Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

sábado, 16 de julho de 2011

Matias de Stefano - A Herança Universal

"Tragam o céu para a Terra e devolvam sua Luz ao céu"

O jovem índigo argentino Matias De Stefano, 22, encarnou na Terra trazendo consigo as lembranças de suas vidas passadas e a compreensão das leis do Universo.

Neste vídeo, de 1h10min, ele fala sobre temas que desde sempre foram questionados pelo homem terrestre:

Como funciona o Universo?
Existe o bem e o mal?
Conhecemos realmente toda a história da humanidade?
Como o Ser Humano apareceu?
Deus existe?
O que é o Espírito?
O que vai acontecer em 2012?
Quem são as crianças índigo?
Será que a Atlântida existiu?
De onde viemos?
Para onde vamos?
Qual é o propósito de tudo isso?

Recomendo que assista em um momento de tranquilidade e PAZ... de preferência em casa... e procure assistí-lo até o fim...

Eis o link:

http://www.youtube.com/watch?v=HS0vT9ncxxs

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ser feliz é uma decisão

Uma senhora de 92 anos, delicada, bem vestida, com o cabelo bem penteado e um semblante calmo, precisou se mudar para uma casa de repouso.
Seu marido havia falecido recentemente e a mudança se fez necessária, pois ela era deficiente visual e não havia quem pudesse ampará-la em seu lar.
Uma neta dedicada a acompanhou.
Após algum tempo aguardando pacientemente na sala de espera, a enfermeira veio avisá-las que o quarto estava pronto.

Enquanto caminhavam, lentamente, até o elevador, a neta, que já havia vistoriado os aposentos, fez-lhe uma descrição visual de seu pequeno quarto, incluindo as flores na cortina da janela.
A senhora sorriu docemente e disse com entusiasmo:
Eu adorei!
Mas a senhora nem viu o quarto... Observou a enfermeira.
Ela não a deixou continuar e acrescentou:

A felicidade é algo que você decide antes da hora.
Se eu vou gostar do meu quarto ou não, não depende de como os móveis estão arranjados, e sim de como eu os arranjo em minha mente.
E eu já me decidi gostar dele...
E continuou é uma decisão que tomo a cada manhã quando acordo. Eu tenho uma escolha, posso passar o dia na cama remoendo as dificuldades que tenho com as partes de meu corpo que não funcionam há muito tempo, ou posso sair da cama e ser grata por mais esse dia.

Cada dia é um presente, e meus olhos se abrem para o novo dia das memórias felizes que armazenei...
A velhice é como uma conta no banco, minha filha... De onde você só retira o que colocou antes.
A lição de uma pessoa idosa e sem a visão dos olhos físicos é de grande profundidade e contém ensinamentos valiosos.
E o primeiro deles é que a felicidade é uma decisão pessoal.
Depende mais da nossa disposição mental do que das circunstâncias que nos rodeiam.

Cada pessoa tem, na intimidade, o potencial de armazenar as belezas que deseja ver em sua tela mental, ainda que ao seu redor a paisagem seja deprimente.
Para isso é preciso construir um mundo de felicidade nesse banco de lembranças que Deus ofereceu a cada um de seus filhos.
E quando se constrói um mundo de paz e felicidade, portas à dentro da alma, é possível compartilhar essa realidade com aqueles que nos cercam.
Assim é que se não temos em nossa vida os enfeites que desejamos, arranjemos tudo isso em nossa mente. É uma forma de ver as coisas com olhar positivo e otimista.

Além disso, como toda criação começa na mente, é bem possível que venhamos a concretizar esse sonho alimentado na alma.
Se você ainda não havia pensado nessa possibilidade, pense agora.
Comece, sem demora, a depositar felicidade na conta do banco das suas lembranças, para poder resgatar sempre que desejar.
Pense nisso!

