ou velhice. Teremos muito para dizer a respeito desta etapa e em particular a respeito da transição da segunda para a terceira etapa, numa próxima mensagem. (Do ego ao coração – a ser publicada em seguida).

Agora, retornaremos à nossa história das almas terrestres e esclareceremos como o despertar da etapa do ego se encaixa com a aparição do homem na Terra.
As almas terrestres entrando na etapa do ego; a aparição do homem na Terra.
A etapa na qual as almas terrestres exploraram a vida vegetal e animal coincidiu com a etapa da inocência ou paraíso nos níveis internos. A vida floresceu na Terra, sob a orientação e amparo de seres espirituais dos reinos angélicos e dos devas. (Os Devas trabalham no nível etéreo de um modo mais próximo ao mundo físico que os anjos).

Os corpos etéreos de plantas e animais foram incondicionalmente receptivos ao cuidado e às nutritivas energias maternais dos reinos angélicos e dos Devas. Não tiveram inclinações de escapar ou ir-se e encontrar seu próprio modo de fazer as coisas... Ainda existia um grande sentido de unidade e harmonia entre todos os seres viventes.
O surgimento do homem macaco, entretanto, marcou um ponto de transformação no desenvolvimento da consciência. Essencialmente, ao caminhar ereto e através do desenvolvimento do cérebro, a consciência que residia no homem macaco obteve um maior domínio sobre o meio ambiente. A consciência, encarnada no antropóide, começou a experimentar como era ter mais controle sobre seu entorno direto. Começou a descobrir seu próprio poder, sua própria habilidade de influenciar seu meio ambiente.

Começou a explorar o livre-arbítrio.

Este desenvolvimento não foi fortuito. Foi uma resposta a uma necessidade interior sentida pelas almas terrestres, uma necessidade de explorar a individualidade em níveis mais profundos que anteriormente. O crescente auto conhecimento das almas terrestres estabeleceu a etapa para a aparição do homem em termos biológicos, o ser humano que conhecemos.
Quando as almas terrestres ficaram prontas para entrar na etapa do ego, a criação do homem permitiu a estas almas experimentar uma forma de vida com livre-arbítrio. Isso também dotou as consciências encarnadas com uma maior consciência do ‘eu’ como oposto ao ‘outro’. Com isso, estabeleceu-se a etapa para possíveis conflitos entre ‘meu interesse’ e ‘seu interesse’, ‘meu desejo’ e ‘seu desejo’. O individual escapou da unidade manifesta, da ordem natural de ‘dar e tomar’, para descobrir que outros caminhos estavam disponíveis. Isso marcou o ‘fim do paraíso’ na Terra.
Pedimos que considerem isso não como um evento trágico, mas como um processo natural (como as estações do ano). Foi uma mudança natural de eventos que finalmente lhes permitiu (nestes dias e época) equilibrar divindade e individualidade dentro de seu ser.

Quando a consciência da alma terrestre entrou na etapa do ego e começou a explorar ‘ser humano’, as influências dos devas e angélicas lentamente se retiraram. A verdadeira natureza dessas forças é respeitar o livre-arbítrio de todas as energias que encontram. Nunca exercerão sua influência sem convite. Portanto, as consciências do ego tiveram um livre reinado e as almas terrestres passaram a conhecer todos os golpes e inconvenientes do poder. Isso também afetou o reino vegetal e animal. Poder-se-ia dizer que a emergente energia guerreira foi parcialmente absorvida por esses reinos não humanos, o que criou um certo distúrbio dentro deles. Isso ainda está presente hoje em dia.

Quando as almas terrestres desejaram novas experiências, isto também as fez receptivas a novas influências externas. Aqui, queremos chamar a atenção especialmente para tipos de influência extraterrestre, galáctica, as quais muito afetaram as amadurecidas, mas ainda jovens, almas terrestres. É neste ponto de nossa história, que as almas, às quais denominamos trabalhadores da luz, entraram em cena.

Influências galácticas sobre o homem e a Terra

Por influências galácticas ou extraterrestres, entendemos as influências de energias coletivas associadas a certos sistemas estelares, estrelas ou planetas. No universo, há muitos níveis ou dimensões de existência. Um planeta ou estrela pode existir em várias dimensões, estendendo-se das dimensões materiais até as mais etéreas. Em geral, as comunidades galácticas que influenciaram as almas terrestres existiram em uma realidade menos ‘densa’ ou material que aquela na qual vocês existem na Terra.
Os reinos galácticos estiveram habitados por almas amadurecidas que nasceram muito antes que as almas terrestres que estavam nos começos de sua etapa do ego.
Quando a Terra tornou-se habitada por toda forma de vida, e finalmente pelo homem, os reinos extraterrestres observaram este desenvolvimento com grande interesse. A diversidade e abundância de formas de vida chamaram sua atenção. Sentiram que algo especial estava ocorrendo aqui.

Entre as diferentes comunidades galácticas, ocorreram muitas lutas e batalhas por muito tempo. Isso foi, em certo sentido, um fenômeno natural, já que a consciência das almas acarreta necessidade de batalha para descobrir tudo a respeito ‘do centrado em mim’ e o poder. Estiveram explorando o trabalho do ego e, à medida que ‘progrediram’, tornaram-se adeptas da manipulação de consciência. Tornaram-se peritas em subordinar outras almas ou comunidades de almas a suas regras, por meio de sutis e não tão sutis ferramentas psíquicas.
O interesse que as comunidades galácticas tiveram sobre a Terra foi principalmente egocêntrico. Viram aí uma oportunidade para exercer sua influência de novas e poderosas maneiras.

Poder-se-ia dizer que naquele momento as batalhas intergalácticas tinham alcançado um ponto morto. Quando vocês brigam uns com outros uma e outra vez, alcançam um equilíbrio logo depois de um tempo, uma divisão de zonas de poder por assim dizer. Vocês conhecem um ao outro tão bem que sabem quando há espaço para atuar e quando não há. Desse modo, a situação alcança um beco sem saída e os inimigos galácticos esperaram novas oportunidades na Terra.
Pensaram que a Terra poderia lhes prover um cenário para renovar a batalha e superar o beco sem saída.

O modo como as comunidades galácticas pensaram exercer sua influência sobre a Terra foi por meio da manipulação da consciência das almas terrestres. As almas terrestres eram particularmente receptivas à sua influência quando entraram na etapa do ego. Antes disso, elas eram imunes a qualquer força externa motivada por poder, porque elas mesmas não estavam inclinadas a exercer o poder. Vocês são imunes à agressão e ao poder, quando dentro de vocês não há nada a que estas energias possam apegar-se.
Portanto, as energias galácticas não puderam acessar a consciência das almas terrestres, antes que estas almas decidissem elas mesmas explorar a energia do poder.

A transição à etapa do ego tornou as almas terrestres vulneráveis porque, além de sua intenção de explorar a consciência do ego, elas eram ainda muito inocentes e ingênuas. Portanto, não foi difícil para os poderes galácticos impor suas energias sobre a consciência das almas terrestres.
O modo como operaram foi por meio da manipulação da consciência ou controle mental.
Suas tecnologias eram muito sofisticadas. Eles tiveram principalmente ferramentas psíquicas, não muito diferentes à lavagem de cérebro através da sugestão hipnótica subconsciente. Trabalharam em níveis psíquicos e astrais, mas influenciaram o homem nos níveis materiais/físicos do corpo. Influenciaram o desenvolvimento do cérebro humano, proporcionando mais experiências aos seres humanos.

