“Há na vida momentos
privilegiados nos quais parece que o Universo se ilumina, que nossa vida nos
revela sua significação, que nós queremos o destino mesmo que nos coube, como
se nós próprios o tivéssemos escolhido. Depois o Universo volta a fechar-se, tornamo-nos
novamente solitários e miseráveis, já não caminhamos senão tateando por um
caminho obscuro onde tudo se torna obstáculo a nossos passos. A sabedoria
consiste em conservar a lembrança desses momentos fugidios, em saber faze-los
reviver, em fazer deles a trama da nossa existência cotidiana e, por assim
dizer, a morada habitual do nosso espírito.”
Louis Lavelle, Da Intimidade
Espiritual, 1955
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