Se você abrir a janela, pela manhã, e seus olhos físicos puderem ver apenas paisagens deprimentes, abra as janelas da alma e contemple um jardim em flor.
Respire fundo e sinta o perfume de jasmim, de rosas e cravos, ouça o canto dos pássaros que voam, ligeiros, pelo ar.
Perceba a brisa acariciando seu rosto, e curta a melodia dos grilos e cigarras que cantam para alegrar suas horas.
Decida ser feliz, ainda que seja uma felicidade que só você pode sentir.
E, lembre-se sempre: a felicidade não depende de como as coisas estão arranjadas, mas de como você as arranja na sua mente.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na história da Sra. Maurine Jones, contada por Cheri Pape.

Observe a natureza

O rio passa, segue seu caminho,
mas não deixa de alimentar nenhum
dos que estão em seu curso.
Assim, você pode seguir a sua vida e não deixar
de atender os mais necessitados,
ou acolher aquele amigo que precisa de uma
palavra amiga, sem deixar-se envolver na história,
acabando assim, assumindo parte da dor que não lhe pertence.

O mar, com todo o seu poder,
se abaixa humildemente para receber as águas
dos rios, e assim, garante a sua força com gestos delicados,
pois se usasse a força, com certeza desapareceria.
Assim, você também deve aprender a conquistar
pela humildade, sendo forte sim,
mas delicado o suficiente para que as pessoas
façam o que você pede pelo respeito conquistado,
não pelo medo da sua imposição.

O vento que refresca a sua tarde, pode se transformar em um furacão
gigantesco e varrer uma cidade inteira,
ainda assim, passa silenciosamente todos os dias pelo mundo,
espalhando sementes que vão alimentar o planeta.
Assim como o vento, por onde você passar leve apenas o seu melhor,
deixe boas sementes, deixe saudades, seja gentil.

A árvore é a grande companheira do homem,
mas pouco valorizada, as vezes destruída cruelmente em troca
de espaço para o gado, para uma roça maior,
ou simplesmente para a construção de um condomínio ou casa luxuosa.
Mesmo assim, continua suprindo o mundo com oxigênio,
filtrando o gás carbônico, oferecendo sombra nos dias quentes,
flores, frutos, sementes que viram óleo,
madeira que vira mesa, cama e até seu caixão.
Por isso, seja como a árvore, serve sempre.
Não deixe a revolta tomar conta da sua alma.
A revolta é um câncer que corrói o que temos
de melhor; a esperança.

Por fim, se a dor te visitar,
antes de cair na facilidade da reclamação,
antes de se deixar levar pelo fato de ser
sempre a vítima, pare e observe a plantação lá fora.
Observe o agricultor semeando o dia inteiro.
O que plantou algodão já faz as contas da
safra de algodão.
O que plantou milho, já sabe quantas espigas esperar.
E, mesmo que perca toda a produção,
não vai encontrar jamais um fruto diferente do que plantou.
Assim, pare e pense no que você tem plantado,
quais sãos os frutos que estão no seu cesto?
Quem semeia amor não vai colher outro
fruto senão o mesmo amor.

Paulo Roberto Gaefke

A verdadeira linguagem é a linguagem do coração.

É a linguagem onde a gentileza abre caminhos,
onde a alegria conduz, onde a luz protege,
onde o amor abençoa.
A tua verdadeira linguagem é aquela que, quando proferida,
o mundo silencia e ouve atento,
pois não és tu quem fala, e sim o amor através de ti.
A tua verdadeira linguagem é serena,
porque o amor é sereno.
A tua verdadeira linguagem é precisa,
porque assim é o teu espírito.
A tua verdadeira linguagem é amorosa,
porque do amor foste criado.
Quando falas com o coração,
muito podes dar, muito podes ensinar.
A palavra amorosa traz consigo
a cura para todos os males,
o perdão para toda culpa,
o amor para todo ódio e a luz para toda escuridão.
Sê honesto com teus sentimentos
e cuida de tuas palavras.
Não te esqueças de que enquanto falas, o outro ouve...
Não causes ferimentos no coração daquele que tanto necessita crescer.
Quando falas com o coração o amor entra agradecido em teu ser,
grato por ser um contigo, grato por, através de ti,
poder estender-se a tantos outros que,
como tu, necessitam de luz e compaixão.