Essencialmente estimularam modelos de pensamento e emoções baseados no medo. O medo já estava presente na consciência das almas terrestres como resultado da dor e saudade que toda alma jovem traz dentro de si. Este medo existente foi tomado pelos poderes galácticos como seu ponto de partida para ampliar enormemente a energia de medo e subordinação nas mentes e emoções das almas terrestres. Isso lhes permitiu controlar a consciência humana.
Os guerreiros galácticos conseqüentemente trataram de lutar contra seus anteriores inimigos galácticos através (utilizando o) do ser humano. A luta de poder sobre a humanidade foi uma luta entre velhos inimigos galácticos que utilizaram seres humanos como seus títeres.

O delicado sentido de individualidade e autonomia das almas da Terra foi talhado em seus primórdios por esta violenta intervenção, esta guerra pelo coração da humanidade.
Entretanto, os interventores galácticos não puderam verdadeiramente privar as almas da Terra de sua liberdade. Apesar da massiva influência extraterrestre, a essência divina dentro de cada consciência de alma individual permaneceu indestrutível. A alma não pode ser destruída, embora sua natureza livre e divina tenha ficado velada por um longo tempo. Isto está relacionado com o fato de que o poder no fim de contas não é real. O poder sempre alcança seu objetivo através das ilusões de medo e ignorância. Pode somente esconder e velar as coisas; não pode verdadeiramente criar ou destruir nada.

Mais ainda, esse verdadeiro ataque sobre as almas terrestres não somente trouxe escuridão à Terra. Conseguiu, sem intenção alguma, iniciar uma profunda mudança na consciência dos guerreiros galácticos, uma mudança para uma nova etapa da consciência: iluminação ou ‘segunda inocência’.

Raízes galácticas das almas trabalhadoras da luz

Como se vincula a esta história a noção de almas trabalhadoras da luz?
As almas trabalhadoras da luz, como vocês as chamam, são almas que estão profundamente conectadas ao sistema estelar das Plêiades. As Plêiades são um grupo de estrelas, sete das quais podem ser vistas a olho nu na Terra.
Antes de encarnarem na Terra em corpos humanos, as almas trabalhadoras da luz habitaram este sistema de estrelas por um longo tempo. Em termos de desenvolvimento da consciência em três etapas, passaram uma grande parte de sua maturidade ali. Nessa etapa, exploraram a ‘consciência do ego’ e todos os ‘assuntos do poder’ relacionados com ela. Foi a etapa em que exploraram a escuridão e na qual abusaram muito de seu poder.

Os pleiadianos, naquele tempo, foram CO-criadores do ser humano à medida que se desenvolviam. Igual a outras forças galácticas, os pleiadianos tiveram a intenção de usar o homem como uma marionete para dominar outras partes do Universo. Implantaram um tipo de radar energético no ser humano, que os proveria de informação (a respeito de seus inimigos).
É difícil explicar as técnicas que os poderes galácticos usaram em suas batalhas, porque não se assemelha a nada em seu mundo, não até onde eles as aperfeiçoaram.
Essencialmente, a tecnologia de guerra galáctica esteve apoiada em uma ciência de energia não materialista. Conheceram o poder da psique e sabiam que a consciência cria a realidade física. A metafísica deles foi mais adequada que os aspectos materialistas abrangidos por sua ciência atual. Como a sua ciência concebe a consciência como um resultado dos processos materiais, em vez do contrário, não pode compreender o poder criativo e causal da mente.

Na era do Cro-Magnon, os pleiadianos interferiram no desenvolvimento natural do homem em um nível genético. Essa interferência genética deveria ser concebida como o auge do processo de manipulação: imprimiram o cérebro/consciência humano com formas de pensamentos particulares os quais afetaram a camada física celular do organismo. O efeito dessas impressões mentais foi como um elemento robótico, metálico, instalado no cérebro humano, o que tirou parte da força e a própria consciência do ser humano. Foi um implante artificial que tornou o homem mais adaptável como instrumento para as metas estratégicas dos pleiadianos.

Interferindo deste modo no desenvolvimento da vida na Terra, os pleiadianos violaram o curso natural das coisas. Não respeitaram a integridade das almas terrestres, que habitavam as espécies humanas em evolução. De certo modo, roubaram delas seu (recentemente ganho) livre-arbítrio.
Em certo sentido, ninguém pode roubar o livre-arbítrio das almas, como indicamos no final do último parágrafo. De todos os modos, em termos práticos, por causa da superioridade dos pleiadianos em todos os níveis, as almas terrestres perderam seu sentido de auto-determinação em uma grande amplitude. Os pleiadianos usaram os seres humanos como ferramentas, como “coisas” essencialmente falando, que os ajudaram a alcançar suas metas. Naquela etapa, não estavam preparados para respeitar a vida como valiosa em si mesma. Não reconheceram no ‘outro’ (seus inimigos ou seus escravos) uma alma vivente como eles mesmos.

Porém, não há nenhuma intenção de fazer um ‘julgamento’ disto, já que tudo é parte do grande e profundo desenvolvimento da consciência. Eu mesmo, Jesus, fui parte desta história. Eu mesmo passei pelos extremos da dualidade, levando a cabo tanto atos de maldade, como atos de luz.
Em nível mais profundo, não há ‘culpa’, somente livre escolha. Não há vítimas, nem ofensores; somente experiência.
Vocês, as almas trabalhadoras da luz que alguma vez empregaram estes métodos escuros de opressão, julgaram a si mesmos muito severamente por seus atos. Inclusive agora, carregam consigo um profundo sentimento de culpa, do qual são parcialmente conscientes, de que vocês não são ‘suficientemente bons’ (qualquer coisa que façam). Esse sentimento se origina de um equívoco.

É importante compreender que ‘trabalhador da luz’ não é algo que vocês simplesmente são ou não são. É algo que vocês chegam a ser, quando vocês vão através da viagem de experiência; experimentando luz e escuridão. Sendo luz e escuridão. Se tivéssemos que nomeá-los, poderíamos chamá-las almas crísticas, em lugar de trabalhadores da luz.
Tiveram alguma vez a experiência de que um grave engano cometido por vocês eventualmente mudou as coisas de uma maneira positiva e inexplicável?
Algo similar aconteceu como resultado da interferência galáctica com a Terra e a humanidade. No processo de imprimir nas almas da Terra suas energias, as forças galácticas, na realidade, criaram um grande crisol de fusão de influências na Terra. Poder-se-ia dizer que os elementos combativos dentro das diferentes ‘almas galácticas’ se implantaram na humanidade como uma corrente de água, forçando deste modo os seres humanos a encontrar um modo de unir-se a eles ou de levá-los a uma coexistência pacífica. Embora tenha complicado bastante a viagem das almas terrestres, isto pôde finalmente criar a melhor oportunidade para uma ruptura positiva, uma saída da situação paralisante a que tinham chegado os conflitos galácticos.

