Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Alguém para amar.

O mundo está cheio de queixas.

De pessoas que se dizem solitárias. Que desejariam ser amadas.

Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.

O mundo está cheio de carências.

Carências afetivas.

Carências materiais.

Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que Madre Teresa de Calcutá, certo dia, escreveu:

Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida. Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água.

Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.

Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo.

Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.

Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado.

Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos.

Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.

Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.

Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha.

Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.

Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.

Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.

Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.

Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar na prática diária.

Sua preocupação era em primeiro lugar com os outros.

Todos representavam para ela o próprio Cristo.

Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado, ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.

Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as nações e credos religiosos.

Honrada com o Prêmio Nobel da Paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos da romagem terrestre.

Tudo o que lhe importava eram os seus pobres.

E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.

Amou sem fronteiras e sem limites. Serviu a Jesus em plenitude.

E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.

Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.

* * *

O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos para servi-lO. Almas que se lancem ao trabalho, por mais exaustivo que seja, porém sempre reconfortante e luminoso, desde que possa ser útil de verdade.

Almas que não esperem nada do beneficiado, por suas mãos socorrido, a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.

Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.

Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis: É melhor amar do que ser amado.


Redação do Momento Espírita,com base no cap. 20 do livro Vida e mensagem, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e no poema de Madre Teresa de Calcutá, intitulado Dai-me alguém para amar.

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