Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

sábado, 2 de janeiro de 2010

MENSAGEM PARA 2010 - Arcanjo Miguel

O tema central para 2010 envolve vocês assumirem os riscos pessoais que conduzem ao crescimento espiritual e crescente bem-estar e felicidade enquanto vocês praticam.

“Para diluir o seu ego, seja verdadeiro.”

De Arcanjo Miguel:

2010 continua no constante progresso ascendente que vocês estiveram sentindo em anos recentes. Vocês podem se sentir cansados da ascensão e das vastas mudanças dos anos recentes, e enquanto vocês puderem sentir a necessidade de um descanso, há ainda mais ascensão a ser feita. Haverá tempo para descansar e se recuperar logo, nós prometemos.

Seus sentimentos de progresso espiritual estão ancorados na realidade pois agora vocês estão muito mais sensíveis às energias sutis que sempre os envolveram, e que vocês podem agora sentir. Seu próximo passo será administrar estas energias, de modo que possam conhecer e confiar na benevolência do universo, ao invés de se sentirem vitimados pelas circunstâncias externas.

As energias que rodopiam a sua volta são parte do realinhamento e dos ajustes que sempre ocorrem durante as mudanças e transformações. Vocês vivenciam este fenômeno sempre que fazem uma mudança em sua vida pessoal, tais como mudança de residência, de emprego, ou uma mudança nos relacionamentos. As mudanças são similares a um terremoto, ou seja, aos movimentos nas placas da Terra, e embora isto possa parecer súbito ou cruel, o movimento é simplesmente um ajuste às atividades anteriores e nada mais.

Vocês suportaram muitas mudanças e ajustes desde 1995, e embora vocês quisessem ter algum tempo para descansar, há ainda uma jornada ascendente para vocês nos próximos dois anos.

Por “ascendente”, nós queremos dizer que vocês sentirão que estão se elevando e fazendo progresso. Entretanto, haverá uma sensação freqüentemente de ser um escalador solitário que está sobre despenhadeiros e precipícios. Vocês assumirão riscos emocionais e intelectuais, e alguns poderão assumir riscos físicos. Entretanto, interiormente vocês estarão sempre seguros, protegidos e guiados.

Para que tenham este sentimento de segurança, será necessário aquietar a sua mente com meditações. Muito barulho de atividades excessivas e sobrecarga sensorial os desconecta do sentimento da presença dos seus guardiães e protetores. Meditem freqüentemente para que se sintam mais seguros e mais tranqüilos.

Em 2010, vocês se perceberão assumindo estes riscos em relação à liberdade de serem totalmente autênticos com outros. Isto significa se revelarem de modos novos, anteriormente inimagináveis. Vocês avançarão imensamente ao longo do seu caminho do crescimento espiritual ao revelarem os seus verdadeiros pensamentos e sentimentos a vocês mesmos em primeiro lugar, e então aos outros.

Naturalmente, nós os ajudaremos a envolver as suas comunicações com amor, assim elas serão verdadeiras e gentis. Expressar sentimentos irritados não é o tipo de verdade a ser expressa. De outro modo, vocês preferirão o bem estar e a proximidade que ocorrem quando vocês compartilham os seus sentimentos gentil e respeitosamente com outros.

Em sua vida profissional, vocês assumirão riscos também. Vocês se têm percebido cada vez mais descontentes com o seu trabalho, e de outro modo, almejando atividades significativas.

Muitos tiveram a oportunidade de colocar estes desejos e intenções em ação.

As energias universais essenciais estão codificadas com amor, alegria, paz e felicidade. Elas apóiam quaisquer atividades imersas nestas energias. Assim QUALQUER projeto em que vocês estejam cantarolando alegremente, porque vocês absolutamente amam o que estão fazendo, será bem sucedido para vocês. Qualquer projeto que seja feito puramente pelo dinheiro (sem um amor pela atividade), não durará, e nem o dinheiro que for ganho do projeto sem amor. Portanto, cessem imediatamente todas as atividades em que estejam engajados puramente pelo dinheiro. Ou abandonam a situação, ou trazem algum amor às atividades. Isto é uma necessidade.

