Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Por que perdoar?

Sempre que ouvimos a palavra perdoar, sentimos uma espécie de calafrio. Imediatamente nos defendemos dizendo que não somos iluminados para fazê-lo, verdadeiramente. Mas não se trata de se parecer com um ascensionado e sim entender o mecanismo que antecede ao perdão. Uma vez aprendido isso fica bem mais fácil.

Ao longo de nossa vida, pessoas cruzam o nosso caminho, umas rapidamente e outras mais ou menos intimamente. Elas nos trazem algo sobre nós mesmos que pode ser bom ou ruim, mas que espelham as nossas verdades internas. Se percebemos logo, imediatamente entendemos e nos aceitamos, sem desconforto.

Se demoramos, rejeitamos quem nos mostra a nossa pior parte. Daí em diante, surge a mágoa, o ressentimento e até o ódio que é proporcional ao nosso descontentamento conosco.

Antes de culpar quem quer que seja, olhemos para dentro e perguntemos:

“ O que essa pessoa causa em mim?

O que ela está me mostrando que eu não quero ver dentro de mim?”

Tão logo respondemos a essa pergunta e nos aceitamos com a dificuldade identificada, mais rapidamente nos transformamos.

Ao mesmo tempo que isso ocorre, a pessoa que nos fez ver também se liberta, pois não há mais necessidade de mostrar mais nada, nós já compreendemos. Então ocorre o perdão mútuo quando deixamos a imagem da pessoa dentro de nós mudar, juntamente com a nossa própria imagem dentro de nós que se reconheceu assim.

Cada UM é para cada UM do jeito que precisa SER. Quando nós libertamos as imagens das pessoas internalizadas em nós, sejam parentes, amigos, cônjuges, chefes, eles passam a não mais ser assim.

Como se trocássemos os seus papéis. O seu roteiro para nós.

É fácil constatar, basta observar a forma com que você lida com cada pessoa à sua volta. Cada uma delas necessita de uma face sua, de um comportamento seu. Assim somos mais dóceis com uns, mais seguros com outros, agressivos com outros tantos, brilhantes com mais outros e assim por diante.

Somos protagonistas, roteristas, diretores, produtores, da nossa peça que encenamos diariamente, a fim de crescer. São nossas escolhas. Se queremos mudar a peça, precisamos liberar os personagens contratados e fazê-los encenar outra peça. E isso está tudo dentro de nós.

Experimentem olhando a foto de alguém e dizendo

“eu liberto você desse papel e coloco você desempenhando um papel de alguém maravilhoso, amoroso, inteligente, generoso, próspero, saudável e outras qualidades mais e veja, depois de algum tempo repetindo o processo, como essa pessoa passa a se comportar com você.

Todos nós somos assim desse jeito que você o formatou.

Não existe ninguém no mundo que não tenha todos estes atributos. Nada está sendo feito e desejado que esbarre no comportamento original de cada um. Quando desejamos tudo isso a alguém, estamos desejando para nós também.

Quem já não ouviu as frases tais como “deseje para o outro o que quer para si mesmo” ou “sempre olhe o lado positivo das pessoas”. Isso nada mais é do que variável do mesmo tema.

Mude a peça de teatro da sua vida. Isso é perdoar o outro e, conseqüentemente, se perdoar também.

Vera Ghimmel

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A Mente Humana

A mente humana grava e executa tudo que lhe é enviado, seja através de palavras, pensamentos ou atos, seus ou de terceiros, sejam positivos ou negativos, basta que você os aceite.

Essa ação sempre acontecerá, independente se traga ou não resultados positivos para você.

Um cientista de Phoenix - Arizona - queria provar essa teoria. Precisava de um voluntário que chegasse às últimas conseqüências.

Conseguiu um em uma penitenciária. Era um condenado à morte que seria executado na penitenciária de St. Louis no estado de Missouri, onde existe pena de morte.

Propôs a ele o seguinte: ele participaria de uma experiência científica, na qual seria feito um pequeno corte em seu pulso, o suficiente para gotejar o seu sangue até a ultima gota final. Ele teria uma chance de sobreviver, caso o sangue coagulasse. Se isso acontecesse, ele seria libertado, caso contrário, ele iria falecer pela perda do sangue, porém, teria uma morte sem sofrimento e sem dor.

O condenado aceitou, pois era preferível do que morrer na cadeira elétrica e ainda teria uma chance de sobreviver.

O condenado foi colocado em uma cama alta, dessas de hospitais, e amarraram o seu corpo para que não se movesse. Fizeram um pequeno corte em seu pulso.

Abaixo do pulso, foi colocada uma pequena vasilha de alumínio. Foi dito a ele que ouviria o gotejar de seu sangue na vasilha. O corte foi superficial e não atingiu nenhuma artéria ou veia, mas foi o suficiente para ele sentisse que seu pulso fora cortado.

Sem que ele soubesse, debaixo da cama tinha um frasco de soro com uma pequena válvula. Ao cortarem o pulso, abriram a válvula do frasco para que ele acreditasse que era o sangue dele que está caindo na vasilha de alumínio. Na verdade, era o soro do frasco que gotejava.

De 10 em 10 minutos, o cientista, sem que o condenado visse, fechava um pouco a válvula do frasco e o condenado pensava que era seu sangue que estava diminuindo.

Com o passar do tempo, foi perdendo a cor e ficando fraco. Quando os cientistas fecharam por completo a válvula, o condenado teve uma parada cardíaca e faleceu, sem ter perdido sequer uma gota de sangue.

O cientista conseguiu provar que a mente humana cumpre, ao pé-da-letra, tudo que lhe é enviado e aceito pelo seu hospedeiro, seja positivo ou negativo e que a morte pode ser orgânica ou psíquica.

Essa história é um alerta para filtramos o que enviamos para nossa mente, pois ela não distingue o real da fantasia, o certo do errado, simplesmente grava e cumpre o que lhe é enviado.

“Quem pensa em fracassar, já fracassou mesmo antes de tentar". Somos o que pensamos e acreditamos ser.


fonte: revista Superinteressante de julho de 2002