Às
vezes, fico me perguntando por que é tão difícil ser transparente. Costumamos
acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar aos
outros.
Mas
ser transparente é muito mais do que isso.
É ter coragem de expor-se, de ser frágil, de chorar, de falar sobre o que sente. Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair máscaras, baixar armas, destruir muros. Ser transparente é permitir que a doçura aflore, transborde. Mas, infelizmente, a maioria decide não correr este risco.
É ter coragem de expor-se, de ser frágil, de chorar, de falar sobre o que sente. Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair máscaras, baixar armas, destruir muros. Ser transparente é permitir que a doçura aflore, transborde. Mas, infelizmente, a maioria decide não correr este risco.
Preferimos
a dureza da razão à leveza reveladora da fragilidade humana. Preferimos o nó na
garganta às lágrimas que brotam da alma. Preferimos nos perder numa busca por respostas
a simplesmente admitir que não sabemos nada e que temos medo!
Por
mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez
mais de quem realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a
sensação de proteção.
E
assim, vamos nos afundando em falsas palavras, atitudes, em falsos sentimentos.
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não
sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar. A doçura,
a compreensão de que todos nós sofremos, nos sentimos sós.
Uma
saudade desesperada de nós mesmos, daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas
que não temos coragem de mostrar. Porque aprendemos que isso é ser fraco, é ser
bobo, é ser menos do que o outro! Quando, na verdade, agir com o coração, poupa
a dor.
Sugiro
que deixemos explodir toda a doçura! Que consigamos não prender o choro, não
conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não tentarmos ser tão
invencíveis! Chega de tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto.
Tente
simplesmente viver, sentir e amar.
Rosana Braga