Recordem, todas as coisas estão interconectadas. Há um nível no qual as almas terrestres e as almas galácticas são/foram conduzidas pelo mesmo propósito. Esse é o nível angélico. Cada alma é um anjo no seu âmago. (Falaremos disto em outro capítulo)
No nível angélico, tanto os guerreiros galácticos como as almas terrestres consentiram em formar parte do drama cósmico esboçado acima.
A interferência galáctica não só ‘ajudou’ a Terra a ser o crisol de fusão que se teve a intenção de que fosse (no nível angélico), mas também marcou o começo de um novo tipo de consciência dos guerreiros galácticos.
Inesperadamente, isto marcou o final da etapa do ego, o final da maturidade para eles e o começo de algo novo.

O final da etapa do ego para os trabalhadores da luz

As guerras intergalácticas tinham alcançado um ponto morto antes de a Terra entrar em jogo. Quando a batalha com a Terra recomeçou, ela realmente se deslocou para a Terra. Com esta transposição, algo começou a mudar dentro da consciência galáctica. O tempo das guerras galácticas terminou.
Embora eles permaneceram ativamente envolvidos com a humanidade e a Terra, as almas galácticas lentamente se retiraram para o papel de observadores. Nesse papel, começaram a se conscientizar de um tipo particular de cansaço em seu interior. Sentiam-se vazios por dentro. Embora a luta e a batalha continuassem, isto não os fascinava como antes. Começaram a fazer a si mesmos perguntas filosóficas tais como: qual é o significado de minha vida? Por que estou lutando todo o tempo? O poder realmente me faz feliz? À medida que se faziam as perguntas, intensificava-se seu aborrecimento com guerra.

Os guerreiros galácticos foram gradualmente alcançando o final de sua etapa do ego. Inconscientemente transportaram a ‘energia do ego’ e a ‘luta pelo poder’ à Terra, um lugar que estava energeticamente aberto a essa energia. As almas humanas estavam naquele tempo começando a explorar a ‘etapa da consciência do ego’.
Na consciência dos guerreiros galácticos criou-se um certo espaço: o espaço para a dúvida, o espaço para a reflexão. Entraram numa fase de transformação, a qual descreveremos distinguindo os seguintes passos:

1. Estar insatisfeitos com o que a consciência baseada no ego tem para lhes oferecer, desejar ‘algo mais’: o começo do final.
2. Começar a ser conscientes de suas amarras à consciência baseada no ego, reconhecer e liberar as emoções e pensamentos que estão com ela: a metade do final.
3. Permitir que morram dentro de vocês as velhas energias apoiadas no ego, eliminando o casulo, sendo seu novo ser: o final do final.
4. O despertar dentro de vocês da consciência baseada no coração, motivada por amor e liberdade; ajudar a outros a fazer a transição: o novo tempo.

Esses quatro passos marcam a transição da consciência baseada no ego para aquela baseada no coração. Por favor, recordem que tanto a Terra como a humanidade e os reino galácticos passam por esses estágios, porém não simultaneamente.
O planeta Terra agora está passando pela etapa 3. Muitos de vocês trabalhadores da luz também estão passando pela etapa 3, em sintonia com o processo interno da Terra. Alguns de vocês ainda estão lutando com a etapa 2 e alguns chegaram à etapa 4, desfrutando das delícias da alegria genuína e da inspiração.

Grande parte da humanidade, entretanto, não deseja de jeito nenhum deixar a consciência baseada no ego. Não entraram na etapa 1 da fase de transição. Isto não é algo para julgar ou criticar ou pelo qual afligir-se. Tratem de ver isto como um processo natural, como o crescimento de uma planta. Vocês não julgam uma flor por ser um botão, antes de estar completamente florescida. Tratem de ver isto sob esta ótica. Fazer julgamentos morais a respeito dos efeitos destrutivos em seu mundo da consciência baseada no ego apóia-se em falta de intuição nas dinâmicas espirituais. Mais ainda, isso debilita sua própria força, já que a irritação e a frustração que vocês sentem às vezes ao ouvir suas notícias ou ler seus periódicos não podem ser transformadas em algo construtivo. Isso somente os esgota e baixa seu nível de vibração. Tratem de tomar certa distância das coisas, numa posição de confiança.

Tratem de sentir intuitivamente as correntes ocultas na consciência coletiva, as coisas que vocês com muita dificuldade lêem ou escutam nos meios de comunicação.
Não tem sentido tentar modificar as almas que ainda estão presas à realidade da consciência baseada no ego. Elas não querem a sua ‘ajuda’, já que ainda não estão abertas às energias baseadas no coração, que vocês – trabalhadores da luz – desejam compartilhar com eles. Ainda que pareçam necessitar de sua ajuda, enquanto eles não a quiserem, eles não a necessitam. É muito simples.

Os trabalhadores da luz são completamente aficionados a dar e ajudar, mas freqüentemente perdem seu poder de discernimento ao agir como trabalhador da luz. Por favor, usem seu poder de discernimento nisto, já que o desejo de ajudar pode tragicamente chegar a ser uma armadilha para os trabalhadores da luz, a qual os impede de completar realmente o passo 3 da transição. (Discutiremos a noção de ‘ajudar’ mais adiante em outra mensagem).

Agora terminaremos nossa descrição dos trabalhadores da luz no final de sua etapa do ego.
Como dissemos, naquele tempo vocês pertenciam ao sistema estelar das Plêiades e vocês, como outros impérios galácticos, interferiram na humanidade quando ela tomou sua forma atual. Quando começaram a desempenhar mais e mais o papel de observadores, cansaram de lutar.
O poder que vocês tiveram por aquele longo tempo, resultou num tipo de dominação que aniquilou as qualidades únicas e individuais daquilo que vocês dominavam. Portanto, nada novo podia entrar em sua realidade. Mataram tudo o que era o ‘outro’. Esta forma de proceder fez com que depois de um tempo sua realidade fosse estática e previsível. Quando se tornaram conscientes do vazio da luta pelo poder, sua consciência se abriu a novas possibilidades. Surgiu um desejo por ‘algo mais’. Tinham completado o passo 1 da transição para a consciência baseada no coração. As energias do ego, que tinham reinado livremente por eons de tempo, assentaram-se e permitiram abrir um espaço para ‘algo mais’. Em seus corações, brotou uma nova energia, como uma delicada flor. Uma voz sutil e tranqüila começou a falar-lhes de ‘lar’, um lugar que vocês uma vez conheceram, mas que tinham perdido o rastro ao longo de seu caminho. Sentiram falta dele no interior de vocês.

Exatamente como as almas terrestres, vocês alguma vez experimentaram o estado oceânico de unidade, do qual cada alma nasce. Gradualmente evoluíram a partir desse oceano como unidades individuais de consciência. Como essas ‘pequenas almas’, entusiasmaram-se em explorar e ao mesmo tempo tinham a dolorosa memória interior de um paraíso que tiveram de deixar para trás.
Ao alcançar a etapa do ego da consciência, esta dor ainda permanecia dentro de vocês. O que essencialmente tratam de fazer é preencher esse vazio em seu coração com o poder. Procuraram preenchê-los, vocês mesmos, jogando o jogo de ‘lutar e conquistar’.

