O planeta encontra-se numa fase muito especial de sua evolução e passa por profunda mudança. O desapego é fundamental para os que a estão acompanhando, pois sem desprendimento pelo que já é conhecido não seria possível ingressar livremente no que está para vir.
O desapego deve deixar de ser mero conceito para os que procuram vivê-lo. Não deve ser apenas uma palavra acolhida com boa vontade, mas a superação efetiva dos laços terrenos e do conhecimento atual.
O desapego é sempre necessário para ampliarmos a compreensão, para contatarmos o que ainda não foi desvelado. Assim, tudo o que captamos, descobrimos, compreendemos e vemos deveríamos soltar tão logo tenha cumprido seu papel de nos ensinar alguma coisa. Mas deveríamos desapegar-nos com amor e gratidão, cientes de que o objeto de nossa renúncia pode ser útil para os que estão em outros pontos evolutivos, ou até voltar a ser útil para nós mesmos em uma etapa posterior de nossa vida.
O desapego ajuda-nos a ir além do nível dos fenômenos e coloca-nos em contato com o essencial, com o que não é efêmero e cujas raízes se encontram em planos mais profundos. Se persistirmos na intenção de nos desapegar, as provas do dia-a-dia mostram-nos quão desprendidos estamos da existência material e daquilo de que ainda devemos despojar-nos.
À medida que nos desapegamos, o que ocorre em nossa vida física não nos afeta tanto e já não aplicamos tempo nem energia na análise de fenômenos. Aproveitamos, isto sim, todas as provas que ela nos traz como oportunidades de nos transformarmos.
O desapego é o principal fator na busca de uma vida mais avançada.
Mesmo que haja organização, pontualidade, obediência e autocontrole, mesmo que muitas virtudes já se façam notar em nosso ser, sem o desapego tudo isso pouco vale para a compreensão da realidade nos planos internos.
Se não damos excessiva importância às coisas fenomênicas e externas, elas deixam de ser um obstáculo para penetramos os níveis profundos da consciência e podem até ajudar-nos a fazê-lo.
LIBERTAÇÃO
Com a prática do desapego percebemos que a maior parte do nosso ser e do universo não está nos níveis em que normalmente somos conscientes. Só um pequeno reflexo da nossa essência se encontra no que pensamos, sentimos ou fazemos. O que há de mais significativo na existência vive em nosso interior, além das dimensões onde há fenômenos e efeitos visíveis.
Se com freqüência dirigimos a atenção aos níveis internos e superiores do nosso ser, podemos passar pelas provas mais dolorosas do físico, do emocional e do mental sem nos envolver com o sofrimento.
E cada ser humano que consiga agir, sentir e pensar com amor e desapego ajuda a libertar os semelhantes ainda condicionados às impressões próprias dos planos materiais, que são secundarias perante as verdadeiras causas dos acontecimentos, perante o que nos move e o que dá vida ao nosso ser externo.
Embora tenhamos tarefas no mundo concreto, devemos sempre saber que de um ponto de vista superior não pertencemos a ele.
Essa consciência de que a raiz da existência está no interior do ser, na essência imaterial, permite-nos atualizar e aprofundar a perspectiva acerca de um dos fenômenos mais atraentes de hoje, que são as aparições de luzes e ‘objetos desconhecidos’ no céu. Se estivermos presos a fenômenos, reduziremos a oportunidade de vê-las a uma pesquisa ou a um divertimento, enquanto poderíamos estar usufruindo sua irradiação interna, evolutiva e transcendente.
O relacionamento harmonioso e seguro com a realidade suprafísica que está por trás desse fenômeno é possível por meio da intuição.
A telepatia mental também pode ser usada para isso, mas é recurso dos que ainda não estabeleceram contato mais profundo, de alma, com a essência espiritual ou divina dessas luzes e ‘objetos’.
CONTATOS EVOLUTIVOS
Quando o contato com extraterrestres e intraterrenos se realiza isento de ilusões, a consciência humana pode receber auxilio para sua ascensão. A segurança nesses contatos está na ausência de envolvimentos com os planos psíquicos da Terra, especialmente o astral-emocional.
Pessoas desencarnadas que habitam o plano astral podem produzir fenômenos que não nos ajudam a elevar a consciência. Em geral esses fenômenos de origem astral alimentam as ligações com o mundo físico, o apego às coisas materiais, a pessoas ou a situações concretas. Diferente é o estímulo promovido pelo contato puro e autêntico com seres avançados de outras dimensões. A irradiação de sua energia conduz ao despertar ou ao fortalecimento do aspecto espiritual da vida, leva-nos a um estado mais fraterno e universal.
Procuremos ver qualquer fenômeno com imparcialidade, cientes de que em certos casos eles podem acrescentar algo à nossa compreensão acerca da vida e da união com o cosmos, e de que em outros casos podem distanciar-nos e prender-nos mais à Terra e aos nossos aspectos humanos que poderiam ser superados.
Embora as aparições no céu sejam um fenômeno, vê-las pode constituir um caminho para perceber a sua essência em planos imateriais, se estivermos livres de curiosidade. Quase sempre nesses planos sutis estão as lições de que precisamos, e o desapego do que é conhecido constitui o primeiro passos para chegarmos a elas.
Pela falta de percepção intuitiva, principalmente entre estudiosos e pesquisadores desses fenômenos, a literatura e as informações a esse respeito são heterogêneas, e a incompreensão por esses seres de outros mundos que estão a serviço da evolução da Terra é quase geral.
O contato com a essência que anima esses fenômenos ainda se mantém restrito. Mas quando o caos se generalizar sobre a Terra, quando a natureza der inicio a maiores reações e a sobrevivência se fizer impossível em várias áreas do planeta, o contato com realidades suprafisicas se ampliará. As naves extraterrestres e intraterrenas se apresentarão abertamente para cumprir suas tarefas, e muitos já terão percebido o que está além dos fenômenos que hoje tanto nos intrigam.
Aberto à intuição, o ser humano ficará diante de fatos insólitos com naturalidade e saberá conviver com eles sem se confundir.
Trigueirinho.
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