Assumir riscos para revelar o seu eu autêntico, é parte do alinhamento total que a Terra está experienciando. Vocês são um reflexo do caminho que a Terra tem tomado, em que ela se permitiu ser abusada e usada, sem protesto. Ela tentou fingir que era forte e poderia receber o abuso sem protesto.

Mas agora ela alcançou o seu limite, e também vocês. Assumir os riscos dos outros é uma forma letal de abuso próprio, porque, basicamente, vocês estão permitindo que ele aconteça quando vocês não falam aos outros sobre os seus autênticos sentimentos. Dizerem “Não” a todas as formas de abuso é uma parte essencial do crescimento espiritual para vocês e para a Terra.

Vocês não precisam ser fortes no sentido de bloquearem os seus sentimentos e fingirem que tudo está bem, quando não está. Vocês precisam ser fortes somente no sentido de expressarem honestamente os seus verdadeiros sentimentos. Assumam o risco de contar aos outros como vocês se sentem. Assumam o risco de realinharem cada parte de sua vida, de modo que isto reflita os seus verdadeiros desejos, paixões e interesses.

Quando vocês e a Terra se alinharem com a sua verdade interior, então as energias em turbilhão começarão a se acalmar e a desacelerar.

Agora, no centro das energias em turbilhão, esta energia mais lenta e mais tranqüila já existe. Vocês se ligam a esta energia interior a cada vez que são verdadeiros com vocês mesmos.

E eu os ajudarei com esta missão de todos os modos.

Tradução: Regina Drumond

COMO O AMOR PRÓPRIO PODE TRANSFORMAR OS RELACIONAMENTOS

Todos os seres humanos são criados com a necessidade natural de dar e de receber amor. Nós somos criados no amor que forma o alicerce de nossos eus espirituais divinos, e a nossa vida fisicamente manifestada. Até as muitas limitações que encontramos antes em nossas vidas, não removem o amor de nosso centro espiritual, porque ele é a essência de quem nós somos.

Embora sejamos criados como amor, enquanto viajamos através de nossas vidas, é possível esquecermos o amor, que ocupa uma posição de inferioridade diante de muitas outras exigências da vida. É também possível aliviarmos as feridas, enquanto viajamos através da vida que prejudicam a nossa habilidade em conectar conosco e sentirmos a experiência interior do amor, que de outro modo, nos confortaria.

Na longa jornada da humanidade através da encarnação física, nós aprendemos a desenvolver o nosso sentimento de individualidade e de separação. Isto trouxe muita aprendizagem e crescimento, mas criou também uma experiência maior de desconexão de nossa natureza espiritual divina. Quando estamos desconectados de nossa conexão interior com o Espírito, podem surgir muitas aflições dolorosas.

No mundo de hoje, tem havido um nível tão extremo de desconexão do Espírito, que a humanidade esqueceu a natureza sagrada da vida e dos relacionamentos. Este esquecimento levou ao abuso, à violência e a todas as maneiras de experiências negativas e dolorosas. Muitas almas hoje mantêm cicatrizes do encontro deste tipo de consciência extremamente separada, e estas feridas podem criar os padrões habituais de energia negativa que se formam nos corpos físicos e emocionais.

Uma forma extremamente comum de energia negativa erroneamente dirigida é dirigir a raiva para si mesmo. A mente e as emoções atacam o eu, causando grande aflição física e emocional. Isto resulta em uma capacidade mais limitada de compartilhar profundamente com outros, porque muita energia está sendo reciclada para a frente e para trás dentro do eu. Tristemente, muitos seres humanos sofrem raiva, culpa e ódio em relação a si mesmos. Estes formam uma projeção de sentimentos, onde a energia negativa que foi recebida em algum ponto no passado se torna ligada ao eu e dirigida em direção ao eu.