O ego é a energia que mais se opõe à unidade. Ao exercer poder, isolam-se ‘do outro’. Ao lutar por poder, distanciam-se mais e mais do lar: a consciência de unidade. O fato de que o poder os leva longe do lar, em lugar de trazê-los mais perto, ocultou vocês de si mesmos por muito tempo, já que o poder está fortemente entrelaçado com a ilusão.
O poder pode facilmente ocultar esta verdadeira face de uma alma inocente e inexperiente. O poder cria a ilusão de abundância, de realização, de reconhecimento e inclusive de amor.

A etapa do ego é uma exploração sem restrições da área do poder: de ganhar, perder, lutar, dominar, manipular, de ser o ofensor e ser a vítima. Em um nível interno, a alma se rasga durante esta etapa. A etapa do ego está relacionada com um ataque à integridade da alma. Por integridade, queremos dizer a unidade natural e totalidade da alma. Ao entrar na consciência apoiada no ego, a alma entra em um estado de esquizofrenia. Perde sua inocência. Por um lado, batalha e conquista, por outro, reconhece que é mal danificar ou destruir outros seres vivos. Não está muito equivocada de acordo com algumas leis ou julgamentos objetivos. Mas a alma subconscientemente se dá conta de que está fazendo algo que se opõe à sua natureza divina. Está na natureza de sua própria essência divina o ‘criar e dar’ vida.
Quando a alma atua a partir de um desejo de poder pessoal, no fundo surge um sentimento de culpa. Outra vez, não há julgamento externo sobre a alma que afirma ser ela culpada. A alma mesma se dá conta de que está perdendo sua inocência e pureza. Enquanto ela persegue poder no exterior, um sentimento crescente de indignação a está comendo por dentro.

A etapa da consciência apoiada no ego é um estágio natural na viagem da alma. Na realidade, essa implica a completa exploração de um dos aspectos de ser da alma: a vontade. Sua vontade constitui a ponte entre o mundo interno e o mundo externo. A vontade é essa parte de vocês que enfoca sua energia de alma dentro do mundo material. A vontade pode ser inspirada pelo desejo de poder ou pelo desejo de unidade. Depende da etapa de sua consciência interior. Quando uma alma alcança o final da etapa do ego, a vontade começa a ser mais e mais um fragmento estendido do coração. O ego ou a vontade pessoal não se destrói, mas flui conforme com o desejo e inspiração do coração. Neste ponto o ego aceita o coração como seu guia espiritual. Restabelece-se a totalidade natural da alma.

Quando vocês, as almas trabalhadoras da luz das Plêiades, alcançaram o passo 2 da transição da consciência apoiada no ego à consciência apoiada no coração, sentiram o sincero desejo de corrigir o que tinham feito de mal na Terra. Compreenderam que tinham maltratado os seres humanos viventes sobre a Terra e que tinham dificultado a livre expressão e desenvolvimento deles. Vocês se deram conta de que tinham violado a VIDA mesma, ao manipulá-la e controlá-la de acordo com suas necessidades.
Quiseram libertar o homem dos limites do medo e da limitação, o que havia trazido muita escuridão a suas vidas, e sentiram que poderiam cumprir mais com isto encarnando vocês mesmos em corpos humanos. Assim, encarnaram em corpos humanos, cuja compilação genética foi parcialmente criada por vocês mesmos, para transformar suas criações desde o seu interior. As almas que foram a Terra com esta missão propuseram espalhar/difundir Luz dentro de suas próprias criações (manipuladas).
Por isso, vocês são chamados ‘Trabalhadores da luz’. Vocês tomaram a decisão de fazer isto – e de chegar a estar enredados em séries completas de vidas terrestres - por um novo sentido de responsabilidade e também pelo sincero impulso de encarregar-se desta carga kármica sobre vocês, e desse modo serem capazes de deixar o passado ir completamente.

Os Trabalhadores da Luz - parte final.


Trabalhadores da luz encarnando na Terra

Ao encarnarem na Terra, vocês logo começavam a transição da consciência apoiada no ego para a consciência apoiada no coração. Esquematizamos esta transição em quatro passos. Deram o primeiro passo quando se tornaram conscientes da falta de 'algo mais', algo diferente da luta pelo poder que preencheu suas vidas anteriormente.
Essa luta supriu suas vidas com propósito e significado por um substancial período de tempo.

A fascinação pelo poder os levou a usar o homem como marionete em suas batalhas galácticas. Todos os impérios galácticos fizeram parte disto. Mas quando as 'energias guerreiras' foram transportadas para a Terra, com o homem como seu campo de ação, vocês se tornaram mais observadores e deixaram de comandar as batalhas. Observaram o que acontecia na Terra. Viram o ser humano desenvolver-se em um estado do ser que vocês tinham alcançado muito tempo atrás. Chegaram a ser guerreiros sofisticados, com métodos refinados de manipulação psíquica e operações militares. O homem começou a ser igual, com seus implantes genéticos em seu lugar.
Esses implantes genéticos provocaram um elevado nível de desenvolvimento mental dentro do ser humano. As funções próprias do instinto natural e sentimento foram mais ou menos suprimidas em favor das funções de 'pensar' e 'raciocinar'.
Mencionamos que as influências galácticas provocaram um elevado nível de medo dentro do humano em desenvolvimento.

Na realidade, este elemento de medo esteve estreitamente conectado com a ênfase exagerada no 'pensar'. Em uma situação equilibrada, o medo é superado ou posto na perspectiva certa por suas naturais habilidades intuitivas e por sua habilidade de sentir o que é correto ou apropriado fazer.
Entretanto, quando a faculdade de pensar toma a frente, o medo tende a ser reforçado, já que pensar é um processo mecânico lógico que não permite à intuição ou ao 'sentir', dele participar. Quando a faculdade mental é alimentada por emoções de medo, tende a produzir idéias alucinantes, idéias a respeito de controlar tudo e todos. Os regimes ditatoriais são um exemplo desta faculdade mental assim alimentada.

A resposta ao medo nunca é 'pensar mais'. É 'pensar menos' e confiar no fluxo da vida. É retornar para o estado de graça que é seu direito de nascimento. É liberar em lugar de aferrar.
Quando o domínio da etapa do ego acabou nas almas dos trabalhadores da luz, eles se abriram a novos modos de ser. Vocês intuitivamente alcançaram a energia do coração. De fato, estavam procurando uma espécie de criatividade que transcendesse o simples jogo do poder. Sentiram que a luta pelo poder era destrutiva e que não podia criar nada novo, já que matava e assimilava tudo o que fosse 'outro'.

Ao tratar de controlar e dominar a vida, dentro ou fora de vocês, estão tratando de que a realidade seja estática e previsível. Finalmente, o poder é incrivelmente aborrecido.
Ao se conscientizarem disso, dão conta de que seu verdadeiro desejo não era 'ter poder', mas ser verdadeiramente criativos. Ser verdadeiramente criativos é estar em contato com sua própria divindade.
Já que vocês são seres divinos, seja o que fizerem ou deixarem de fazer, estão sempre criando algum tipo de realidade. A criatividade é sua verdadeira natureza. Na fase do ego, exploraram a possibilidade de negar sua verdadeira natureza. Por certo, este é, em algum nível e de modo distorcido, um ato criativo. Entretanto ser verdadeiramente criativo é criar conforme a vida, não conforme a morte.

