A partir da formação do egotismo (eu sou eu) e do sentimento de separatividade (este sou eu e sou melhor que o outro), criou-se o Poder da Força, passando a humanidade a ser conduzida, não pelo mais sábio, mas pelo mais forte. Depois que se descobriu a máquina, motorizou a evolução e se conquistaram novos mundos a direção dos povos passou ao Poder Econômico que, pela força, determina Paz e Guerra, a prosperidade de poucos e a desgraça e morte de muitos, juntamente com a corrupção e o vício.
Com a velocidade da informação, haveis-vos alçado a um passo da conquista dos direitos do homem. Estes mesmos direitos, resumidos ao poder de compra e venda de bens, estão hoje nas mãos de 4 classes (capitalista, operária, militar e camponesa) que, ao invés de trabalharem para o bem comum (Igualdade, Fraternidade e Liberdade), preferiram rotular esses princípios de utopias e passaram a se destruir mutuamente.
Caminhais aos poucos para uma integração. A ciência redescobre a mística e a metafísica, os povos confraternizam e se unem. Eis que vos encontrais, como raça, em um ponto crítico de consciência, já experimentado por outros — um passo a menos e regredireis, um a mais e evoluireis em direção à coexistência pacífica e ao bem estar universal — o limiar da Nova Era.
Para que haja integração, é necessário que o homem se conscientize de sua totalidade e assuma pelo conhecimento, dentro da liberdade de escolha que é seu direito maior, da lei universal de causa e efeito ou carma. Não é possível que o homem deseje apenas a total responsabilidade por seus atos, que é afinal o resumo das leis de carma. Desejo é emoção, necessidade, carência. O desejo apenas recebe. É necessário o exercício da vontade — um poder inteligente que conduz à concretização do pensamento e da palavra, à criação, ao raciocínio com lógica, método, crítica inteligente e construtiva, e não com paixão. A vontade dá de si.
Dentro dos padrões sociais atuais, torna-se difícil o uso da vontade com fins altruístas e de harmonia? Usai-a então no sentido egoísta de melhorar o vosso mundo, as vossas condições de vida e as dos vossos filhos, até que vos seja possível alcançar um outro tipo de consciência. Começai por considerar o que tendes, o que sois e o que quereis, não só a nível de posses, mas de pensamentos, sentimentos e ideais. Sabendo isto podereis, com o exercício da vontade, partir para criar juntos, sem medo de preconceitos ou críticas destrutivas, novos hábitos, novas formas de convivência, novas instituições sociais/econômicas/políticas. Aptos a elaborar em conjunto uma reforma básica da vossa vida. Não alguém por vós, algum santo ou herói, mas vós mesmos.
Os indivíduos estabeleceram como hábito dizer uma coisa enquanto pensam outra e fazem algo diferente dessas duas primeiras opções, gerando desequilíbrio em si mesmos e no ambiente — se faltais ao respeito a vós mesmos, sendo incoerentes com aquilo em que acreditais, e o sabeis pois não podeis fugir de vós mesmos, como vos será possível respeitar o outro? Daí à falta de credibilidade é um passo, que acaba levando à insegurança, ao caos e a um mundo onde o "esperto" é idolatrado e o honesto desprezado. A insegurança gera medo. Pelo medo se morre diariamente um pouco.
Porque tantos entre vós dizem hoje "sim" à pena de morte? Porque tantos se fecham para qualquer gesto de auxílio a seus irmãos no mundo? Em parte porque ao longo de suas existências clamam a um salvador, qualquer salvador, que não está em si mesmos e que parece jamais os ouvir. Em seu desespero, em suas necessidades não respondidas, já se sentem mortos.
O que importa então: morrer um pouco mais? Porém, mudadas as causas mudam-se os efeitos. O equilíbrio de cada indivíduo consciente levará ao equilíbrio da sociedade. E o equilíbrio não vos será dado por governos ou amigos, não virá de fora. Ele é construído dentro de cada um de acordo com fórmulas que, de tão individuais, se tornam quase secretas.
É preciso coragem para saber, querer, ousar, fazer.
Não vos pedimos que vos torneis indivíduos "bonzinhos", mas que trabalheis com coerência para a conquista de novos caminhos que levem a uma estrutura social eficiente, dinâmica, equilibrada e à mobilização de recursos individuais para resultados globais.
Assim é.
Canalização: Maria João Sacagami
Um comentário:
Vc é uma lição de vida. Amo ler o q vc escreve.Ás vezes, penso q vc não existe.Vc é parte da minha imaginação.
Pelo menos eu me esforço pra pensar isso.
Pq saber q vc existe, é um ser tão especial e mora na minha cidade..derepente, é até meu vizinho..
é demais pra mim...
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