Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

sábado, 5 de maio de 2012

Algo mais... Uma luz, um amor.

(Toques Serenos Beijando as Praias Secretas do Coração) Ah, bem poucos escutam a canção do espírito em seu próprio coração. E, por isso, vemos tantas pessoas perdidas em si mesmas. Esquecidas de sua essência espiritual, elas se deixam levar por aí... E seguem batendo cabeça, sem noção de alguma coisa maior na vida. No entanto, tudo tem um preço.
E esse é o mais caro de todos. Sim, custa muito caro viver anestesiado diante de si mesmo. Porque o vazio de consciência dói muito mais do que se pensa. E nada do mundo pode completar um coração sem luz. Nem homem ou mulher. Nem dinheiro, bebidas ou posses. Porque ninguém compra amor real ou consciência serena. E não existe remédio algum que cure as feridas do coração. E alguém que sequer conhece a si mesmo, facilmente perde o rumo. Contudo, a canção do espírito permeia a tudo e a todos. E, quem a escuta, sente algo mais, mesmo que nada possa provar. Sim, algo mais...
Uma Luz; um Amor; e alguns toques secretos. Ah, quem sente o Sopro Vital do Eterno em seu coração, reconhece isso. E, mesmo diante das provas do mundo, permanece fiel ao espírito que é. E nem a iminência da morte pode tomar o Amor que está em seu coração. Porque a canção do espírito fala de coisas que estão além... E de outras, que estão dentro do próprio Ser... Em sua essência. E mais: fala de consciência. E de estrelas que brilham nos olhos.
Ah, viver não é só comer, beber, dormir, copular, e um dia morrer. Não é só isso, não. Também é pensar, sentir e fazer o melhor possível. Porque há algo mais, dentro e fora de cada Ser... Uma Luz, um Amor... E não dá para pesar ou medir isso, mas dá para sentir e se tocar. Ah, dá sim! E ninguém precisa ver ou saber. E, se o próprio coração sabe... Então a canção é ouvida, em espírito... Junto com a Luz e o Amor. E não há dinheiro no mundo que pague isso. E nem ninguém que explique. Porque a canção do espírito fala do despertar da consciência.
Ah, isso não se explica, só se sente... Uma Luz, um Amor e toques sutis. Sim, algo mais... Que transforma os olhos em estrelas e o coração em sol. E que é capaz de ver o Divino nas coisas simples, e o Eterno no transitório. Há algo mais, dentro e fora, e além... Uma Luz, um Amor. E, quem ama, sabe. E continua escutando a canção do espírito... E ela fala de consciência e de que vale a pena viver, aqui e além... Sempre! P.S.: Eu nada sei dos mistérios do universo. Só sei de mim mesmo, e olhe lá! Mas, às vezes, eu escuto uma canção espiritual. E ela fala de algo mais... E eu a escuto em meu coração. E, junto com ela, vem uma Luz e um Amor. E alguns toques secretos. E eu me sinto tão pequeno. Porque eu sei que o Infinito canta... E quando eu escuto, escrevo o que sinto.
Há algo mais... Sempre! E eu não sei mais o que dizer. Porque tem uma Luz aqui, e um Amor. E uma sabedoria interna, que me diz: "Vive, ama, ri, estuda, trabalha, cresce e segue..." (Não dá para provar, mas que tem algo mais, tem sim...)
Ah, Grande Arquiteto Do Universo, valeu, por tudo! (Dedicado a você, seja lá quem for, e que me acompanhou por essas linhas e sentiu, junto comigo, o coração fremindo nas ondas do espírito... Muito além, algo a mais, dentro e fora... Ah, você sabe. Uma Luz, um Amor.)

Com Gratidão. Paz e Luz. Wagner Borges - mestre de nada e discípulo de coisa alguma, cada vez menor diante de um Grande Amor...

quinta-feira, 3 de maio de 2012

"O amor é sempre novo. Não importa que amemos uma, duas, dez vezes na vida - estamos sempre diante de uma situação que não conhecemos. O amor pode levar-nos ao inferno ou ao paraíso, mas leva-nos sempre a algum lugar. É preciso aceitá-lo, porque ele é o alimento da nossa existência. Se nos recusamos, morremos de fome, enquanto vemos os ramos carregados da árvore da vida, sem coragem para estender a mão e colher os frutos.
É preciso procurar o amor onde ele estiver, mesmo que isso signifique horas, dias, semanas de decepção e tristeza. Porque no preciso momento em que partirmos em busca do amor, também ele parte ao nosso encontro.
E salva-nos."
-Paulo Coelho-

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Dizem que certa feita um Buda foi parar no inferno e que os diabos fizeram de tudo para atentá-lo.
 Queriam vê-lo infeliz e sofrendo. Não conseguindo foram perguntar a ele: "Como você consegue ficar bem no inferno?".
 Buda respondeu apenas: "Ah! Aqui é o inferno?" E esses diabinhos ficaram com ele. Mais tarde um chefe diabo veio ver o que estava acontecendo e encontrou todos os diabinhos silenciosamente sentados em meditação, junto ao Buda.
Ele conseguira transformar o inferno na Terra Pura. Buda não tentou destruir os demônios, não tentou acabar com o inferno. Apenas manteve a mente quieta e tranqüila. Nirvana é percebermos a transitoriedade de tudo que existe e sermos capazes de tranqüilamente agirmos para transformar as coisas de maneira que o bem seja comum a todos os seres.
- Por Monja Cohen -

terça-feira, 1 de maio de 2012

A voz do silêncio.


"Pior do que uma voz que cala, é um silêncio que fala."

Então, parei para interpretar a frase acima e ... imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis pois, você sabe, o silêncio não é dado a amenidades. Um telefone mudo. Um E-mail que não chega. Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca. Silêncios que falam sobre desinteresse, esquecimento, recusas.