Quando esta compreensão surgiu em vocês, despertou a memória do 'lar'. A vaga lembrança de um estado de pura e ditosa unidade entrou em sua consciência novamente e souberam que de algum modo esta era a chave para sua felicidade. Mas vocês se sentiam desamparados e ignorantes, já que não tinham idéia de como continuar. Sabiam que o ego não possuía a resposta, mas não haviam realmente entrado ainda no reino da consciência apoiada no coração.
Ao mesmo tempo, um crescente sentimento de remorso e culpa surgiu dentro de vocês pelo que tinham feito aos seres humanos da Terra.

Havia na Terra, especialmente, esplêndidas oportunidades para que a consciência se auto expressasse livremente de muitas formas diferentes. A Terra foi destinada para ser um unificador de energias diferentes, um crisol no qual energias diferentes e inclusive opostas pudessem alcançar um modo de coexistir em harmonia. O campo de jogo energético da Terra foi criado para alojar uma série verdadeiramente heterogênea de energias.

A diferença entre viver na Terra e viver em outros lugares no 'universo' - seja em níveis físicos ou astrais - é a enorme variedade de energias presentes na Terra. Mais ainda, esta variedade não só está presente como um vasto conjunto de formas de vida ou espécies. Está realmente presente dentro de um simples ser, o ser humano.
O ser humano é capaz de conter um espectro de energias mais amplo do que qualquer outro. Vocês têm dentro de si a energia do assassino e a do santo, a energia do menino, do amadurecido e do ancião, a energia masculina e a feminina, a energia ativa e a passiva, a racional e a emocional, a energia da água, do ar, do fogo e da terra, etc.. Isso pode parecer corriqueiro ou simplesmente natural para vocês, como ser humano, mas para qualquer outro ser no universo, é totalmente uma façanha.
É totalmente uma façanha ser qualquer humano, sem ter que ter feito nada em especial.
Mas a qualidade mais específica do homem é a habilidade de fundir energias que antes pareciam incompatíveis. O homem não só foi desenhado para abrigar todas estas diferentes energias, mas também para ser um mediador, um construtor de pontes entre elas.

A razão pela qual o Espírito, ou Deus, ou Tudo o Que É apareceu com o conceito do ser humano, foi o universo ter se paralisado em êxtase. A consciência, à medida que explora a vida 'fora da unidade', tende a experimentar diferentes formas de vida, em diferentes planetas e lugares no universo.
Quando uma alma experimentou tudo o que havia em uma particular forma de vida, deixa de encarnar nesta - e encarna em outras formas de vida, as quais responda a suas necessidades particulares. Não há necessidade de transformar energias enquanto se vive em uma forma particular de vida. Quando querem uma mudança, trocam os corpos. Isto não ocorre porque as almas são preguiçosas ou frívolas. A maioria dos corpos - estendendo-se em densidade do físico ao astral - oferece oportunidades limitadas de experiência e, portanto, limitadas oportunidades para crescer ou transformar-se enquanto estão no corpo. O corpo não podia sustentar tantas energias diferentes. Por exemplo, se vivessem em um planeta de água, onde encarnassem como um ser aquático, isto lhes permitiria experimentar a natureza da água de todos os modos possíveis.

A 'sensação' de ser líquido, não rígido, fluido, com movimento é, na verdade, maravilhosa. Mas quando vocês querem a experiência de ser fixo e imóvel, vocês precisam deixar esse corpo e viver dentro de uma montanha por um tempo. Quando viveram como seres galácticos em busca de poder, não puderam realmente trocar sua consciência dentro daquele corpo.
A conseqüência desta oportunidade limitada ou especializada dentro de um certo corpo foi o mundo criado de formas a ficar imobilizado. Não pôde crescer ou expandir-se, e ficou encerrado em um tipo de êxtase.

O ser humano foi desenhado para cobrir um imenso campo de energias. Não se pensou em especialização. Na realidade, a divisão entre os sexos trouxe consigo um pouco de especialização, mas as energias masculinas e femininas estavam já tão segregadas e desequilibradas naquela época que foi muito complicado sustentá-las em doses iguais dentro de um corpo. Se tivessem sido vertidas igualmente fortes e desequilibradas em um ser, vocês se teriam destruído.
O único poder do ser humano é o poder de sustentar um amplo conjunto de energias e levá-las a um estado de equilíbrio criativo (não estático). Realmente, este poder é igual à habilidade de transformar escuridão em luz, por exemplo, o poder da alquimia espiritual.

Aquilo que leva as energias antes opostas a um estado de harmonia dinâmica, é a energia crística, a energia que mantém a unidade na fase da dualidade. Esta é a mesma energia que transforma a escuridão, aceitando-a e, deste modo, permitindo ao medo transformar-se em alegria. A energia crística é a 'terceira energia', a qual une aceitando. Sua força alquímica jaz em sua qualidade de ser completamente acolhedora, completamente compassiva e valente.
Vocês, como seres humanos, são os únicos seres que têm esta habilidade para a alquimia espiritual. Nem as plantas, nem os animais, nem os anjos, nem os 'senhores da escuridão' têm este poder.

Todas as almas podem experimentar como é ser luz, como é ser escuridão, como é ser os diferentes seres que vivem no universo, mas não podem experimentar como é transformar escuridão em luz, enquanto permanecem em sua forma de vida estática. Não podem imaginar como é mudar interiormente, como é criar uma realidade diferente (física ou espiritual) para vocês mesmos, enquanto seguem evoluindo.
As almas que estão encarnadas em outras formas de vida diferentes da humana também 'criam sua realidade' e têm livre-arbítrio, mas têm menos possibilidades de cobrir estados de consciência altamente diferentes e inclusive opostos, enquanto permanecem no mesmo corpo, na mesma forma (humana). Vocês, como humanos, são construtores de pontes - ou alquimistas espirituais - e isto é o que os torna únicos - a Terra e o ser humano.

Agora retornamos à nossa história das almas dos trabalhadores da luz que se sentiram angustiadas e arrependidas por causa de sua interferência com os seres humanos.
Deram-se conta que sobre a Terra se estabeleceu um jogo completamente novo, um jogo cheio de promessa que fizeram tudo para suprimir em seu próprio benefício. Sentiam dor por isso. Em algum nível, também sabiam que tinham bloqueado seu próprio caminho espiritual para a luz e a verdadeira alegria por causa de seus atos de egoísmo.
Também, quando eles despertaram de seus sonhos de ego, viram que a Terra era um lugar de muita beleza, um verde planeta fervendo em vida. Muitos de vocês, trabalhadores da luz, se sentem conectados à cultura ou ao território da Lemúria ou Mu, como nós preferimos chamá-lo.

