A criação de ídolos e heróis, em
qualquer tempo, assim como em qualquer sociedade, é proporcional ao
desconhecimento que as pessoas possuem de suas próprias essências, ou seja,
quanto menos alguém sabe sobre si mesmo, mais esta pessoa necessitará “endeusar”
outrem que sirva de modelo, ou referência, para sua “insignificante” vida. Isto
é um legítimo modelo de transferência passiva, isto é, a pessoa julga-se
incapaz de transformar sua medíocre vida, então, como uma maneira de torná-la
aparentemente aceitável, ela vive, como numa tela de cinema, a ilusão do
personagem admirado. Sucintamente, esta é uma das mais inescrupulosas aflições
que uma pessoa pode infligir a si mesma que, quando enraizada na psique, é
extremamente difícil encontrar uma bula, seja médica ou pontífica, que restitua
o senso de existência pessoal. Por outro lado, quanto maior o conhecimento
sobre si mesmo, menor a dependência externa, pois tal sabedoria
irrevogavelmente também brinda, entre outros benefícios, o senso de plenitude,
independência e paz.
-Tadany - 07 01 11 - Cargnin dos Santos, Tadany.
Pensamento 674.
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