Esta aflição pode interferir intensamente com os relacionamentos, porque se torna difícil estar plenamente presente no momento em um espaço de amor para compartilhar com outros. O ódio em relação a si mesmo pode também distorcer a percepção, de modo que se torna difícil saber com clareza verdadeira o que está acontecendo nos relacionamentos.

O antídoto para este ciclo de dificuldade é o desenvolvimento do amor próprio. O amor próprio não é uma técnica, mas sim a restauração de nosso centro espiritual inato, que é o amor. Deste espaço, o amor do divino flui livremente no corpo, na mente, nos corpos emocionais e no espírito. O amor é expresso externamente em direção a outros e a si mesmo como um fluxo natural.

Como podemos restaurar o amor próprio, se estivemos fora do equilíbrio por tanto tempo? Esta jornada começa com a simples prece e intenção.

"Reintegre-me, querido Deus, a minha pureza e à graça interior divina. Libere as minhas opressões, livre-me dos meus sofrimentos, e consagre-me com o seu amor divino e sagrado."

Esta prece, repetida com total sinceridade, abrirá uma via de retorno ao lar ao seu divino ser interior. A jornada espiritual libera a influência que as energias, memórias e ações negativas tiveram sobre nós, e restaura a nossa harmonia interior com o amor de Deus. O amor fluirá livremente dentro de vocês, e, portanto, ao redor de vocês, enquanto ele se expressa naturalmente e flui para o outro.

Queridos, este simples passo pode transformar muitos relacionamentos difíceis. Quando vocês deixarem de dar energia e atenção à culpa e ao ódio em relação a si mesmos, e começarem a receber o amor divino, todo o seu campo de energia muda e não mais ressoa em quaisquer dificuldades que vocês possam ter tido com outra pessoa. Quando não estiverem mais participando do padrão de energia negativa, então ela não poderá se sustentar e começará a se dissolver. Isto pode ser feito sem mesmo falar com a outra pessoa. A mudança de energia que vocês fazem tem um impacto em todos os seus relacionamentos, e pode criar milagres de todos os tipos.

Quando vocês tomarem a decisão de escolher o amor próprio, e não o ódio em relação a si mesmos, vocês notarão que surgem muitos padrões de emoções e de pensamentos negativos. Esta é uma parte natural do processo, pois quando uma alma escolhe a luz, as energias da escuridão surgem em resposta e tentam interromper esta escolha. Quando isto acontecer, permaneçam tranqüilos. Continuem a escolher o amor, e observem simplesmente os pensamentos, energias e emoções negativos. Estes passarão por si mesmos, e enquanto vocês prosseguem, verão uma nova vida surgir diante de vocês, uma vida abençoada com amor.

Canalizadora: Mashubi Rochell
Tradução: Regina Drumond

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O Segredo das Idades

Somente quando toda forma de dualidade cessar, pode a alma chegar à sua mais elevada realização: So ham, “Eu sou Ele”, diz o místico hindu, e tenta com essa afirmação abolir a maior dualidade da existência, que é entre o homem e Deus. Islam, “Seja feita a vontade de Deus”, diz o muçulmano devoto, quando procura ser um com a Vontade Divinaem todas as suas manifestações.

Todos os homens buscam instintivamente a unidade. Pois o homem é um, e o mundo em que vive, outro. Os dois permanecem em contraste, ora felizmente, ora infelizmente. Como causa ou como efeito o homem e seu ambiente estão continuamente relacionados, cada um sendo alternativamente o precursor do outro. Algumas vezes o homem. Como causa, dita o que o efeito — suas reações física, emocional e intelectual ao seu ambiente — será. Em outras épocas, o que ele sentirá e pensará, será forçado pelos moldes em que sua mente e suas emoções foram colocadas, pelo seu caráter em vidas passadas. Noite e dia, o nosso único problema é fazer uma trégua com o nosso ambiente, para sermos “unos com a vontade de Deus”, ou para “aceitar o nosso Karma”. Expressamos o problema fundamental com diferentes nomes, e até que consigamos abolir a dualidade não há paz no coração, apenas breves repousos pelo caminho numa jornada parecendo sem fim.