-Maria Angela Favero-

Quando é preciso ser prático

A história seguinte é atribuída ao sábio Mohammed Gwath Shattari, um dos mais admirados pelo Imperador Humayun. Morreu em 1563, e existe um templo em sua homenagem em Gwalior.

Três viajantes cruzavam juntos as montanhas do Himalaia, discutindo a importância de colocar na prática tudo aquilo que aprenderam no plano espiritual.

Estavam tão entretidos na conversa, que somente tarde da noite se deram conta que carregavam consigo apenas um pedaço de pão.

Resolveram não discutir sobre quem merecia comê-lo; como eram homens piedosos, deixariam a decisão nas mãos dos deuses. Rezaram para que, durante a noite, um espírito superior indicasse quem receberia o alimento.

Na manhã seguinte, os três se levantaram junto com o nascer do sol.

“Eis o meu sonho”, disse o primeiro viajante. “Eu fui carregado para lugares onde antes nunca estive, e experimentei a paz e a harmonia que tenho buscado em vão nesta minha vida terrena. No meio de tal paraíso, um sábio de longas barbas me dizia: ‘você é meu preferido, jamais buscou o prazer, sempre renunciou a tudo. Entretanto, para provar minha aliança contigo, gostaria que experimentasse um pedaço de pão’”.

“Muito estranho”, disse o segundo viajante. “Porque, em meu sonho, vi o meu passado de santidade, e o meu futuro de mestre. Enquanto olhava o que está por vir, encontrei um homem de grande sabedoria, dizendo: ‘você precisa comer mais que seus dois amigos, porque terá que liderar muita gente, e necessitará de força e energia’”.

Disse então o terceiro viajante: “em meu sonho eu não vi nada, não visitei lugar nenhum, não encontrei nenhum sábio. Entretanto, a determinada hora da noite, despertei de repente. E comi o pão”.

Os outros dois ficaram furiosos.

“E porque não nos chamou antes de tomar esta decisão tão pessoal?”

“Como poderia fazê-lo? Vocês estavam tão longe, encontrando mestres e tendo visões sagradas! Ontem, discutimos a importância de se colocar em prática aquilo que aprendemos no plano espiritual. No meu caso, Deus agiu rápido, e me fez acordar morrendo de fome”.

Encerrando um Ciclo

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistimos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos, não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho?
Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando
capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que sentem-se culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com
cartas marcadas, portanto as vezes ganhamos, e as vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o está apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não tem data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do momento ideal.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, não voltará. Lembre-se que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é."

Paulo Coelho

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O antônimo do amor

Não raro costumamos dizer que o ódio é o oposto do amor. Imaginamos que o ódio é o substituto do amor, tornando-se seu antônimo, no dicionário do coração.

Porém, esquecemo-nos de que os sentimentos não se processam dessa maneira em nossa intimidade e, que a falta de amor não significa a presença do ódio.

O ódio nascerá dos sentimentos mal resolvidos em relação ao nosso próximo, da não compreensão de suas atitudes e se alimentará, muitas vezes, nas fontes do egoísmo e orgulho, que ainda cultivamos em nós.

O ódio será a doença do amor e não o seu antônimo. Afinal, o ódio será o resultado dos sentimentos resolvidos e tratados de maneira errônea, equivocada.

Qual será, então, o antônimo do amor? Se entendermos o amor como o sentimento amplo e completo, o sentimento que nos preenche a alma e nos oferece rumos para bem conduzir nossos relacionamentos, qual será o seu antônimo?

O contrário do amor será a própria falta do amor, a sua ausência. De tal monta é a grandiosidade do amor que o seu antônimo não é encontrado em nenhum outro sentimento. O seu oposto é única e exclusivamente sua ausência.

Dessa forma, a ausência do amor chama-se indiferença.

Será a indiferença a maior expressão de desamor em relação a alguém. Será na indiferença que encontraremos o oposto do amor, sua maior barreira e limitação para que floresça.

