A lagosta cresce formando e largando uma série de cascas duras, protetoras. Cada vez que ela se expande, de dentro para fora, a casca confinante tem de ser mudada. A lagosta fica exposta e vulnerável até que, com o tempo, um novo revestimento vem substituir o antigo.
A cada passagem de um estágio de crescimento humano para outro, também temos de mudar uma estrutura de proteção. Ficamos expostos e vulneráveis, mas também efervescentes e embriônicos novamente, capazes de nos entendermos de modo antes ignorado. Essas mudanças de pele podem durar vários anos.
Entretanto, se sairmos de cada uma dessas passagens, entraremos num período mais prolongado e mais estável, no qual podemos esperar relativa tranqüilidade e uma sensação de reconquista de equilíbrio.
Moral da história:
Por medo, muitas vezes nos recusamos a soltar nossas cascas ultrapassadas, que já não nos servem mais. Preferimos o desconforto e o aperto de situações das quais já não precisamos só para não termos de nos mostrar transparentes e frágeis.
No entanto, disfarçados com máscaras velhas e inúteis, perdemos a oportunidade de subir mais um degrau...
(a.d.)
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