Mu é na verdade um 'paraíso perdido'. Pertenceu a uma era que não pode realmente ser localizada na sua linha de tempo atual. Pertenceu a uma dimensão diferente, ou tempo, estabelecido. A Terra não tinha perdido sua inocência então. Naquela dimensão, vocês fizeram parte dos tempos paradisíacos sobre a Terra, como seres angélicos que nutriram e cuidaram da vida.
Como expusemos anteriormente, vocês são seres multidimensionais, habitando diferentes lugares de realidade ao mesmo tempo. A idéia de tempo não é tão fixa e linear como vocês pensam. Quando vocês desempenharam seu lado escuro como guerreiros galácticos, também - em outro marco de tempo - desempenharam um aspecto luminoso e puro de vocês mesmos, em Mu, onde prepararam o planeta para a chegada das almas terrestres. Contribuíram para o florescimento do planeta verde e, em algum nível, sabiam isto quando saíram de seu estágio 'guerreiro' de consciência. Souberam que estiveram destruindo aquilo que tinham ajudado a criar.

Quando deram conta da promessa e beleza na Terra, sentiram a urgência interior de ir ali e reparar o que tinha sido prejudicado. Encarnaram em corpos humanos com a intenção de trazer luz e criar valores apoiados no coração em um meio ambiente que estava essencialmente dominado por valores egoístas. Queremos nos expandir um pouco neste tema de 'trazer luz', já que há algo nisto que freqüentemente causa confusão e mal-entendidos.

Quando vocês, trabalhadores da luz, encarnaram na Terra, na realidade começavam um processo de transformação interior, no qual completariam sua transição da consciência apoiada no ego para aquela apoiada no coração. Vocês estavam no caminho de liberar completamente a consciência apoiada no ego e a vida na Terra lhes outorgou a oportunidade de tratar com o que ficava dentro de vocês da energia apoiada no ego. As energias que vocês desejavam limpar seriam encontradas nos verdadeiros seres que vocês tinham manipulado e em quem agora habitariam: dentro do ser humano, dentro de vocês mesmos.
Dever terminar com sua própria escuridão interior foi o que mais profundamente os motivou para a chegada a Terra e aceitaram encontrar-se com esta escuridão dentro de vocês mesmos como seres humanos.

Embora freqüentemente pensem que estão aqui para ajudar outros ou ajudar a mãe Terra, a razão mais fundamental pela qual estão aqui é curar-se a si mesmos. Este é seu verdadeiro trabalho com a luz. Todo o resto é secundário.
Suas almas no nível mais profundo desejaram responsabilizar-se pela escuridão que tinha sido espalhada. Entretanto, responsabilizar-se por seu lado escuro é uma aventura solitária em princípio. Isso não envolve sua necessidade de ajudar ou curar outros. Só implica vocês mesmos. Sua vontade ajuda outros no processo, mas isto é um efeito secundário. É importante destacar a ordem correta das coisas aqui, uma vez que, vocês sabem, têm a tendência de serem muito diligentes em ajudar outros. Este entusiasmo em ajudar outros chega a ser uma armadilha, já que suas energias ficam presas com a outra pessoa e, muito freqüentemente, vocês depois se sentem esgotados e desiludidos.

Por favor, lembrem, dar mais do que se recebe não é nobre ou apoiado no coração, é simplesmente um engano. O engano é que vocês em parte acreditam serem responsáveis pela situação ou estado mental de algum outro. Isto não é verdade. Cada um é responsável por sua própria felicidade ou desgraça. E isto na verdade é uma bênção, já que dá a cada um o poder de criar e deste modo modificar sua própria realidade.
Vocês não estão aqui para 'corrigir' as outras pessoas ou a mãe Terra. Estão aqui para sanar as feridas profundas dentro de seu próprio ser. Por favor, vigiem este assunto e todo o resto se encaixará em seu lugar sem nenhum esforço de sua parte.
Quando chegaram à Terra e encarnaram em corpos humanos, inclinaram-se a combater as energias que desejavam vencer. Nesta etapa, vocês vivenciaram uma situação paradoxal. Por um lado, sabiam que queriam 'algo mais' que 'poder' e se odiavam a si mesmos pelo que tinham mal feito anteriormente. Mas, não estavam livres daquilo que odiavam em vocês mesmos. Ainda não estavam livres do domínio do ego. Quando chegaram à Terra, tiveram a tendência de adoecer por causa da escuridão, de zangar-se por ela e suas reações foram combatê-la. O paradoxo é que quiseram brigar contra as energias egoístas através da luta - a verdadeira energia que desejavam largar.

Ainda não eram conscientes das verdadeiras implicações da consciência apoiada no coração.
Quando observam a partir do coração, não existe batalha entre o Bem e o Mal. A realidade do coração transcende ambos. O coração não se opõe à escuridão. A consciência apoiada no coração está fundada na aceitação de tudo, de cada coisa que existe. É um tipo de consciência que libera a idéia de que a luta resolve algo.
Embora desejassem um modo pacífico, não combativo, de tratar com a realidade, não tinham experiência para atingir realmente este ideal. Viviam 'entre zonas', uma parte de território não humano, antes de entrarem em um novo reino de consciência.
Portanto, começaram a cometer todo tipo de 'enganos', no sentido de ser aquilo que queriam deixar de ser. Estiveram ansiosos para mudar ou converter cada um ou cada grupo que tivesse um comportamento apoiado no ego ou que abraçasse valores apoiados no ego. Eles, de todos os modos, responderam agressivamente a vocês, muitas vezes sem entender inclusive o que vocês estavam tratando de lhes comunicar.

Os trabalhadores da luz foram perseguidos por séculos, como bruxos, pagãos ou agitadores (políticos). Pareciam dirigidos por ideais para os quais o mundo não estava preparado. Pareciam diferentes e não se encaixavam nele.
Encontraram todo tipo de resistência.
O que aconteceu aqui foi vocês começarem a exercer o papel de 'vítima', depois de terem exercido o papel de 'ofensores' por bastante tempo nos reinos galácticos. Sua 'irritação espiritual' evocou respostas agressivas em seu entorno e se tornaram as vítimas, experimentando humilhação, profunda dor e falta de autoridade. O trauma de ser rejeitado e/ou jogado repetidamente em várias vidas deixou cicatrizes em suas almas. Terminaram se sentindo desautorizados e mal recebidos. Muitos de vocês neste tipo de vida sentiram-se cansados e nostálgicos de um mundo mais amoroso e significativo.

É muito importante para vocês compreender que o papel de vítima é justamente isso: o papel que exercem. É uma possível interpretação dos fatos, mas é uma maneira limitada e distorcida. Vocês nem são vítimas nem são agressores. São as consciências das almas que criaram papéis para vocês mesmos exercerem por um tempo. Não são realmente as vítimas de um mundo propenso ao materialismo e ao egoísmo.
De fato, os encontros que vocês tiveram com energias agressivas, não cooperativas, em muitos de seus tempos de vida, simplesmente refletiram suas próprias amarras à consciência apoiada no ego, sua própria dependência a ela.

Se procurarem resultados através da luta, receberão de volta a energia da luta. Isto é/foi sua própria energia retornando a vocês! E isto é o - único - significado do karma.
A tendência a combater a 'maldade' baseia-se na crença de que o mal está fora de vocês e que deve ser desterrado da realidade. O convite espiritual a vocês, trabalhadores da luz, durante todas suas encarnações foi sempre reconhecer e aceitar seu próprio lado escuro e compreender seu papel e propósito.
O convite mais profundo é esquecer-se de vocês e descobrir sua inocência. Vocês são inocentes e sempre foram assim. Podem realmente compreender isto? Se o fizerem, não vão querer modificar o mundo ou lutar contra a injustiça nunca mais. Quererão brincar, ter alegria e desfrutar cada momento de suas vidas e simplesmente ser quem são e compartilhar isso com outros.