E quanto de indiferença ainda mora em nosso coração? Quanto somos indiferentes com o que ocorre com nosso próximo e em nossa sociedade?

Quantas vezes somos indiferentes com a dificuldade do colega de trabalho, não tendo tempo nem para alguns minutos de conversa, demonstrando nosso interesse pelo que lhe está sucedendo?

Não raro, a indiferença surge em relação às aflições do amigo, do parente ou do vizinho. Sabemos das dores e provas difíceis que os assaltam e não empreendemos nenhum gesto, no sentido de os auxiliar.

Somos indiferentes às injustiças sociais, às misérias socioeconômicas, à violência moral e física que se nos avizinham, sem nos atingir diretamente.

* * *

Quando nos deixarmos aquecer pelo amor ao próximo, pela solidariedade ou compaixão, amizade ou afeição, a indiferença passará a perder espaço.

O exercício para amar inicia pelo esforço em abandonar a indiferença pelas dificuldades alheias.

E serão sempre as oportunidades diárias, no relacionamento com a família, no trabalho ou na vida em sociedade, que nos oferecerão a chance de acabar com esse antônimo do amor.

Quando ela não tiver mais espaço no nosso coração, teremos um mundo onde o amor será a tônica dos relacionamentos, ajudando-nos e apoiando-nos uns aos outros, nesse caminho do progresso e crescimento que todos anelamos.

Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Do meu coração...

Um dia pedi a Deus um presente e fiquei aguardando, sabendo que receberia, mas sem saber quando e como. Passados alguns dias recebi uma embalagem muito feia, que entristeceu meu coração e me fez chorar muito. Além do mais, veio como surpresa... logo pra mim... eu que detesto surpresas!
Mas eu abri, devagarinho e com cuidado, por que meu coração estava ferido e eu me dizia que, fosse como fosse, aceitaria, pois de nada adianta chorar o que não podemos mudar e recusar um presente, isso não se faz.
O caso é que eu não tinha pensado que quem tinha embalado tinha visto somente a preciosidade do conteúdo e queria apenas ver feliz e realizado meu desejo. Só depois entendi que o que recebemos nem sempre vem da forma que esperamos e que muitas vezes precisamos fechar os olhos e sentir com o coração.
A vida nos oferece certas escolhas e nos impõe outras. E geralmente as impostas são as que menos desejamos, por que vemos apenas o que se apresenta a nós, sem uma visão mais longínqua, sem ir a fundo para saber quais serão os próximos passos. Queremos nos deter, sem ver que os caminhos vão se abrindo diante de nós.
Ah, se pudéssemos imaginar pelo menos por um segundo que o maravilhoso está do outro lado, verteríamos menos lágrimas e sorríamos com o mesmo brilho dos olhos que crianças à espera de um presente!
Deus às vezes nos aponta caminhos sinuosos. E se olharmos apenas o que está na nossa frente, vamos nos paralisar, pois ninguém quer e não está pronto para enfrentar dificuldades.
Todavia, se nos armamos de coragem para ir desembrulhando devagarinho esse pacote meio amassado, podemos perceber que Ele nos dá ainda muito além do que nosso coração tinha pedido. E nosso coração sorri, feliz e agradecido.

Letícia Thompson

domingo, 10 de julho de 2011

A dor de uma saudade...

Saudade é uma fonte inesgotável que alguém depositou no coração de outro ser, alguém deixou carinho, amor, atitudes de amigo, compreensão, entendimento, entusiasmo, brandura, quietude, envolvimento, preencheu espaços vazios ou ainda nunca explorados, fortaleceu a ligação do físico com o espiritual pois engrandeceu a força vivente que estava adormecida e inerte. Um dia alguém, de repente, precisou partir, sem aviso, sem despedida, saiu de cena, partiu da matéria física e se transformou em foco de luz. Uma luz de diversas dimensões conforme sua evolução, conforme sua sabedoria, não levou nenhum bem material, não levou nenhum documento para passagem, não levou nenhuma foto ou lembrança física para colocar na prateleira. Mas de modo significativo deixou marcas profundas em quem ficou, deixou rastros de pensamentos, gestos e carinhos. Deixou a saudade de forma encaixada e definitiva na prateleira mais alta do coração de quem ficou e sabem qual o motivo desta saudade que, embora perfeita, iluminada e vivaz, provoca dor e queima sempre todos os dias?

