Para muitas pessoas, a vida
parece uma infinita sala de espera.
Esperam pelo conhecimento
desejado, pelo(a) parceiro(a) imaginado, esperam pelo trabalho adequado, pelo
momento propício, pela situação afortunada e, acima de tudo, esperam que caia
do infinito todas as joias que elas acreditam serem merecedoras, mas, quando se
dão conta, o constante tic-tac do relógio já as levou por uma longa caminhada
em suas existências. Então, resignadas e moribundas, apenas vegetam pelo resto
de suas vidas, pois acreditam que já não existe mais tempo para transformarem
em realidade aquilo que elas desejam ou, frequentemente, culpam as forças
divinas, ou familiares, ou sociais por não propiciarem aquilo que elas almejam,
mas que, desafortunadamente, elas nunca tiveram a volição de alocar todos os
seus esforços para conseguirem. Na sala de espera da vida se encontram
muitíssimos cegos existenciais quem não conseguem ver nem os dons que o
nascimento lhes brindou, nem as possibilidades que a vida inevitavelmente lhes
brinda. Ou seja, quem muito espera não se esmera e, no final, se desespera.
Cargnin dos Santos, Tadany
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