Quando vocês, trabalhadores da luz, liberarem a idéia de que 'têm de lutar', por algo ou por alguém, não serão mais enfrentados pelo 'mundo externo', pela sociedade ou por outras pessoas em geral, por serem diferentes. Não vão querer mudar nada e desta maneira não encontrarão resistência. Saberão que são bem vindos, que sua contribuição para esta realidade é valiosa e que são valorizados pelos outros.
Quando tiverem liberado completamente a consciência apoiada no ego, saberão que estão isentos de perseguição ou ameaça externa. Terão deixado para trás os papéis de vítimas e acusadores; sua viagem terá chegado a um círculo completo. Terão liberado suas cargas kármicas e estarão totalmente livres para criar tudo o que quiserem.
Estão a ponto de nascer para uma nova consciência, um tipo de consciência que liberou completamente a necessidade de controlar ou possuir algo. Estarão livres do medo. Isso é a consciência Crística.

Quando Jesus viveu na Terra, quis dizer-lhes que a espiritualidade não se trata de uma batalha entre a luz e a escuridão. Trata-se de achar um nível de consciência que vai mais além do bem e do mal, um lugar de onde possam compreender e aceitar todas as coisas. "O reino de Deus está dentro". Tudo o que vocês precisam está dentro. A paz, a alegria e a tranqüilidade são suas, quando vocês realmente se dão conta do que são: um ser divino em expressão.
Só quando se dão conta disso, de que estão aqui para transformar-se e curar-se a si mesmos, é que as coisas começam realmente a mudar para vocês e, como efeito colateral, para outras pessoas que os rodeiam.

O mundo é o que é e o mais elevado que vocês podem fazer por ele é simplesmente amá-lo pelo que é. Amem e vejam a beleza de cada simples ser que está viajando através deste plano da realidade.
Muitos de vocês estão motivados pela energia de Jesus. Isto é porque ele é seu parente. Jesus foi simplesmente um trabalhador da luz livre dos elos kármicos, um trabalhador da luz de elevado nível de auto conhecimento. Vocês são tocados por sua energia, porque sabem que é a energia para a qual estão se movendo.
A energia de Cristo é a energia de seu próprio ser futuro.
www.jeshua.net

"Grupo REIKI a energia do Amor."

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Almas que se encontram


Almas que se encontram

Dizem que para o amor chegar não há dia, não há hora nem momento marcado para acontecer.

Ele vem de repente e se instala no mais sensível dos nossos órgãos, o coração.

Começo a acreditar que sim.

Mas percebo também que o fato deste momento não ser determinado pelas pessoas, quando chega quase sempre os sintomas são arrebatadores.

Vira tudo às avessas e a bagunça feliz se faz instalada.

Quando duas almas se encontram o que realça primeiro não é a aparência física, mas a semelhança das almas.
Elas se compreendem e sentem falta uma da outra.

Se entristecem por não terem se encontrado antes, afinal tudo poderia ser tão diferente.
No entanto sabem que o caminho é este e que não haverá retorno para as suas pretensões.

É como se elas falassem além das palavras, entendessem a tristeza do outro, a alegria, o desejo, mesmo estando em lugares diferentes.

Quando almas afins se entrelaçam passam a sentir saudade uma da outra num processo contínuo de reaproximação até a consumação.

Almas que se encontram podem sofrer bastante também, pois muitas vezes tais encontros acontecem em momentos onde não mais podem extravasar toda a plenitude do amor que carregam, toda a alegria de amar e querer compartilhar a vida com o outro.

Desejam coisas que se tornam quase impossíveis, mas que são tão simples de viver.

Como ver o pôr-do-sol, caminhar por uma estrada com lindas árvores, ver a noite chegar, ir ao cinema e comer pipocas, rir e brincar, brigar às vezes, mas fazer as pazes com um jeitinho muito especial.

Amar e amar, muitas vezes sabendo que logo depois poderão estar juntas de novo sem que a despedida se faça presente.

Porém muitas vezes elas se encontram em um tempo e em um espaço diferentes do que suas realidades possam permitir.

Mas depois que se encontram ficam marcadas, tatuadas e ainda que nunca venham a caminhar para sempre juntas, elas jamais conseguirão se separar.

E o mais importante: terão de se encontrar em algum lugar.

Almas que se encontram jamais se sentirão sozinhas porquanto entenderão, por si só, a infinita necessidade que têm uma da outra para toda a eternidade.

(Momento Espírita) - Sophia S'miorin

A Mística na Música Ocidental


A Mística na Música Ocidental

O grande destino histórico de Bach foi oferecer a humanidade uma versão musical da vida de Jesus Cristo, pois Ele, Jesus Cristo era sua paixão espiritual.
Bach como um demiurgo, tirou a sua música de si mesmo. O seu poder de criação era tal que se poderia afirmar, nele se instalara a consciência divina para poder ampliar os limites do universo.
A música de Bach é a vida em plenitude, é o anseio de infinita beleza. Para ele a música era a linguagem absoluta. Ele sentiu e criou sua música como religião universalizada.
Ao lançarmos nossos olhos no interior de Bach, verificamos tratar-se de um ser Bakta por excelência.
Bakta, é todo aquele que trabalha em prol da união pela universalização do Amor. O trabalho de um Bakta tem por fim a purificação completa da alma humana, fazendo-a toda pureza, bondade e renúncia. Graças à introspecção e a meditação sobre as virtudes de uma determinada divindade eleita como exemplo e alvo de todo o seu esforço, consegue o Bakta exprimir naquilo que faz, a essência de um ser divino, que em suma, tenha manifestado neste mundo, todos os atributos divinos de compaixão, amor e desinteresse.
Aqui vemos o trabalho de Bach na música, retratando a vida de Jesus Cristo e legando para a humanidade um tesouro sonoro, que permite a todos nós vivenciarmos em nosso interior os caminhos que nos levam até o Ser Infinito.

Nos diz a Sabedoria Iniciática das Idades, que todo Bakta, pelo esforço continuado da meditação, consegue sentir, em seu próprio ser, a presença desses entes divinos, o que se pode exteriorizar por meio de sinais relacionados com a sua passagem pela face da terra. Daí os estigmas de sangue dos místicos cristãos, e a flor do lótus que se desenha na fronte dos adoradores de Buda.