Porque quem ficou lembra e vive os momentos de alegria e plenitude que o ser amado depositou em seu coração. Não lamente a distância da saudade, não despreze a ligação infinita que uniu estas duas ou mais almas, pois quem partiu terá o seu coração na sua prateleira e jamais esquecerá da sua imagem que provocou a mesma lição de amor e beleza aonde estiver.

A força da saudade quando iluminada por entendimento, aos poucos transformará a dor que queima em amor que exalta a alma sem precedentes. Em amizade que nutre e se transforma em fonte colorida de desejos e sonhos para o dia seguinte. Quem partiu e deixou rastros amorosos, jamais sairá de um jardim perfumado e enviará pelo afeto a quem ficou um reforço de esperança que a cada novo dia haverá motivos para sorrir, pois nada nem ninguém pode separar almas que unidas pelo encanto do afeto sentem que estão, estarão juntas em qualquer ponto do espaço, do tempo, do universo.

Não é preciso acreditar nesta união de afetos e sim apenas sentir e viver esta ligação, apesar de hoje quem ficou sente a saudade do afastamento, este sentimento não é de perda, não é de cobrança, não é de sofrimento, mas sim a certeza de quem partiu está e estará sempre ao seu lado, torcendo por seu progresso, clamando por sua evolução e enviando mensagens de alegria, de certezas, de empolgação para o coração de quem ficou. E assim aquele que ficou acordará com sorriso nos lábios e a sensação do abraço perdido e do beijo lembrado, que somente a alma pode exortar com a certeza do sentimento sempre vivo e radiante.

Ninguém perde um amigo, um familiar, um animal de estimação para a morte, pois o estágio da morte é um transporte que todos os seres criados pela força divina precisam trilhar para alcançar a desculpa da saída, mas é apenas uma transição depois de um trabalho contínuo, que somente quem deixou marcas profundas de amor e iluminação nos seus pares, nos seus familiares, nos seus companheiros de estrada, somente estes sentirão o trabalho completo e firmado.

Jamais chore por saudade, mas sim cante, exalte, envie o seu coração em forma de amor de luz, para todos aqueles que partiram na forma da morte, mas que chegaram e estão na forma divina do aprendizado e da magia que envolve a vida, em todos os sentidos sempre na direção do progresso e da união de muitos corações, pois assim o amor reúne em paz, em silêncio, sem preconceitos, sem ilusões, mas com a finalidade maior, transformar almas que sofrem em almas de fonte de luz, de amor, principalmente em almas que entendem que os encontros são acima de tudo retificações e consertos de algo que ainda estava inacabado.

Hoje quem ficou vai agradecer todos os encontros separados pela saudade e vai aplaudir quem partiu e deixou a fonte de luz e amor crescer. E quem partiu com certeza fará o mesmo. Pois sentimentos são trocados e vividos por corações conectados, nem a morte, nem o tempo separam o que o amor construiu e transformou em fonte inesgotável verdadeira como uma pirâmide resistente por séculos.

A dor de uma saudade quando vista por bons olhos se transforma em: "Que bom que eu tenho uma saudade, ela é minha força, a minha vontade, vou transferir este amor a todos que ficaram e estão no meu caminho, assim é e assim será, sem explicação, sem pensar, é a forma de sentir que vai espelhar o que recebi de quem partiu e o que vou dar a quem ficou, sem dúvida vou comemorar pois esta saudade vai acrescentar ao rumo da minha vida e vai clarear todas as minhas dúvidas, pois a minha fonte está crescendo a cada dia e vou agradecer por cada saudade que ainda vou viver, sentir, e compreender".

Miriam Zelikowski Mestre em energias terapêuticas