Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Do que empobrece a alma.

Desde criança sinto esta energia esquisita. Sempre senti que as pessoas estão competindo uma com as outras o tempo todo. Conheci pouquíssimas pessoas na minha vida que eu percebia que realmente torcem e querem o bem e a evolução do outro. Encaro como pobreza de espirito essa necessidade que um indivíduo tem, e o prazer que sente, de querer ser melhor do que o outro.

E quem tem esse furor por superar a todos, inclusive amigos, não são pessoas que devemos ter em nosso ciclo de amizades. Afinal que relação é essa que existe não pelo afeto ou afinidade, mas pela competição. E assim infelizmente sobra muito pouca gente para serem nossos amigos.

As pessoas são criadas para serem melhores do que os filhos do vizinho, do que os colegas de classe, do trabalho, de qualquer lugar, porque seus pais entendem que se destacando dos demais só assim seus filhos terão valor, respeito e principalmente, privilégios.

Ocorre que a competição ocupa o espaço do respeito, que a concorrência ocupa o espaço do amor. Em qualquer tipo de competição, o que existe é a desvalorização da capacidade do outro. É a ocultação a qualquer custo da admiração substituindo-a pela inveja. E a inveja nasce da incapacidade de admirar, nos outros, o que eles têm ou conseguem.
Nada empobrece mais uma alma do que a inveja.


Andre Luis Aquino

Os Dois Amigos

Dois amigos viajavam pelo deserto e, em um determinado ponto da viagem, discutiram e um deu uma bofetada no outro.
O outro, ofendido, sem nada poder fazer, escreveu na areia:
Hoje, meu melhor amigo me deu uma bofetada no rosto.
Seguiram adiante, e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se.
O que havia sido esbofeteado e magoado começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo.
Ao recuperar-se, pegou um canivete e escreveu em uma pedra:
Hoje, meu melhor amigo salvou minha vida.
Intrigado, o amigo perguntou:
Por que, depois que te magoei, escreveu na areia, e agora, que te salvei, escreve na pedra?
Sorrindo, o amigo respondeu:
Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever onde o vento do esquecimento e o perdão se encarreguem de apagar.

Quando nos acontece algo grandioso, devemos gravar isso na pedra da memória do coração onde vento nenhum, em todo o mundo, poderá sequer apagar .

As Pedras e as Armaduras

Foi criado o mundo e muitas pedras foram espalhadas em seu solo.

Os homens, com medo das pedras voltarem a cair, logo procuraram se proteger.

Criaram então armaduras.

Logo todos queriam usar uma armadura para sua proteção.

Depois vieram homens construindo armaduras mais belas e modernas. Começou assim a guerra pela vaidade e pelo orgulho.

Com a novidade todos trabalhavam sem parar para obter uma armadura mais moderna e bela.

Chegou o tempo em que a beleza da pessoa era vista pela beleza da sua armadura.

Certo dia um garoto decepcionado com o que via resolveu não mais usar as armaduras e saiu pela cidade.

A reação da população foi imediata e quando o viram pela rua sem armadura falaram que era maluco por desafiar as pedras. Além do mais estava feio e fora do padrão de beleza.

Ao final do dia ninguém havia visto o garoto como corajoso e sim como suicida louco.

De tanto ouvir palavras de desabono o garoto sentou-se em uma calçada e chorou.

Alguém se aproximou e perguntou:

- Foram as pedras que fizeram isso com você?


- Não, nem vi sinal de pedras, quem me machucou a ponto de me deixar assim foi o ódio e a discriminação da sociedade, que semeia a beleza da armadura em vez do amor. 

domingo, 25 de janeiro de 2015

Heróis, Ídolos e o Indivíduo

A criação de ídolos e heróis, em qualquer tempo, assim como em qualquer sociedade, é proporcional ao desconhecimento que as pessoas possuem de suas próprias essências, ou seja, quanto menos alguém sabe sobre si mesmo, mais esta pessoa necessitará “endeusar” outrem que sirva de modelo, ou referência, para sua “insignificante” vida. Isto é um legítimo modelo de transferência passiva, isto é, a pessoa julga-se incapaz de transformar sua medíocre vida, então, como uma maneira de torná-la aparentemente aceitável, ela vive, como numa tela de cinema, a ilusão do personagem admirado. Sucintamente, esta é uma das mais inescrupulosas aflições que uma pessoa pode infligir a si mesma que, quando enraizada na psique, é extremamente difícil encontrar uma bula, seja médica ou pontífica, que restitua o senso de existência pessoal. Por outro lado, quanto maior o conhecimento sobre si mesmo, menor a dependência externa, pois tal sabedoria irrevogavelmente também brinda, entre outros benefícios, o senso de plenitude, independência e paz.

-Tadany - 07 01 11 -  Cargnin dos Santos, Tadany. Pensamento 674.