Os seguidores desse caminho iniciático, nos conta a Sabedoria Iniciática das Idades, procuram despertar, em sua natureza sensível, um sentimento tão poderoso e intenso, que absorva todas as demais possibilidades emotivas. São, por isso, os “Embriagados pelo Amor Divino”. Para estes, os ideais de amor e compaixão por seus irmãos em humanidade embriaga mais que um vinho capitoso, e quem o bebe em largos sorvos fica “louco”, “louco do Amor Divino”. No Ocidente, temos um exemplo de Bakta perfeito em Francisco de Assis, que chegou a amar, indistintamente, com o mesmo intenso e arrebatado amor, todas as manifestações da Natureza. Sentia-se viver nas pedras, nas plantas, nos animais, nos seus irmãos em humanidade, e até mesmo em Deus. A tal ponto chegou a sua identificação com as múltiplas expressões da Vida Una, que acabou por entender a linguagem, velada para nós, das obscuras consciências infra-humanas, da mesma maneira que entendeu a linguagem divina. Um Bakta pode tomar, para alvo de amor, nas primeiras etapas do caminho, seres que, tendo vivido entre os homens, representam, a seus olhos, verdadeiras encarnações do Amor Universal. Graças à meditação constante e quase exclusiva sobre a vida, os sacrifícios e as perfeições desses santos e heróis, sentem-se como eles, acabam revivendo os sucessos de sua existência. É fácil, assim compreender por que, no corpo de São Francisco de Assis, se abriram as chagas que outrora martirizaram o meigo Rabino da Galileia (Jesus Cristo). Nem sempre, porém, o Bakta se deixa arrebatar unicamente por tal sentimento irresistível. Adotam outros ideais, que julgam úteis e favoráveis à evolução humana, visando em última análise, a confraternização dos homens. Este é o caso de Bach, corroborado pelo testemunho de Berlioz, autor da Sinfonia Fantástica, por meio de uma carta sua de Berlim a um amigo em Paris: “... Ouvindo a música da “Paixão Segundo São Mateus”, testemunhei o respeito, a atenção, a piedade com que o auditório alemão escutava essa composição por acreditar nela. Acompanhava todas as palavras do texto num silêncio e num recolhimento profundos. Nem censura, nem aplauso. Devoção e reconhecimento...”

Bach, ao compor uma música, dava-se por inteiro à criação. Ele se transfigurava e se envolvia numa atmosfera de infinita alegria quando cantava e glorificava Jesus Cristo, que ele tanto amava, ou sofria, sentia as mesmas dores quando via Jesus, sangrando dolorosamente e açoitado na sua via-sacra a caminho do Gólgota. Vejamos esta pungente página de sua esposa Magdalena, testemunha ocular da glória, do drama e do sofrimento que Bach compartilha com o seu amado Jesus: “Lembro-me de ter uma vez entrado no seu quarto, justamente no momento em que ele se preparava para compor o solo de “o Gólgota” da Paixão Segundo São Mateus. Causou-me uma impressão de dor e senti a mesma dor de Sebastian, seu rosto, geralmente tão sereno, estava pálido e banhado em lágrimas. Felizmente, não me viu. Saí silenciosamente, sentando-me na escada, chorando as mesmas lágrimas que Sebastian chorava, revivendo o sacrifício de Jesus Cristo, só Jesus e Sebastian deveriam ser testemunho desta dor”.

Algum tempo depois, sua esposa Magdalena, volta a nos falar deste momento sublime e doloroso. Momento em que o céu se amalgamou com a terra, ali naquele momento em que Bach compunha “o Gólgota”, “Ao ouvir agora a Paixão Segundo São Mateus, remonto àquele dia em que vi o rosto de Sebastian banhado de lágrimas ao escrever “o Gólgota” desta obra, quando tive desejo de o abraçar carinhosamente contra o meu peito, mas não ousei; alguma coisa no seu olhar me aterrorizava. Sebastian jamais soube que eu o surpreendera nas angústias da criação, e ainda hoje me regozijo com isso, pois foi um momento de que somente Deus deveria ser testemunha”.

Nos conta a Sabedoria Iniciática das Idades, que não raro, os seres Baktas transformam-se numa representação viva desses ideais e num exemplo imperecível para a memória dos povos. Selam, muitas vezes, com o próprio sangue, o próprio sofrimento, a própria dor, a abnegação pela causa defendida.

Bach morreu cego e surdo, numa terça-feira, a 28 de julho de 1750, às oito horas e um quarto da noite. Do alto do púlpito, o pastor pronuncia as seguintes palavras: “Adormeceu suave e santamente o muito competente e honrado Johann Sebastian Bach, compositor da corte de Sua Majestade Real da Polônia, e de Sua Alteza o Príncipe de Saxe, Mestre-de-Capela de Anhalt-Kothen, Cantor de São Tomás. De acordo com o costume cristão, seu corpo foi dado à terra no Cemitério de São Tomás”.

Beethoven, Wagner e Bach ainda existem, e sempre existirão no interior de todos aqueles que sentiram e amaram a sua música, tendo-a como a jóia mais preciosa saída do coração do Ser Infinito para a sua criação.

Para terminar, transcrevemos aqui palavras do insigne Jinarajadasa, que nos dá um maravilhoso panorama sobre o que vem a ser evolução, para que cada um medite e tire suas conclusões.
“Por mais fascinante que seja o exame do cosmos à luz da evolução, ensinada pela ciência moderna, destaca-se ali, no entanto, um elemento triste, que é o papel insignificante representado pelo indivíduo no drama eterno. Em seu trabalho “evolutivo”, a Natureza prodigaliza suas energias, construindo forma após forma. Mas que terrível dissipadora parece ser, produzindo muito mais formas do que meios de sua subsistência! Ela não leva em conta o tempo, e o indivíduo não tem para ela quase importância, a não ser pelo tempo que vive. Durante a breve vida do indivíduo, a natureza lhe sorri, o acaricia como se tudo houvesse sido disposto para o seu bem-estar. Mas, depois que ele executou o ato para o qual o impelira, depois que produziu descendentes, ou modificou ligeiramente, com a sua vida, o ambiente para os outros, vem a morte e o aniquila.
Esse “eu sou eu”, que nos compele a viver, a lutar, a procurar a felicidade, cessa de existir, porque não somos nós os importantes; é a espécie. A evolução, vista sob este aspecto, é pavorosa: é um processo mecânico, sereno em sua onipotência, tanto quanto impiedoso. Entretanto, é decididamente um processo, e não é talvez lógico levar em conta as considerações pessoais que nos conduzem a achá-lo agradável ou não. Mas como somos homens e mulheres dotados de faculdades de pensar e de desejar, é certo que introduzimos o elemento pessoal em nossa concepção de vida, e quando consideramos a evolução, a perspectiva que ela nos oferece, sob o ponto de vista individual, não é animadora. Somos nela como bolhas à superfície do mar, nascendo sem que nossa vontade se tenha pronunciado, e cessamos de existir segundo os desenvolvimentos de um processo sobre o que não podemos controlar. Somos da “mesma substância de que se formam os sonhos, e nossa curta vida se acha envolta num sonho.”

“A Idade de Ouro ou Satya-Yuga, anunciada desde tempos imemoriais, já pela boca dos “rishis” indianos, das sibilas, dos profetas, e até do próprio Virgílio, através da sua Eneida, etc., Era da Humana Redenção, e que tem ocasionado por parte de fanáticos muito comuns nesse fim de Ciclo apodrecido e gasto as idéias messiânicas, só terá lugar quando, por esforços próprios, no mínimo, quando dois terços da Humanidade houverem tomado o Caminho verdadeiro que conduz a essa mesma Redenção.
J H S”
“Faz do teu Mental um Arco; da tua Vitalidade, a Corda; do teu Desejo a Flexa; e dirige-a para este alvo eterno que é Brahmã”.