Como esse objetivo será alcançado, qual o modo final de existência quando cada vínculo do coração for desatado, e quando, seguros de nós mesmos, olharmos para a eternidade serenamente contentes com o que quer que seja que essa eternidade traga? Um tal objetivo é a promessa oferecida para nós pelos grandes Instrutores, a paz do Nirvana,essa plenitude de bem-aventurança que rompe cada forma conceitual com que tentamos defini-la.

Uma coisa é certa sobre o nosso objetivo. Todos os instrutores atestam que ele não é uma negação, uma vacuidade, um mar vítreo no qual não há movimento. Muito poética é a analogia “a gota de orvalho desliza para o mar brilhante”. Mas o uso da analogia é apenas para sugerir a união do indivíduo com todos os outros indivíduos, e não para sugerir que depois dessa unidade ser atingida o seu resultado seja zero, no que o bem-estar do universo estiver envolvido. Por que deveríamos supor que “atingir a liberação” seja se tornar negativo, desaparecer no universo? Existe qualquer exemplo simples para mostrar que a energia possa ser aniquilada? A energia deve se transformar de uma modalidade de energia em outra. Pode uma avalanche em movimento subitamente perder a sua quantidade de movimento e desaparecer no ar? Não em um mundo da lei natural.

Como então podemos presumir que, porque um mukta, uma alma perfeita, é“liberada”, ela se torna negativa? Pode a energia de um ser poderoso como um Buddha — o Senhor Gautama é sempre descrito como balaviryasamangi, “dotado de força e de poder”— subitamente se tornar nada, porque “Ele entrou no Nirvana” ? Pode a compaixão quase infinita do Buddha Gautama para com os homens, essa poderosa compaixão para com todas as vidas, que foi o Seu único motivo por centenas de vidas de esforço para chegar ao Budado, a fim de mostrar aos homens o Caminho para a Bem-Aventurança, subitamente se tornar nada? Não há nenhum exemplo no mundo natural de uma tal cessação súbita de energia; por que deveríamos presumir que as leis naturais sejam totalmente invertidos no mundo sobrenatural?

Não, ao contrário, a energia deve sempre continuar em suas transformações. A bemaventurança em Brahman de cada mukta, ou alma liberada, deve produzir de algum modo uma mudança no universo manifestado. A verdadeira consumação da alma subentende a produção de grandes mudanças. Isto é, na verdade, o ponto crucial na evolução do homem.

Quando um homem busca dar ao universo uma grande dádiva, então a senda da ida muda para a senda do retorno. “O que eu darei aos meus companheiros ? Como poderei eu ser o espelho de Deus? De que maneira transformarei o universo para o Bem universal?” Quando nascem na alma tais questões, as ilusões criadas pelo eu começam a enfraquecer, e a alma vê claramente. Então, e somente então, a alma ouve o chamado do guru: “Venha!”

“Procura e acharás” é a máxima antiga. Mas o guru, esse Pai em Deus, que é destinado à alma desde o início dos tempos, não é encontrado simplesmente porque os olhos vêem a sua face. Muitos na Palestina viram o Cristo vivo e no entanto conspiraram para matá-lo. Há apenas um caminho para encontrar o Mestre, que é encontrando primeiro o nosso trabalho. Batamos à sua porta com os primeiros frutos da nossa colheita de trabalho, e ele abrirá. Esta é a velha, velha lei que nunca foi rompida. Ao grito de socorro do coração ou da mente, ele sempre envia o seu conforto, mas ele não abrirá. Mas onde o serviço tem sido prestado, e o grito da alma é para prestar ainda maior serviço, então a porta se abrirá de repente às visões de serviço. Mas não necessariamente às visões do Mestre. Se tais visões forem provavelmente úteis ao discípulo, o Mestre as dará, mas a decisão repousa apenas Nele. Mas para as maiores visões de trabalho, quando existe o pedido, a porta é sempre aberta pelo Mestre.

