Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

sábado, 23 de outubro de 2010

A mágica opção

Apareceu num programa de televisão, onde eram entrevistadas pessoas idosas, convidadas a falar sobre a velhice. Tinha setenta e cinco anos, mas aparentava sessenta, espirituoso, bem disposto, dono de uma incrível jovialidade.

- Nunca me senti velho. O corpo já não tem a mesma vitalidade; não raro há "grilos" de saúde, o que é natural. Trata-se de uma máquina. Embora eu cuide bem dela, vai se desgastando... Mas o "motor" está ótimo, nos dois sentidos: bombeia, incansável e eficientemente o sangue, sem "ratear", e se mantém permanentemente enamorado de encantadora donzela - a Vida ! Por isso, intimamente, sinto-me um eterno jovem. Nunca experimentei o "peso dos anos" ou a angústia de envelhecer. Cada dia é uma nova aventura e eu aproveito integralmente...

- Qual é a fórmula para essa perene juventude emocional, essa esfuziante alegria? - pergunta, admirado, o entrevistador.

- Elementar, meu filho. Toda manhã, quando eu desperto, digo para mim mesmo: "Você tem duas opções, neste dia: ser feliz ou infeliz." Como eu não sou tolo, escolho a primeira. Simples, não ?

As pessoas felizes vivem neste mesmo mundo de expiações e provas. Sofrem, lutam, enfrentam problemas e dificuldades, dores e atribulações, enfermidades e desgastes, como toda gente. No entanto, optaram pela Felicidade, superando a velha tendência humana de autocomiseração; o masoquismo de auto-flagelar-se com uma visão pessimista e desajustada da existência, o cultivo voluptuoso da mágoa...

Felicidade, como ensina a sabedoria popular, não é uma estação na jornada humana. Trata-se de uma maneira de viajar. Independendo dos favores da existência, subordina-se, fundamentalmente, ao que fazemos dela.

(autoria não citada)

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