Quantas coisas são ditas na quietude, depois de uma discussão. O perdão não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão. Só ele permanece imutável, o silêncio, a ante-sala do fim. É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento.

Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos, expõem suas queixas, jogam limpo. Já o silêncio arquiteta planos que não são compartilhados. Quando nada é dito, nada fica combinado. Quantas vezes, numa discussão histérica, ouvimos um dos dois gritar: " Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando! " É o silêncio de um, mandando más notícias para o desespero do outro. É claro que há muitas situações em que o silêncio é bem vindo.

Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua, o silêncio é um bálsamo. Para a professora de uma creche, o silêncio é um presente. Para os seguranças de um show de rock, o silêncio é um sonho. Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o silêncio a dois não incomoda, pois é o silêncio da paz. O único silêncio que perturba é aquele que fala. E fala alto. É quando ninguém bate à nossa porta, não há recados na secretária eletrônica e mesmo assim você entende a mensagem...

-Martha Medeiros-

Desapego:: Caminho para a Transformação


O maior exemplo de desapego vem das abelhas. Após construírem a colméia, abandonam-na, e não a deixam morta, em ruínas, mas viva e repleta de alimento. Todo mel que fabricaram além do que necessitavam é deixado sem preocupação com o destino que terá, batem asas para a próxima morada sem olhar para trás. 
Na vida das abelhas temos uma grande lição. Em geral o homem constrói para si, pensa no valor da propriedade, tem ambição de conseguir mais bens, sofre e briga quando na iminência de perder o que "lutou" para adquirir. "Onde estiver nosso coração, ali estarão nossos tesouros..."

Assim, não pode haver paz uma vez que pensamentos e sentimentos formem uma tela prendendo o ser ao que ele julga sua propriedade. Essa teia não o deixa alçar vôo para novas moradas. E tal impedimento ocorre em vida ou mesmo após a morte, quando um simples pensamento como "Para quem vai ficar a minha casa?" é capaz de retê-lo em uma etapa que já podia estar superada.
Ele fica aprisionado a um plano denso, perde oportunidades de experiências superiores. Para o homem, tirar a vida de animais e usá-los como alimento é normal. Derrubar árvores para fazer conservas de seu miolo, também. Costuma comprar o que está pronto e adquirir mais do que necessita. Mas as abelhas fabricam o próprio alimento sem nada destruir e, ainda, doam a maior parte dele.

A lição das abelhas vem do seu espírito de doação. Num ato incomum de desapego, abandonam tudo o que levaram a vida para construir. Simplesmente o soltam, sem preocupação se vai para um ou para outro. Deixam o melhor que têm, seja para quem for - o que é muito diferente de doar o que não tem valor ou de dirigir a doação para alguém da nossa preferência. Se queremos ser livres, se queremos parar de sofrer pelo que temos e pelo que não temos, devemos abrigar em nós um único desejo: o de nos transformar.

O exercício é ter sempre em mente que nada nem ninguém nos pertence, que não viemos ao mundo para possuir coisas ou pessoas, e que devemos soltá-las. Assim, quando alguém ou algo tem de sair de nossa vida, não alimentamos a ilusão da perda. Adquirimos visão mais ampla. O sofrimento vem quando nos fixamos a algo ou a alguém. O apego embaça o que deveria estar claro: por trás de uma pretensa perda está o ensinamento de que algo melhor para nosso crescimento precisa entrar. E se não abrimos mão do velho, como pode haver espaço para o novo?

Nice Ribeiro

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Acreditar e agir


Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino. Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras. Num dos remos estava entalhada a palavra acreditar e no outro, agir. Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos. O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força.

O barco, então, começou a dar voltas, sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante. Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem. Então, o barqueiro disse ao viajante: Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir.

Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos, ao mesmo tempo, e com a mesma intensidade: agir e acreditar. Não basta apenas acreditar, senão o barco ficará rodando em círculos. É preciso também agir, para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa meta. Agir e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré.

Gandhi tinha uma meta: libertar seu povo do jugo inglês. Tinha também uma estratégia: a não-violência. Sua autoconfiança foi tanta que atingiu a sua meta sem derramamento de sangue. Ele não só acreditou que era possível, mas também agiu com segurança.

Madre Teresa também tinha uma meta: socorrer os pobres abandonados de Calcutá. Acreditou e agiu, superando a meta inicial, socorrendo pobres do mundo inteiro.

Albert Schweitzer traçou sua meta e chegou lá. Deixou o conforto da cidade grande e se embrenhou na selva da África francesa para atender aos nativos, no mais completo anonimato.

Como estes, teríamos outros tantos exemplos de homens e mulheres que não só acreditaram, mas que tornaram realidade seus planos de felicidade e redenção particular. E você? Está remando com firmeza para atingir a meta a que se propôs?
Se o barco da sua autoconfiança está parado no meio do caminho ou andando em círculos, é hora de tomar uma decisão e impulsioná-lo com força e com vontade. Lembre que só você poderá acioná-lo utilizando-se dos dois remos: agir e acreditar.

Caso você ainda não tenha uma meta traçada ou deseje refazer a sua, considere alguns pontos: verifique se os caminhos que irá percorrer não estarão invadindo a propriedade de terceiros; se as águas que deseja navegar estão protegidas dos calhaus da inveja, do orgulho, do ódio; e, antes de movimentar o barco, verifique se os remos não estão corroídos pelo ácido do egoísmo.
Depois de tomar todas estas precauções, siga em frente e boa viagem.

Autor: Redação do Momento Espírita, com base em texto veiculado pela Internet, atribuído a Aurélio Nicoladeli.