Quando a alma se torna uma com seu trabalho, então a Grande Paz lentamente começa. Daí por diante, a alma está “salva”; ela está salva para sempre da heresia do eu,que é a raiz de toda miséria. Ela então “entra na corrente” cuja maré a carregará para a“outra margem” onde começa a bem-aventurança do Nirvana.

Se apenas pudéssemos olhar corretamente em nosso próprio coração, e ouvíssemos aí a ainda pequena voz, ouviríamos onde está a nossa Senda, e veríamos sempre as visões do nosso trabalho. No fundo de nossa natureza somos altruístas e ansiamos por dar. Mesmo quando somos imprudentes no egoísmo, o grito da alma em nossas profundezas é: “Deixame encontrar como dar.” Quando, com vontade crescente, o coração e a mente são usados para subjugar a sede feroz pela sensação ,então,inexoravelmente, aparecem perspectivas de um trabalho. Pois alma e trabalho são termos intercambiáveis, e quanto maior o trabalho mais espiritual será a alma.

Como estátuas em uma galeria, permanecem diante da imaginação arquétipo após arquétipo do que podemos nos tornar. “Venham até mim todos vocês que labutam e estão sobrecarregados, e eu lhes darei o repouso” — e assim brilha em beleza o arquétipo dos Buddhas e dos Cristos. “Recebam a minha força e saiam para a vitória.” — relampeja em esplendor o arquétipo dos Manus. “A sabedoria atinge de um extremo ao outro do mundo;poderosa e docemente organiza ela todas as coisas” — canta em triunfo o arquétipo dos filósofos. “Quão belas são os pés sobre as montanhas daquele que traz as boas novas.” —revela na alegria o arquétipo dos artistas. “Na chama da minha devoção sejas tu purgado do pecado.” — sussurra o arquétipo dos santos. Advogado e santo, professor e administrador,curador e artista, organizador e pioneiro, esses e muitos outros tipos de trabalhadores existem no mundo das idéias como arquétipos — essas corporificações do bem, do verdadeiro e do belo, nas quais a Mente Divina quis se manifestar na eternidade.

Quando com imaginação treinada a alma medita sobre a história de suas dores, e vê elevando-se de suas chamas vívidas o arquétipo do que ela será, então nada permanece a não ser ser una com ele na felicidade e na miséria, na vitória e na derrota. Um novo Rahasya ou “segredo das idades” é daí por diante a nova palavra de poder da alma — tat karma, tad asmi, “o trabalho que sou eu.” Todas as experiências são então propositadamente forjadas como instrumentos para esse trabalho. Mesmo na câmara de tortura da vida, a contemplação do trabalhador é o seu arquétipo, e com o seu alento moribundo ele sussurra e dá testemunho, “O Trabalho, que sou eu”.

Não existe nenhum conforto final na vida, exceto em nosso trabalho. Mãos amorosas poderão nos dar alegria e repouso, mas a mensagem de amor é sempre que nós podemos nos preparar para um labor mais árduo. Para aquele que viu o seu arquétipo, nenhuma dor ou desapontamento poderá desfigurar o seu entusiasmo, nenhum céu poderá tirá-lo de sua realização. Os dois universos da alma e do ambiente da alma começam a se fundir em um, à medida que o trabalhador se torna cada vez mais digno de seu trabalho.

Quando a alma não puder nunca mais ser desviada de seu trabalho, quando a alma e seu trabalho forem um e não dois, então o objetivo estará atingido.

Este é o último trabalho do Mestre com seu discípulo. O aspirante e a senda devem se tornar um, diz um antigo manual. É para essa união que a vida nos pressiona a todos.

Mas quão brilhante é a senda, quão estimulante mesmo são seus perigos, quando a alma viu o seu arquétipo e fez o voto “Esse sou eu”. Uma tal alma não necessita mais de um guia,nem mesmo de um deus para adorar, diferente do seu trabalho. Aquela alma que se atreve a ser assim livre de sacerdotes e de livros, una com o seu trabalho, essa alma sozinha chegará à libertação.

extraído de: “O Segredo das Idades e Outros Ensaios Teosóficos, C. Jinarajadasa